sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O IMPÉRIO DE SARGÃO I


       A oeste da região da Suméria, floresciam tribos nómadas de povos de língua semítica. Entre estes povos e os sumérios processou-se, durante vários séculos, a eterna luta de fronteira, o eterno intercâmbio de comércio e de guerra. Mas, por fim, surge entre os semitas um grande chefe, Sargão (2750 a. c.), que os une, e não só submete os Sumérios, mas estende o seu império para alem do Golfo Pérsico, a leste, e até ao Mediterrâneo, a oeste. Chamavam Acádios ao seu próprio povo, e o império foi designado como império sumério acádio. Prolongou-se por mais de dois séculos.

   Desde Sargão I até aos séculos IV E III a. C., durante um período superior a dois mil anos, os povos semitas mantiveram a hegemonia em todo o próximo oriente. Mas, embora os semitas conquistassem e dessem governantes reis ás cidades sumérias, foi a civilização suméria que prevaleceu sobre a cultura mais simples dos semitas. Os conquistadores aprenderam a escrita suméria (a escrita «cuneiforme») e a língua suméria; nunca tiveram escrita própria. A língua suméria foi para esses bárbaros a língua do saber e do poder, do mesmo modo que o latim se conservou, para os bárbaros de idade media na Europa, a língua do saber e do poder. O saber sumério possuía, com efeito imensa vitalidade. Era uma cultura de dezenas de séculos. Através de uma longa serie de conquistas e de transformações, que então começaram no vale dos dois rios, (Tigre e Eufrates) esse saber sobreviveu, vigoroso e fecundo.

 

Fonte: H.G.WELLS

            Historia Universal 1º volume

Dezembro de 2012

Carminda Neves

 

 

 

 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

NOVO ANO, NOVO ESPAÇO

Novo ano letivo, novo espaço. as aulas de informática já deram inicio no principio deste mês e têm agora lugar na nova sede da Apojovi. fica situada em Santa Clara, junto ao Lidl.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

COIMBRA

Coimbra OTE é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Coimbra, a maior cidade da região Centro de Portugal e situada na sub-região do Baixo Mondego, com cerca de 143 396 habitantes.[1] Sendo o maior núcleo urbano, é centro de referência na região das Beiras [carece de fontes?], Centro de Portugal com mais de dois milhões de habitantes.

Cidade historicamente universitária, por causa da Universidade de Coimbra, fundada em 1290, conta actualmente com cerca de 30 mil estudantes.
Banhada pelo Rio Mondego, Coimbra é sede de um município com 319,41 km² de área e cerca de 143 052 habitantes (2011), subdividido em 31 freguesias.
O município é limitado a norte pelo município de Mealhada, a leste por Penacova, Vila Nova de Poiares e Miranda do Corvo, a sul por Condeixa-a-Nova, a oeste por Montemor-o-Velho e a noroeste por Cantanhede.
É considerada uma das mais importantes cidades portuguesas, devido a infraestruturas, organizações e empresas para além da sua importância histórica e privilegiada posição geográfica no centro da espinha dorsal do país. Coimbra é também referência nas áreas do Ensino e da Saúde.

UNIVERSIDADE DE COIMBRA
 Por bastantes vezes, Coimbra é chamada de "Cidade do Conhecimento" ou "Cidade dos estudantes", principalmente por ter uma das mais antigas e prestigiadas universidades da Europa – a Universidade de Coimbra (UC) é a herdeira do Estudo Geral solicitado ao Papa pelo Rei D. Dinis e por um conjunto de prelados portugueses em 1288, e que viria a obter confirmação pontifícia em 1290, tendo-se estabelecido inicialmente em Lisboa. Após uma itinerância atribulada entre Lisboa e Coimbra durante os séculos XIII e XIV, a universidade viria a estabelecer-se estavelmente em Coimbra em 1537, tendo o Rei D. João III cedido o próprio paço real para as instalações. Estas instalações foram adquiridas pela Universidade no reinado de Filipe I, sendo desde então conhecidas por Paço das Escolas. Nos dias correntes, a Universidade de Coimbra tem aproximadamente 21 000 alunos, contando com alguns dos mais selectivos e exigentes programas académicos do país, um elevado número de unidades de investigação acreditadas, e tendo cerca de 10% de alunos estrangeiros de 70 nacionalidades diferentes, sendo assim a mais internacional das universidades portuguesas.

Para além das festas da cidade ou da Rainha Santa, na primeira semana de Julho (centradas em torno do feriado municipal a 4 de Julho, festa da Rainha Santa Isabel), ‎Coimbra é também conhecida pelas festas e tradições académicas.

A primeira das duas festas é a Latada ou a Festa das Latas e imposição das insígnias, que acontece no início do ano escolar, para dar as boas vindas aos novos estudantes (caloiros ou novatos). As Latadas começaram no século XIX quando os estudantes exprimiam ruidosamente a sua alegria pelo termo do ano lectivo em Maio. Utilizavam para isso todos os objectos que produzissem barulho, nomeadamente latas. Foi a partir dos anos 1950/60 que as Latadas passaram a ocorrer, não no termo do ano lectivo, mas sim no início, coincidindo com a abertura da Universidade e a chegada da população escolar de férias, o que dava à cidade um clima eminentemente académico. Actualmente os caloiros, incorporados no cortejo, vestem uma fantasia pessoal com as cores da sua faculdade ou a batina virada do avesso, transportando cartazes com legendas de conteúdo crítico, alusivos à vida escolar ou nacional. Os caloiros seguem em duas filas paralelas, com os padrinhos que devem ter um comportamento digno de um estudante de Coimbra, dando o exemplo aos novatos que se estão a iniciar na Praxe Académica. No fim do cortejo nas ruas da cidade, os novos estudantes são baptizados no rio Mondego: "Ego te baptizo in nomine solemnissima praxis".
A segunda festa é a Queima das Fitas, bastante mais importante que a primeira, sendo a maior festa estudantil da Europa,[carece de fontes?] tem lugar no fim do segundo semestre, mais concretamente no início do mês de Maio, começando na noite de quinta-feira para sexta-feira com a Serenata Monumental nas escadas da Sé Velha. É a maior festa estudantil de toda a Europa e tem a duração de 8 dias, um dia para cada faculdade da universidade (Letras, Direito, Medicina, Ciências e Tecnologias, Farmácia, Economia, Psicologia e Ciências da Educação e Educação Física e Ciências do Desporto) e Antigos Alunos. Apesar de existirem mais festas do género em outras cidades, o aparecimento da Queima das Fitas começou em 1899 em Coimbra, fazendo assim com que seja única no país. Ela é a explosão delirante da Academia, consistindo para os Quartanistas Fitados e Veteranos, na solenização da última jornada universitária ou seja, o derradeiro trajecto de vivência coimbrã. Os festejos da Queima das Fitas consistem sobretudo no seu programa tradicional, composto por: Serenata Monumental, Sarau de Gala, Baile de Gala das Faculdades, Garraiada (Figueira da Foz), Venda da Pasta (receitas para a Casa de Infância Dr. Elísio de Moura), "Queima" do Grelo (que deu o nome à festa) e Cortejo dos Quartanistas, Chá Dançante e as ainda chamadas Noites do Parque.

