Foi rápida a ocupação muçulmana da Península Ibérica no ano 711 d.C., e a reconquista pelos visigodos foi francamente mais lenta. Este processo gradual originou o nascimento de pequenos reinos que iam sendo alargados à medida que a reconquista era bem sucedida. Primeiro, o Reino da Galiza, que viria a dividir-se entre os filhos de Afonso III da Galiza quando morreu. Assim nasciam os reinos de Leão e, mais tarde, de Navarra e Aragão, Portugal e de Castela.
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bandeiras de Portugal |
Alguns anos mais tarde, em 1096, descontente com as políticas bélicas do conde Raimundo de Borgonha, o rei Afonso VI de Leão e Castela entrega o governo do Condado Portucalense a um primo de Raimundo, o conde D. Henrique de Borgonha, juntamente com a sua outra filha, a infanta D. Teresa, passando Henrique a ser conde de
Portucale. Deste condado, nasceria o reino de Portugal
Nascia, em 1139, o Reino de Portugal e a sua primeira dinastia a de Borgonha ou Afonsina. D. Afonso Henriques, torna-se rei, o rei Afonso I de Portugal. Contudo, o estatuto de independência carecia de reconhecimento, o qual só foi feito por parte do Reino de Leão e Castela.
a 5 de Outubro de 1143, data em que o rei Afonso VII assinou o Tratado de Zamora, que assinalaria a separação entre os reinos. Desde então, D. Afonso Henriques (Afonso I) procurou consolidar a independência por si declarada. Fez importantes doações à Igreja e fundou diversos conventos. Dirigiu-se ao papa Inocêncio II e declarou Portugal tributário da Santa Sé, tendo reclamado para a nova monarquia a protecção pontifícia. Em 1179 o papa Alexandre III, através da Bula Manifestis Probatum, confirma e reconhece Portugal como país independente e soberano protegido pela Igreja Católica.
Esta independência sofreria ao longo dos séculos várias crises, sendo que a primeira mais grave foi a de 1383-2385. Esta Crise foi um período de guerra civil e anarquia na História de Portugal, uma vez que não existia rei no poder. A crise começou com a morte do rei Fernando de Portugal sem herdeiros masculinos.
CRISE DE 1383-1385
Apesar de as Cortes de Coimbra terem escolhido, em 1385, um novo rei, João I de Portugal, o rei João I de Castela não desistiu de tentar conquistar um novo reino para si, uma vez que era casado com D. Beatriz única filha do rei D. Fernando, e invadiu Portugal. O exército castelhano era muito mais numeroso mas, mesmo assim, foi derrotado na batalha de Aljubarrota graças à tática inventada naquela altura à qual deram o nome de "tática do quadrado". Os exércitos portugueses foram comandados, por Nuno Álvares Pereira, nomeado por João I de Portugal
Condestável do Reino. Convém lembrar, que o Infante D. João de Portugal, Mestre da Ordem Militar de Avis, (D. João I de Portugal) era irmão do rei D. Fernando de Portugal, filho de D. Pedro I e de D. Teresa Lourenço, Os partidários de João de Avis organizam as Cortes em Coimbra. É aí que, a 6 de Abril, é aclamado João I, Rei de Portugal, defendido por: Mestre ou Doutor
João Anes das Regras ou simplesmente
João das Regras que foi um jurisconsulto português. Destacou-se pela magistral representação da causa do Mestre de Avis nas cortes de Coimbra de 1385, cujo corolário foi a aclamação dele como rei de Portugal assegurando assim a Independência de Portugal.
CRISE DE 1580-1640
A morte do jovem rei de Portugal D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir levou a uma
crise de sucessão já que o primeiro não teria deixado descendência pela sua tenra idade. Pela proximidade de parentesco, coube a governação ao cardeal D. Henrique, aclamado Rei de Portugal a 28 de Agosto de 1578.
A notícia da derrota de Alcácer-Quibir foi levada ao cardeal, então no Mosteiro de Alcobaça, pelo provincial da Companhia de Jesus e o Dr. Jorge Serrão. O cardeal, encarregado da regência do reino por proximidade de parentesco, convocou as Cortes de Lisboa de 1579 para estudar a situação decorrente da sua avançada idade e vínculo religioso. Não sendo casado e não tendo herdeiros, a sua regência seria meramente provisória pelas leis da época, sucederia ao Rei o seu parente mais próximo, na tentativa de preservar o sangue real na administração do Reino; em caso de parentes de igual proximidade, a preferência seria dada aos de sexo masculino. A verificar-se a concorrência de vários homens em igual grau de parentesco, seria preferido o mais velho. Portugal perdeu a Independência porque a nobreza e alguma burguesia assim o determinaram, Portugal estava em decadência, Espanha no máximo do seu esplendor e os portugueses entenderam que tinham encontrado a árvore das patacas. Saiu-lhes o tiro pela culatra e sofreram humilhação atrás de humilhação durante 60 anos. Após estes anos, quando a burguesia e a aristocracia portuguesas, descontentes com o domínio castelhano sobre Portugal. Resolveram fazer uma revolução para a restauração da mesma.