Habitantes famososD. Afonso Henriques

primeiro rei português (1139), fundador do Reino de Portugal. Está sepultado na Igreja de Santa Cruz, em Coimbra. O local de nascimento continua uma incógnita (Guimarães, Viseu ou Coimbra).

D. Sancho I, segundo rei português (1185), filho de D. Afonso Henriques. Nasceu e está sepultado na Igreja de Santa Cruz, em Coimbra.
D. Afonso II, terceiro rei português (1211), nasceu e morreu em Coimbra.
D. Sancho II, quarto rei de Portugal, nasceu em Coimbra a 8 de setembro de 1209,
D .Afonso III, quinto rei português, nasceu em Coimbra a 5 de maio de 1210, sendo irmão mais novo de Sancho II..
Santo António de Lisboa, santo católico (Lisboa, 15 de agosto de 1195 — Pádua, 13 de junho de 1231).
Rainha Santa Isabel, rainha de Portugal e santa católica (Saragoça, 1271 — Estremoz, 4 de julho de 1336).
D. Pedro I, rei de Portugal (1357) e D. Inês de Castro, coroada rainha postumamente, protagonistas da mais romântica tragédia portuguesa na Quinta das Lágrimas, em Coimbra. Encontram-se sepultados frente a frente no Mosteiro de Alcobaça.
Joaquim António de Aguiar, primeiro-ministro.
Pedro Nunes, famoso matemático do século XVI.
Cristóvão Clávio, matemático do século XVI.

imagem de Coimbra
 José de Anchieta, humanista e gramático do século XVI.
Carlos Seixas, proeminente compositor do século XVIII.
D. Pedro de Cristo, compositor do século XVI.
Machado de Castro, escultor do século XVIII.
Miguel Torga (1907 - 1995), médico, escritor e poeta.
Carlos Paredes (1925 - 2004), músico português.
Zeca Afonso (1929-1987), cantor.
Irmã Lúcia (1907 - 2005), freira carmelita e pastora de Fátima.

Clima
Coimbra apresenta um clima mediterrânico de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger. No Inverno as temperaturas variam entre 15°C diurnos e 5º nocturnos no mês mais frio, podendo beirar os 0º em vagas de frio, ao passo que no Verão as temperaturas oscilam entre os 29°C diurnos e 16º nocturnos podendo chegar aos 40°C e até mesmo ultrapassar. As maior e menor temperaturas registadas em Coimbra no periodo 1971-2000 foram 41,6°C e -4,9°C. Porém,há registos de -7.8°C em 1941 e 42,5°C em 1943. fonte: Instituto de Meteorologia

Investigação e tecnologia


Coimbra iParque.A cidade deve muito ao carácter inter-disciplinar da Universidade de Coimbra, que a mantém na ribalta da investigação científica. A universidade, principalmente através do Instituto Pedro Nunes e respectiva incubadora de empresas e também do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), tem aprendido a cooperar com o tecido empresarial em vários domínios e efectivado a transferência de competências para as empresas. Entre as empresas geradas em resultado da investigação científica levada a cabo na Universidade ("spin-off" universitário) contam-se as empresas Critical Software (desenvolvimento de software), WIT Software(software para aplicações móveis), ISA (telemetria e instrumentação) e Crioestaminal (criopreservação e biomedicina). A inovação tecnológica na área da saúde é um dos exemplos desse novo modelo de desenvolvimento em que a cidade tem apostado e o futuro Coimbra Inovação Parque (Coimbra iParque), previsto para a freguesia de Antanhol, é uma das estruturas que se supõe vir a concentrar mais empresas nesta área.








terça-feira, 16 de outubro de 2012

PORTUGAL E O DIA 5 DE OUTUBRO



Foi rápida a ocupação muçulmana da Península Ibérica no ano 711 d.C., e a reconquista pelos visigodos foi francamente mais lenta. Este processo gradual originou o nascimento de pequenos reinos que iam sendo alargados à medida que a reconquista era bem sucedida. Primeiro, o Reino da Galiza, que viria a dividir-se entre os filhos de Afonso III da Galiza quando morreu. Assim nasciam os reinos de Leão e, mais tarde, de Navarra e Aragão, Portugal e de Castela.


bandeiras de Portugal
  Alguns anos mais tarde, em 1096, descontente com as políticas bélicas do conde Raimundo de Borgonha, o rei Afonso VI de Leão e Castela entrega o governo do Condado Portucalense a um primo de Raimundo, o conde D. Henrique de Borgonha, juntamente com a sua outra filha, a infanta D. Teresa, passando Henrique a ser conde de Portucale. Deste condado, nasceria o reino de Portugal
Nascia, em 1139, o Reino de Portugal e a sua primeira dinastia a de Borgonha ou Afonsina. D. Afonso Henriques, torna-se rei, o rei Afonso I de Portugal. Contudo, o estatuto de independência carecia de reconhecimento, o qual só foi feito por parte do Reino de Leão e Castela. a 5 de Outubro de 1143, data em que o rei Afonso VII assinou o Tratado de Zamora, que assinalaria a separação entre os reinos. Desde então, D. Afonso Henriques (Afonso I) procurou consolidar a independência por si declarada. Fez importantes doações à Igreja e fundou diversos conventos. Dirigiu-se ao papa Inocêncio II e declarou Portugal tributário da Santa Sé, tendo reclamado para a nova monarquia a protecção pontifícia. Em 1179 o papa Alexandre III, através da Bula Manifestis Probatum, confirma e reconhece Portugal como país independente e soberano protegido pela Igreja Católica.
Esta independência sofreria ao longo dos séculos várias crises, sendo que a primeira mais grave foi a de 1383-2385. Esta Crise foi um período de guerra civil e anarquia na História de Portugal, uma vez que não existia rei no poder. A crise começou com a morte do rei Fernando de Portugal sem herdeiros masculinos.

CRISE DE 1383-1385
Apesar de as Cortes de Coimbra terem escolhido, em 1385, um novo rei, João I de Portugal, o rei João I de Castela não desistiu de tentar conquistar um novo reino para si, uma vez que era casado com D. Beatriz única filha do rei D. Fernando, e invadiu Portugal. O exército castelhano era muito mais numeroso mas, mesmo assim, foi derrotado na batalha de Aljubarrota graças à tática inventada naquela altura à qual deram o nome de "tática do quadrado". Os exércitos portugueses foram comandados, por Nuno Álvares Pereira, nomeado por João I de Portugal Condestável do Reino. Convém lembrar, que o Infante D. João de Portugal, Mestre da Ordem Militar de Avis, (D. João I de Portugal) era irmão do rei D. Fernando de Portugal, filho de D. Pedro I e de D. Teresa Lourenço, Os partidários de João de Avis organizam as Cortes em Coimbra. É aí que, a 6 de Abril, é aclamado João I, Rei de Portugal, defendido por: Mestre ou Doutor João Anes das Regras ou simplesmente João das Regras que foi um jurisconsulto português. Destacou-se pela magistral representação da causa do Mestre de Avis nas cortes de Coimbra de 1385, cujo corolário foi a aclamação dele como rei de Portugal assegurando assim a Independência de Portugal.

CRISE DE 1580-1640
A morte do jovem rei de Portugal D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir levou a uma crise de sucessão já que o primeiro não teria deixado descendência pela sua tenra idade. Pela proximidade de parentesco, coube a governação ao cardeal D. Henrique, aclamado Rei de Portugal a 28 de Agosto de 1578.
A notícia da derrota de Alcácer-Quibir foi levada ao cardeal, então no Mosteiro de Alcobaça, pelo provincial da Companhia de Jesus e o Dr. Jorge Serrão. O cardeal, encarregado da regência do reino por proximidade de parentesco, convocou as Cortes de Lisboa de 1579 para estudar a situação decorrente da sua avançada idade e vínculo religioso. Não sendo casado e não tendo herdeiros, a sua regência seria meramente provisória pelas leis da época, sucederia ao Rei o seu parente mais próximo, na tentativa de preservar o sangue real na administração do Reino; em caso de parentes de igual proximidade, a preferência seria dada aos de sexo masculino. A verificar-se a concorrência de vários homens em igual grau de parentesco, seria preferido o mais velho. Portugal perdeu a Independência porque a nobreza e alguma burguesia assim o determinaram, Portugal estava em decadência, Espanha no máximo do seu esplendor e os portugueses entenderam que tinham encontrado a árvore das patacas. Saiu-lhes o tiro pela culatra e sofreram humilhação atrás de humilhação durante 60 anos. Após estes anos, quando a burguesia e a aristocracia portuguesas, descontentes com o domínio castelhano sobre Portugal. Resolveram fazer uma revolução para a restauração da mesma.

Assim: alguns dos candidatos ao Trono de Portugal eram (pela ordem da linha da sucessão):

*Cardeal D. Henrique filho de D.Manuel I
*Catarina de Bragança filha mais nova de D. Duarte

bandeira da Monarquia
 *Filipe II de Espanha neto de D. Manuel I (filho de D. Isabel)
*Duque de Sabóia neto de D.Manuel I (filho de D. Beatriz)
*D. António Prior do Crato neto de D. Manuel I (filho do infante D. Luis) afastado por ser considerado ilegítimo,) embora segundo alguns Historiadores o não fosse, seu pai teria realmente casado com sua mãe, mas, esta era pessoa não grata por ser Cristã Nova (Judeus convertidos ao Cristianismo.) de todos os candidatos era este o que tinha mais direitos. Não teve foi um D. João das Regras para o defender, como aconteceu com D. João I em 1385.
Continuando: Portugal perdeu a sua independência por cerca de 60 anos para Filipe II de Espanha I de Portugal e seus sucessores de 1580 até 1640. Quando a burguesia e a aristocracia portuguesas, descontentes com o domínio castelhano sobre Portugal que se propunha efectivar o valido Olivares, terminando com a Monarquia Dual, quiseram restaurar a dinastia portuguesa, Finalmente, um sentimento profundo de autonomia estava a crescer e foi consumado na revolta de 1640, na qual um grupo de conspiradores da nobreza num golpe de estado aclamou o duque de Bragança como Rei de Portugal, com o título de D. João IV (1640-1656), dando início à quarta Dinastia – Dinastia de Bragança. Dom João aceitou a responsabilidade com relutância, diz a lenda que incentivado sobretudo pela sua mulher Dona Luísa de Gusmão. Este facto ter-se-á devido à prudência que se impunha na escolha da conjuntura favorável, e do tempo preparatório necessário para o efeito, visto Portugal nessa época estar quase desarmado, e Castela ser ainda ao tempo a maior potência militar na Europa. Dona Luísa de Gusmão, sendo irmã do Duque de Medina Sidónia que sonhou revoltar-se com a Andaluzia de que chegou a sonhar ser rei, estaria talvez influenciada por ele. D. João IV de Portugal e II de Bragança (Vila Viçosa, 19 de Março de 1604 — 6 de Novembro de 1656) foi o vigésimo – primeiro Rei de Portugal, e o primeiro da quarta dinastia, fundador da dinastia de Bragança, que governou Portugal até 5 de Outubro de 1910

REVOLUÇÃO (FALHADA) DE 28 DE JANEIRO DE 1908
O Regicídio de 1 de Fevereiro de 1908, ocorrido na Praça do Comércio, na época (mais conhecida por Terreiro do Paço), em Lisboa, marcou profundamente a História de Portugal, uma vez que dele resultou a morte do Rei D. Carlos e do seu filho e herdeiro, o Príncipe Real D. Luís Filipe, marcando o fim da última tentativa séria de reforma da Monarquia Constitucional, e consequentemente, uma nova escalada de violência na vida pública do País.

A Revolta do 5 de Outubro de 1910

A Implantação da República Portuguesa foi o resultado de um golpe de estado organizado pelo Partido Republicano Português que, no dia 5 de outubro de 1910, destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal. A subjugação do país aos interesses coloniais britânicos os gastos da família real, o poder da igreja, a instabilidade política e social, o sistema de alternância de dois partidos no poder (os progressistas e os regeneradores), a ditadura de João Franco, a aparente incapacidade de acompanhar a evolução dos tempos e se adaptar à modernidade — tudo contribuiu para um inexorável processo de erosão da monarquia portuguesa do qual os defensores da república, particularmente o Partido Republicano, souberam tirar o melhor proveito. Por contraponto, o partido republicano apresentava-se como o único que tinha um programa capaz de devolver ao país o prestígio perdido e colocar Portugal na senda do progresso. Tal facto não aconteceu Portugal continuou sem prestigio e nunca foi colocado na senda do progresso até aos dias de hoje apesar de tantos e sucessivos governos. Até houve uma revolução pelo meio. O DIA 25 DE ABRI DE 1974 e os portugueses, sempre, sem glória, sem prestígio e sem progresso.

Tudo isto para dizer que no dia 5 de outubro se comemora também a Independência de Portugal, levada a cabo por D. Afonso Henriques em 1143. Nesse dia deveriam ser hasteadas duas bandeiras e não só uma. Nós Portugueses, temos cerca de 800 anos de Monarquia e apenas cerca de 100 de Republica e sempre a chafurdar na mesma porcaria.


Bandeira Portuguesa Hasteada ao contrário

Como se não bastasse esquecer a origem de Portugal e celebrar apenas a data da mudança de regime (monarquia/republica,) os atuais governantes entenderam que até esse era demais. Desta nem o ditador Salazar se lembrou. O feriado deste dia jamais deveria ser retirado aos portugueses, pois são-lhe retiradas as suas origens, a História dos seus ancestrais, a sua própria História. Vejam a ironia, no dia em que se comemora pela última vez as nossas origens a bandeira de Portugal é hasteada de pernas para o ar. DIA 5 DE OUTUBRO DE 2012.

Se a monarquia nada fez pelos portugueses, e Deus e nós sabemos que isso é verdade. Portugal teve grandes momentos de glória durante o regime monárquico, mas, o povo foi sempre excluído desses momentos. Quando chegamos a 1910 a Nação andava rota, descalça, esfarrapada, faminta de fome, sede e justiça, era analfabeta cerca de 80% não sabia ler nem escrever, não tinha estradas, casas, hospitais, escolas etc. Havia duas coisas que tinha Igrejas e cemitérios!...... A república continuou a fazer o mesmo, os Portugueses continuaram rotos e famintos. Apesar de uma revolução em 1974 25 de Abril e chegados que estamos a 2012 século XXI Portugal continua roto e faminto, com sede de justiça. Com uma agravante se um dia viu uma luz ao fundo do túnel essa luz foi-lhe retirada completamente nos cerca de últimos 20 anos.

“Que ninguém implore amor, nem afeto, nem mendigue qualquer sentimento que exija um pedaço do outro. Viver de migalhas, jamais. Soma-te de coisas que te façam bem, ignora qualquer tipo de sentimento que te subtraia. Que tudo seja natural, principalmente as nossas próprias escolhas. Que as pessoas não sejam apenas de carne e osso, mas que sejam de alma e coração, que façam a diferença, nem que seja por se sentirem falhadas, ou gloriosas….”
                                               Desconheço o autor

Fonte: História de Portugal
       Meus apontamentos de História
     Prof. José Hermano Saraiva
    Wikipédia, a enciclopédia livre.
                     Outubro de 2012
                          Carminda neves

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

“ O preço a pagar pela tua ausência na participação politica, é seres governado por quem é inferior: PLATÃO

No dia 29 de Setembro de 2012 houve uma manifestação organizada pela CGTP no Terreiro do Paço que se pretendia como "Terreiro do Povo. Transcrevo o poema de JOSÉ GOMES FERREIRA cantado nesse dia em sinal de protesto. O povo português tem! sim!.... De acordar!!!! Ou qualquer dia está transformado em farrapos, EM VIVOS MORTOS Recordo também esta frase de PLATÃO.

“ O preço a pagar pela tua ausência na participação politica, é seres governado por quem é inferior”
PLATÃO
    NOTA:  Esta frase será o título desta mensagem
Há mais de 20 anos que este problema se passa em PORTUGAL! Há mais de 20 anos que os portugueses aos poucos têm vindo a deixar de sorrir

ACORDAI

Acordai!
AS FORÇAS DE SEGURANÇA NACIONAL  ESTIVERAM PRESENTES
Acordai, homens que dormis
A embalar a dor
Dos silêncios vis!
 Vinde, no clamor
Das almas viris,
Arrancar a flor
Que dorme na raiz!

Acordai!
Acordai, raios e tufões
Que dormis no ar
E nas multidões!
Vinde incendiar
De astros e canções
As pedras e o mar,

29 DE SETEMBRO DE 2012
O mundo e os corações...

Acordai!
Acendei, de almas e de sóis,
Este mar sem cais,
Nem luz de faróis!
E acordai, depois

Das lutas finais,
Os nossos heróis
Que dormem nos covais.

ACORDAI!
José Gomes Ferreira
 COIMBRA, OUTUBRO DE 2012










29 DE SETEMBRO 2012 TERREIRO DO PAÇO








terça-feira, 18 de setembro de 2012

PORTUGAL ROUBADO, HUMILHADO E OFENDIDO

P ORTUGAL 15 de Setembro 2012
No dia 15 de Setembro, de 2012 Portugal saiu à rua, numa magnífica manifestação pacífica para dizer ao governo do seu país, que está cansado de saber, que é constantemente roubado, humilhado e ofendido, por governos sucessivos desde o/s primeiro/s mandato/s de Cavaco Silva como primeiro Ministro (6 de Novembro de 1985 a 28 de Outubro de 1995) até 15 de Setembro de 2012. O Povo português manifestou-se.                                         
“Não estamos de acordo com esta forma de governar”.

mascaras numa manifestação por Direitos
NÃO
 Têm sido roubados sucessivamente os mais desfavorecidos, que vantagem tem para as empresas a baixa da TSU? Nenhuma, não existe, Na situação em que se encontra Portugal!...
O primeiro-ministro tem gozado com o povo, como se fosse lixo. Ele acha-se perfeito, as bestas são o povo. Ele tem poupado, o povo é que tem feito estragos.
Miguel Relvas no Brasil bem bronzeado diz:“Não percebo, o povo já devia estar à espera disto”.
Os portugueses despertaram do seu marasmo, manifestaram-se, foram para a rua, querem mudança, querem justiça, querem saúde, querem aproximação de igualdades, querem paz, querem trabalho. O Povo português não quer que se repita a fome, o andar esfarrapado, roto e descalço, o não ter um teto, ser pedinte de porta em porta, (já é) recordamos, os sem abrigo, as famílias desempregadas. Estamos como (ou pior) do que na época da ditadura!.... que durou mais de quarenta anos. (Por este andar chegamos lá; essa época, os mesmos ou mais anos.)
   Tal como o primeiro-ministro, o Presidente da Republica esquece que foi eleito pelos portugueses e que está ao serviço da Nação, mas, parece uma estátua de dentes brilhantes.
P ORTUGAL 15 de Setembro 2012
   Onde estão os milhões que Portugal recebeu nos primeiros anos de entrada para a U. E? Cavaco Silva era primeiro-ministro. O Povo nunca viu um cêntimo. Construíram-se estradas, desenhadas em cima do joelho, que se transformaram em estradas da Morte ex: I P 5 (Aveiro Vilar Formoso) onde perderam a vida centenas de pessoas. I P 3 que lhe dá ligação para Coimbra, junto a Viseu. Estas mortes não pesam na consciência de ninguém?
   Portugal não tem centros para a terceira idade onde o SER HUMANO possa ser cuidado com dignidade! Lançou-se para aí um olhar? Não!... Mas, construiu-se por ex: o centro cultural de Belém, mamarracho ande se gastaram milhões, e de pouco ou nada serve, a não ser devastar a bela zona onde foi plantado.
   Deram-se subsídios a multinacionais, que levantaram voo aos primeiros sinais de incerteza económica e financeira, deixando milhares de famílias no desemprego.
    Deixaram ir à falência centenas de indústrias nacionais, porque esses mesmos subsídios lhe foram negados, aquando das mesmas dificuldades, levando a mais desemprego e também suicídios, um pouco por todo o país.
    De 1985 até hoje, 2012, não houve governo, que tivesse um pouco de empatia e colaboração com o Povo português, que continua a ser humilhado e ofendido.

O Povo saiu à rua cansado de ser maltratado
    Portugal tem sido governado por uma geração “esquisita” de pessoas, que mais parece um grupo de garotos aos quais foi dado um brinquedo para ser destruído e jogado ao lixo, sem ter a preocupação de se responsabilizar por ele,de prestar contas, pelo bem precioso, que lhe foi confiado por milhões de pessoas, e que é simplesmente a sua (nossa) NAÇÃO.
Por irónico que pareça, até os, governantes de cabelos brancos parecem garotos. Mais garotos, que os de não cabelos brancos.
    Povo! Ao qual eu pertenço! Lembra-te que ao longo da nossa História, tivemos muitas dificuldades às quais soubemos responder ex: crise de 1385 em que elegemos nosso rei D. João I não deixando Portugal ser espanhol, crise de 1640 em que elegemos nosso rei D, João IV recuperando assim a nossa Independência. Entre muitas outras que não quero lembrar aqui, até porque têm mortes pelo meio, e isso não é bom em época alguma. Não esqueçamos sobretudo 25 de Abril de 1974, que nos tirou da dura pobreza.


    Não vamos permitir que nos remetam à época de El` Rei D. Sebastião “o desejado” 
  Não vamos permitir que haja mais Loureiros, mais BPNs Oliveira e Costa, etc.

O Povo é sereno 15 de setembro 2012 

 Vamos lutar por Portugal porque ele é nosso, é o nosso País. Nós somos esta Nação. Temos direitos e deveres para com ela e connosco. Temos o dever de dizer BASTA a governantes fraudulentos e corruptos, que são trabalhadores como nós, mas se julgam “transcendentais” ao ponto de se darem ao luxo de ter regalias que mais nenhum trabalhador tem ex: ordenados chorudos, ajudas de custos, carros e casas, como se fossem donos deste pedaço de terra que é de todos nós. Como se isso não bastasse julgam-se também nossos donos.
Basta de sermos roubados, humilhados e ofendidos, queremos os nossos direitos e deveres por inteiro, pois são nossos.

           Coimbra, Setembro de 2012
                 Carminda neves













sexta-feira, 14 de setembro de 2012

VEAJAR (Á DESCOBERTA DO PLANETA TERRA)

                                          ESPANHA

SAN SEBASTIAN
(em basco Donostia, em castelhano San Sebastián) Cidade Espanhola, sede da província basca de Guipúzcoa: Rodeada pela Baía da Concha, junto ao mar da Biscaia, a cidade tem cerca de 183 000 habitantes, enquanto a sua periferia possui aproximadamente 400 mil residentes. Em 2000 o porto de pesca passou para Pasages, convertendo-se o antigo porto em Marina desportiva. Estância balnear. Industrias químicas



Hotel Maria Cristina
foto:carminds
 
                                            
 
DESPORTO San Sebastián é a casa do clube de futebol Real Sociedade de Futebol, um dos principais clubes espanhóis
Hotel Maria Cristina e Teatro Vitoria Eugénia
Inaugurado em 1912, é de projecto de Francisco urcola e Charles Mewes de gosto ecléctico neoclássico.
Ponte Zurriola (Kursaal.) Projecto do engenheiro português Jose Eugenio Ribera, (introdutor do betão armado em Espanha). Inaugurada em 1921, estando relacionada com a construção do primeiro Kursaal.

Praia de “La Concha”
 

PRAIA DA CONCHA
foto:carminda
 
Com a visita da Rainha Isabel II em 1845, foram lançadas as bases de um projecto de futuro para a cidade, que centrado sobre a zona nova da praia, culminou com a construção, já no inicio do século XX, do passeio marítimo (esplanada-promenade) de autoria de Juan Rafael Alday.
Este conjunto constituído por vilas e Chalés construídas em terreno ganho ao mar, o passeio-esplanada e o antigo edifício do balneário real, “La Perla del Océano”, formaliza a praia ideal, reconhecida ainda em 1877, com o estatuto de “Playa Real”.

SARAGOÇA
 

 (Em espanhol Zaragoza) cidade de Espanha antiga capital do reino de Aragão, situa-se às margens do rio Ebro. Cerca de 5000.000 habitantes. É arcebispado. Tem universidade. Nesta cidade encontra-se a catedral de Nossa Senhora do Pilar, Padroeira de Espanha, (sec XVII-XVIII). Arquitecto real Francisco de Herrera el Mozo.Esta catedral, Basílica de Nossa Senhora do Pilar, foi recentemente considerada como um dos doze tesouros da Espanha. Durante a guerra civil espanhola Saragoça foi bombardeada, das três bombas duas caíram dentro da Catedral, foram as únicas que não explodiram encontram-se intatas dento da mesma junto a um altar dedicado à Virgem do Pilar.   




catedral de Nossa Senhora do Pilar
foto:carminda
 
Reza a lenda que a basílica fica no exato local onde Maria, mãe de Jesus, teria surgido ao apóstolo Tiago, em cima de um pilar ou coluna, quando este andava a pregar aos povos da Península Ibérica.
Castelo árabe aljaferia. Centro comercial e industrial. Cidade Ibera. Colónia romana, foi conquistada pelos Árabes (714) e retomada por Afonso I em 1118 Em 1808 e 1809, resistiu heroicamente ao sítio das tropas francesas de Napoleão
Exposição Internacional de 2008
Devido à sua localização, esta província acolheu a Exposição Internacional, a Expo'08 entre 14 de Junho e 14 de Setembro. A importância do rio Ebro foi o principal motor do projecto, cujo conceito se fixou nas novas formas de aproveitamento da água, com o tema "Água e Desenvolvimento sustentável".

                                 FRANÇA
LOURDES
procissão das velas imagem de N.S. de Lurdes
(a lua a cima de imagem)
Cede de cant. Do dep. Dos Hautes-Pyrénées, ás margens do rio Gave de Pau; cerca de 18.000 habitantes. Local de grande peregrinação, consagrada à Virgem Maria. Basílica (1876) Basílica subterrânea(1958)
Assim como qualquer local onde houve ou há manifestações de uma força sobrenatural, Lourdes é hoje um grande centro de peregrinação católica, com cerca de 6 milhões de visitantes anuais, interessados não somente no turismo religioso, mas também na história, arquitetura e belezas naturais singulares da pequena cidade. Tal massa turística injeta dezenas de milhões de dólares no comércio geral, o que transforma Lourdes numa parte importante do PIB francês. Além disso, as visões de Bernadette, junto às de Fátima em Portugal, foram as mais famosas de uma série de manifestações Marianas que fortaleceram ainda mais o culto à Nossa Senhora como mãe de Deus. Houve também a confirmação do dogma da Imaculada Conceição, que fora declarado pelo Papa pouco tempo antes.

IMAGEM DE N.S. NA GRUTA ONDE APARECEU
A BERNADETTE
Um dos lindíssimos vitrais
que se encontram na basílica
subtrrânea(via sacra)
BERNADETTE
Desde pequena, Bernadete teve a saúde debilitada devido à extrema pobreza de sua habitação. Nos primeiros anos de vida foi acometida pela cólera, o que a deixou extremamente enfraquecida [2]. Em seguida, por causa também do clima frio no inverno, adquiriu aos dez anos uma asma. Tinha dificuldades de aprendizagem e na catequese, o que fez com que a sua primeira comunhão fosse atrasada. Não pôde frequentar a escola e até os quatorze anos mantém-se estritamente analfabeta.
Em Lourdes, uma cidade com população em torno de quatro mil habitantes, no dia 11 de Fevereiro de 1858, Bernadete disse ter visto uma aparição de Nossa Senhora numa gruta denominada "massabielle", o que significa, no dialeto birgudão local - "pedra velha" ou "rocha velha" - junto à margem do rio Gave, aparição que de outra vez se lhe apresentou como sendo a "Imaculada Conceição", segundo o seu relato.


 ANDORRA

pireneus a caminho de Andorra a velha

Principado, pequena região dos Pirenéus, colocada desde 1607 sob a soberania conjunta do rei (hoje Presidente) da França e do bispo de Urgel, na Espanha. Tem 465km2; cerca de 20.000 habitantes, neste território falam-se várias línguas sendo a oficial o catalão seguindo-se o castelhano, o português e o francês (não oficiais). Sua capital é a cidade de Andorra-a-Velha, também conhecida como Andorra La Velha. Com 7.500 habitantes
Antes isolado, o principado é hoje um país próspero principalmente devido ao crescimento do turismo e por seu status de paraíso fiscal. Actualmente, a população de Andorra na está listada como tendo a maior expectativa de vida do mundo, com média de 83,52 anos (2007).
O principado é o único país do mundo cuja única língua oficial é o catalão, embora represente apenas 0,22% do total de catalanófonos da Europa. Andorra também é o Sexto menor país da Europa, maior apenas que Malta, Liechtenstein, São Marinho, Mónaco e Vaticano.

BASILICA DE N.S. AE LOURDES
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
               História universal
 fotografias carminda neves
COIMBRA SETEMBRO DE 2012
 CARMINDA NEVES






quinta-feira, 13 de setembro de 2012

OS SUMÉRIOS


As alternativas de fundação, conquista nómada, absorção e refinamento, e de novo conquista, absorção e refinamento, caraterísticas fundamentais dessa (ver civilizações neste blog) fase da História humana – são particularmente visíveis na região do Eufrates e do Tigre. Toda essa região de fertilidade assombrosa se achava, com efeito, envolvida, em todas as direções, por grandes terras que não eram completamente áridas para se considerarem desertos, nem suficientemente férteis para sustentar populações civilizadas. Foram os Sumérios o primeiro povo que, nesta parte do mundo, e, talvez, em todo o mundo, construiu cidades e fundou uma civilização. Eram provavelmente, brancos morenos, com afinidades ibéricas ou dravidianas. Possuíam uma espécie de escrita, gravada em grés ou barro, pela qual se lhes decifrou a língua. Esta aproxima-se mais dos grupos caucásicos não classificados do que de quaisquer outros ainda hoje existentes. Tais línguas podem ter tido ligações com o basco, e talvez representem o que foi, outrora, um largo grupo primitivo de línguas que se estenderia da Espanha e Europa Ocidental até á Índia Oriental e atingiria, ao Sul, a África Central.
Escavações feitas em Eridu pelo capitão R. Campbell Thompson, durante a Grande Guerra, revelaram a existência, abaixo das mais antigas fundações sumérias, de vestígios de uma fase agrícola primitiva, da época neolítica, anterior à invenção da escrita e mesmo ao uso do bronze. As colheitas desses pré sumérios eram ceifadas com foices e instrumentos de barro.
Os Sumérios rapavam a cabeça e usavam roupa de lã a imitar túnicas singelas. Fixaram-se, a princípio, na parte inferior do curso do grande rio, não muito longe do Golfo Pérsico, o qual penetrava naqueles dias até duzentos ou mais quilómetros, acima dos limites atuais.
Sayce, no seu livro Babylonian and Assyrian life (Vida na Assíria e Babilónia), calcula que em 6500 a. C., Eridu era litoral marítimo. Os Sumérios fertilizavam a terra irrigando-a por meio de canais e, gradualmente tornaram-se hábeis engenheiros hidráulicos; possuíam bois, jumentos, carneiros e cabras, mas faltava-lhes o cavalo.

Flores
Foto: Carminda

O barro, secado ao sol, era um grande factor na vida desses povos. Não havendo pedra na região, construíam com tijolos de barro, faziam cerâmica e imagens de barro, desenhavam e chegaram a escrever sobre finas peças de barro semelhantes a telhas. Não parecem ter tido papel ou usado pergaminho. Os seus livros eram de barro ou grés.
Em Nipur construíram uma grande torre de tijolos ao seu deus principal El-Lil (Enlil), cuja memória, ao que se supõe, ficou preservada na torre de Babel. Parece que se dividiam em cidades estados, que se guerreavam entre si.
Desenvolveram a sua civilização, a sua escrita, a sua navegação, durante um período duas vezes mais longo que o que medeia entre o começo da era Cristã e os tempos atuais. Depois foram cedendo e desaparecendo perante os povos semitas.
O primeiro de todos os impérios conhecidos foi o fundado pelo sumo-sacerdote do deus da cidade suméria de Ereque. Estende-se, diz uma inscrição em Nipur, do Mar Baixo (Golfo Pérsico) ao Mar Alto (Mediterrâneo ou Vermelho?). Nas elevações do vale do Eufrates-Tigre, acha-se sepultado o registo desse vasto período da História, dessa primeira metade da Era do Cultivo da terra, Aí floresceram os primeiros templos e os primeiros governantes – sacerdotes de que temos conhecimento.

Fonte: H.G. WELLS
          HISTÓRIA UNIVERSAL primeiro volume
             Coimbra, Setembro DE 2012
            Carminda Neves

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

CIVILIZAÇÕES

Grande foi a transformação operada nas condições humanas pelo aparecimento da agricultura.
O Berço de Civilização Ocidental
Antes da agricultura, o homem era um animal predador, errante, que usava instrumentos, um animal selvagem e relativamente raro sobre a superfície da terra. Vivia em pequenas comunidades e a sua linguagem senão escasso e reduzido desenvolvimento. Os seu únicos haveres eram os abjectos que transportava consigo. As suas actividades resumiam-se à caça e a sua vida dividia-se entre longos períodos de fome e os encantos da plenitude e da saciedade. Acompanhava os animais nas suas marchas e migrações em busca de alimento. Era livre e necessitado, e a sua vida corria um perigo incessante.Com a agricultura, começou a arte das plantações e da preservação do alimento. Os animais que antes caçava foram arrebanhados em lugares convenientes, onde os pudesse encontrar sempre; e começou o homem a tratar de obter sementes, raízes e frutos que lhe complementassem a alimentação. O seu cirandar de caçador sofreu severas restrições perante a necessidade de obter pastagens para o gado semi-domesticado e a expectativa de colher o que havia semeado. Os seus instrumentos e apetrechos multiplicaram-se, e também se multiplicou a espécie.      
Construiu casas e adquiriu haveres; em lugar de uma eterna caça pela comida, fixa-se num trabalho regular e periódico para obter o alimento. Conseguia armazená-lo. Começara para ele o trabalho. De refeições que eram felizes descobertas e aventuras excitantes, havia chegado à regularidade das horas de comer. Deixara de ser o animal de acaso; transformara-se no animal económico
De todos os mamíferos, o homem foi o único que se tornou um animal económico.
A maior parte das tarefas penosas recaía sobre as mulheres. O homem primitivo nada sabia decavalheirismo. Se havia necessidade de mudança de residência, as mulheres e as meninas carregavam o pouco ou o muito que havia a carregar, os homens marchavam livres e leves, apenas com as armas, prontos para qualquer eventualidade. O cuidado das crianças e feridos era obrigação exclusiva das mulheres.
Admite-se como provável, que a mulher, é que, descobriu a agricultura. A apanha de sementes e vegetais para alimentação era por certo, trabalho dela, enquanto o homem andava à caça.
Terá sido a mulher a observar que as sementes cresciam nos locais dos antigos acampamentos. Daí até lançar conscientemente as sementes à terra seria um passo. Fizeram-no, talvez, como oferenda aos deuses, para que no regresso para novo acampamento, lhe fosse restituído, cem por um. Talvez a associação com sacrifícios humanos datem dessa época, talvez matassem um homem para ficar a guardar as sementeiras. Este tipo de alimento era, provavelmente, um suprimento acessório à alimentação habitual (frutos silvestres e caça).

O berço da civilização ocidental _6000 a 4000 AC.

 Pensa-se que a agricultura sistemática, começou no Egipto, e certamente nenhuma, outra, região estava tão obviamente adaptada a ensinar aos homens a arte de semear na época apropriada.
O cultivo da terra não é civilização. É o estabelecimento do homem sobre uma área continuamente possuída e cultivada, vivendo em construções continuamente habitadas, com uma regra comum e uma cidade ou cidadela, também, comuns.
A primeira condição necessária para uma real fixação dos homens neolíticos; seria, naturalmente a existência de recursos: água permanente, pastagens para os animais, alimentos para eles próprios e de material de construção para a habitação.
Deveria haver tudo o que necessitassem em qualquer das estações, e nenhuma carência ou falta que os tentasse a prosseguir na sua existência erradia. Ora tal era a situação de muitos vales europeus e asiáticos. Ex: as habitações lacustres da Suíça onde o homem se fixou desde remotíssima época. Mas de todas as regiões por nós conhecidas, em nenhuma se encontravam condições tão favoráveis, e se mantinham tão constantes ano após ano, como no Egipto e entre o curso superior do rio Eufrates e do Tigre e o Golfo Pérsico.

O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL 6000 A4000 ac.

Nada faltava a essas regiões: terra fértil, água perene e abundante, sol luminoso e permanente; as colheitas, certas e seguras, ano após ano; diz Heródoto, “O trigo produzia duzentos por um”; Plínio informa que: “ceifado duas vezes, aparte subsistente constituía boas pastagens para ao carneiros; havia palmeiras abundantes e grande variedade de frutas; quanto a material de construção, o Egipto dispunha se barro para modelagem e de pedras facilmente trabalháveis, a Mesopotâmia, de um barro que ao calor do sol, se tornava rijo como um tijolo
Em tais regiões, os homens haviam de deixar a sua vida errante e se fixar quase involuntariamente, multiplicar-se, e descobrir que, se numerosos, ficavam a salvo de qualquer ataque ou assaltantes casuais.
Mas enquanto nestes vales férteis os homens se enraizavam, nas terras menos férteis e desfavorecidas da Europa, nos desertos da Arábia, nas pastagens periódicas da Ásia Central, desenvolvia-se uma população menos densa de gente ativa e inteiramente divergente, os primitivos povos nómadas que viviam e vivem livre e perigosamente. Eram em comparação com aqueles pessoas magras e famintas. Lutavam constantemente pelas suas pastagens contra famílias hostis.
Não se deve supor, com efeito, que na vida da humanidade uma fase nómada tenha precedido uma fase sedentária.
Era inevitável que os povos nómadas e sedentários se chocassem, que os nómadas parecessem bárbaros e rudes aos povos sedentários, e estes moles, efeminados e bons para serem pilhados aos povos nómadas.
Estabeleceram-se fronteiras de lutas que raramente eram ultrapassadas, os povos sedentários tinham a vantagem de ser mais numerosos e organizados. Por vezes estes conflitos podiam prolongar-se por várias gerações.
Mas de quando em vez os povos nómadas venciam nestas guerras de conquista, e em vez de carregar os despojos de guerra fixavam-se na terra conquistada e a população era reduzida à servidão e obrigada a pagar tributo. Os chefes nómadas tornavam-se reis e príncipes. Estabelecidos, não se transformavam de todo em sedentários. Aprendiam muitas das artes requintadas dos conquistados, deixavam de ser famintos e magros, mas, através de muitas gerações, conservavam os traços dos velhos costumes nómadas. Caçavam e compraziam-se em desportos ao ar livre, celebravam corridas de quadrigas e consideravam o trabalho, especialmente o trabalho agrícola, como o quinhão de classes inferiores.
Faz-se nas postagens que se seguirão neste Blog uma exposição sumária de algumas civilizações primitivas.

Fonte: H.G. WELLS
              História Universal primeiro volume
Coimbra, Setembro de 2012
             Carminda neves









domingo, 9 de setembro de 2012

PORTUGAL A INTERNET E O ENSINO


 Em 1994, as perguntas mais frequentes sobre a internet eram: «o que é isso?», «Existe em Portugal ou só nos Estados Unidos?». Hoje as perguntas dominantes são:» Quanto custa?», Como se pode aceder?», «O que se pode obter de interesse para melhorar o meu trabalho?». Nos últimos anos, a internet cresceu 80% no mundo, tendo se verificado uma explosão no número de utilizadores portugueses.

Cada vez mais professores
Obtêm formação e experiência na utilização de internet, de modo a integrar as suas possibilidades nos recursos a proporcionar aos alunos, o que tem permitido o desenvolvimento de inúmeros projectos inovadores. Este tipo de projectos pode levar os alunos a aprender e a interessar-se cada vez mais pelo que se passa no mundo e a desenvolver as suas capacidades de escrita e leitura em português e em línguas estrangeira
É gratificante ver como actualmente as escolas desenvolvem projectos muito interessantes que incentivam a utilização de ferramentas básicas da internet.
 Correio electrónico: tem sido organizada a troca de ideias com adultos directamente envolvidos em assuntos divulgados pelos media e que constituíram motivo d interesse para os alunos. Há igualmente projectos de intercâmbios telemáticos entre escolas portuguesas e entre estas e escolas estrangeiras.
 Consulta de base de dados: Os alunos consultam as bases de dados, em busca de materiais autênticos que possam apoiar e completar as temáticas que focalizam nas aulas de diversas disciplinas
 Grupos de debate da Usenet: Grupos de alunos e professores trocam informação com outros utilizadores sobre diversos assuntos, utilizando muito dessa informação no processo de ensino/ aprendizagem.

ESCOLA SUPERIOR DE DUCAÇÃO DE VISEU
NOME DO ALUNO  CURSO
 
                      http://www.aposenior.com

  

terça-feira, 3 de julho de 2012

SANTA CLARA A VELHA


convento de santa clara a velha

Foi povoado por clarissas, nobreza e alta burguesia até o rio Mondego deixar. Durante quatro séculos, aquela vivência permaneceu congelada no tempo. A água do Mondego foi morte e vida. Fatal para a vivencia no e do Mosteiro do século XVII. Obrigou as clarissas a transferirem-se para o Monte da Esperança (hoje Santa Clara a Nova), onde repousam os restos mortais da nossa Rainha Santa. D. Isabel de Aragão, (ou, usando a grafia medieval portuguesa, Yzabel, Isabel faleceu, tocada pela peste, em Estremoz, a 4 de Julho de 1336, tendo deixado expresso em seu testamento o desejo de ser sepultada no Mosteiro de Santa Clara a Velha). Casada com o nosso rei D. Dinis. Foi o sexto rei de Portugal, cognominado o Lavrador pela imputação da plantação do pinhal de Leiria ou o Rei Poeta devido à sua obra literária.


Foi essa mesma água, que conservou as vivencias de um local que se revelou como o maior estaleiro de arqueologia medieval da Europa.
Em 1995 foi iniciada uma, operação de resgate da vivencia do Convento de Santa Clara a velha, terminou com a recuperação de uma história que continua a querer encantar. A comunidade que ali viveu tinha ligações a D. Isabel de Aragão (Rainha Santa Isabel), mas também a D. Inês de Castro. (O romance de Pedro, futuro rei de Portugal, com a dama de companhia Inês de Castro marcou a história e a cultura portuguesas. Foi um amor proibido, vivido em atmosfera carregada de disputas de poder).
As centenas de clarissas que ingressaram no Convento, muitas delas oriundas da alta nobreza e burguesia e o contributo das duas Rainhas atrás referidas(D. Inês ainda hoje não é considerada rainha por muitos historiadores). Os seus dotes e contributos luxuriantes, os vidros, as jóias, as cerâmicas foram recuperados e hoje ajudam a contar novas histórias de uma vivência passada.
Intactas e congeladas pelo tempo e pela água ficaram também as lixeiras do Convento, o que permitiu o estudo dos despejos, dando a conhecer o que se comia naquela época. Depois reinventou-se. Criaram-se as “clarissinhas”, com base nos ingredientes encontrados nas lixeiras, mas também o “vinho santo”, usado pelos fiéis da época quando queriam potenciar o pedido de um milagre à Rainha Santa Isabel. Hoje, contam-se novas histórias e vivências que o rio Mondego congelou e escondeu durante séculos

interior do convento
 A RAINHA SANTA ISABEL, A PADROEIRA DA CIDADE DE COIMBRA
Foi a refundadora do mosteiro e às suas ordens foram ainda construídos dentro do perímetro do mosteiro um hospital para pobres com cemitério (adro) e o paço, onde a rainha viveu grande parte da sua vida e onde mais tarde chegaram a viver Pedro (seu neto) e D. Inês de Castro. A rainha que ficou associada ao milagre das rosas foi beatificada pelo papa Leão X em 1516. A sua última morada é o Convento de Santa Clara a Nova.
NOTA
O Convento de Santa clara a velha encerra á segunda-feira e pode ser visitado das 10h00 ás 19h00 nos meses de Maio a Setembro, e das 10h00 ás17h00, no período entre Outubro e Abril



igreja do convento de santa clara a velha
 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Revista: olhares; centro cirúrgico Coimbra

Julho de 2012
Carminda neves

sábado, 30 de junho de 2012

APOSÉNIOR COIMBRA


gerações: Afotografia classificada em 3ª lugar
fotografia de Angélica Leal




A Universidade Sénior de Coimbra (Apósenior) realizou no mês de Junho o encerramento do ano escolar 2011/12. O local escolhido, foi a Lapa dos Esteios.

Família: fotografia não premiada, mas, exposta
fotografia de: Angélica Leal


Houve lanche partilhado com muita alegria, concursos: de Fotografia, Poesia, e ainda para a mais bonita cesta de piquenique. Baile, que decorreu até o sol desaparecer no horizonte longínquo!.......Estiveram presentes: professores, alunos, familiares e amigos dos mesmos.
 
 
 
 
  
Junho de 2012
Carminda Neves