Assim: alguns dos candidatos ao Trono de Portugal eram (pela ordem da linha da sucessão):
*Cardeal D. Henrique filho de D.Manuel I
*Catarina de Bragança filha mais nova de D. Duarte
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bandeira da Monarquia |
*Filipe II de Espanha neto de D. Manuel I (filho de D. Isabel)
*Duque de Sabóia neto de D.Manuel I (filho de D. Beatriz)
*D. António Prior do Crato neto de D. Manuel I (filho do infante D. Luis) afastado por ser considerado ilegítimo,) embora segundo alguns Historiadores o não fosse, seu pai teria realmente casado com sua mãe, mas, esta era pessoa não grata por ser Cristã Nova (Judeus convertidos ao Cristianismo.) de todos os candidatos era este o que tinha mais direitos. Não teve foi um D. João das Regras para o defender, como aconteceu com D. João I em 1385.
Continuando: Portugal perdeu a sua independência por cerca de 60 anos para Filipe II de Espanha I de Portugal e seus sucessores de 1580 até 1640. Quando a burguesia e a aristocracia portuguesas, descontentes com o domínio castelhano sobre Portugal que se propunha efectivar o valido Olivares, terminando com a Monarquia Dual, quiseram restaurar a dinastia portuguesa, Finalmente, um sentimento profundo de autonomia estava a crescer e foi consumado na revolta de 1640, na qual um grupo de conspiradores da nobreza num golpe de estado aclamou o duque de Bragança como Rei de Portugal, com o título de D. João IV (1640-1656), dando início à quarta Dinastia – Dinastia de Bragança. Dom João aceitou a responsabilidade com relutância, diz a lenda que incentivado sobretudo pela sua mulher Dona Luísa de Gusmão. Este facto ter-se-á devido à prudência que se impunha na escolha da conjuntura favorável, e do tempo preparatório necessário para o efeito, visto Portugal nessa época estar quase desarmado, e Castela ser ainda ao tempo a maior potência militar na Europa. Dona Luísa de Gusmão, sendo irmã do Duque de Medina Sidónia que sonhou revoltar-se com a Andaluzia de que chegou a sonhar ser rei, estaria talvez influenciada por ele. D. João IV de Portugal e II de Bragança (Vila Viçosa, 19 de Março de 1604 — 6 de Novembro de 1656) foi o vigésimo – primeiro Rei de Portugal, e o primeiro da quarta dinastia, fundador da dinastia de Bragança, que governou Portugal até 5 de Outubro de 1910
REVOLUÇÃO (FALHADA) DE 28 DE JANEIRO DE 1908
O Regicídio de 1 de Fevereiro de 1908, ocorrido na Praça do Comércio, na época (mais conhecida por Terreiro do Paço), em Lisboa, marcou profundamente a História de Portugal, uma vez que dele resultou a morte do Rei D. Carlos e do seu filho e herdeiro, o Príncipe Real D. Luís Filipe, marcando o fim da última tentativa séria de reforma da Monarquia Constitucional, e consequentemente, uma nova escalada de violência na vida pública do País.
A Revolta do 5 de Outubro de 1910
A Implantação da República Portuguesa foi o resultado de um golpe de estado organizado pelo Partido Republicano Português que, no dia 5 de outubro de 1910, destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal. A subjugação do país aos interesses coloniais britânicos os gastos da família real, o poder da igreja, a instabilidade política e social, o sistema de alternância de dois partidos no poder (os progressistas e os regeneradores), a ditadura de João Franco, a aparente incapacidade de acompanhar a evolução dos tempos e se adaptar à modernidade — tudo contribuiu para um inexorável processo de erosão da monarquia portuguesa do qual os defensores da república, particularmente o Partido Republicano, souberam tirar o melhor proveito. Por contraponto, o partido republicano apresentava-se como o único que tinha um programa capaz de devolver ao país o prestígio perdido e colocar Portugal na senda do progresso. Tal facto não aconteceu Portugal continuou sem prestigio e nunca foi colocado na senda do progresso até aos dias de hoje apesar de tantos e sucessivos governos. Até houve uma revolução pelo meio. O DIA 25 DE ABRI DE 1974 e os portugueses, sempre, sem glória, sem prestígio e sem progresso.
Tudo isto para dizer que no dia 5 de outubro se comemora também a Independência de Portugal, levada a cabo por D. Afonso Henriques em 1143. Nesse dia deveriam ser hasteadas duas bandeiras e não só uma. Nós Portugueses, temos cerca de 800 anos de Monarquia e apenas cerca de 100 de Republica e sempre a chafurdar na mesma porcaria.
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Bandeira Portuguesa Hasteada ao contrário |
Como se não bastasse esquecer a origem de Portugal e celebrar apenas a data da mudança de regime (monarquia/republica,) os atuais governantes entenderam que até esse era demais. Desta nem o ditador Salazar se lembrou. O feriado deste dia jamais deveria ser retirado aos portugueses, pois são-lhe retiradas as suas origens, a História dos seus ancestrais, a sua própria História. Vejam a ironia, no dia em que se comemora pela última vez as nossas origens a bandeira de Portugal é hasteada de pernas para o ar. DIA 5 DE OUTUBRO DE 2012.
Se a monarquia nada fez pelos portugueses, e Deus e nós sabemos que isso é verdade. Portugal teve grandes momentos de glória durante o regime monárquico, mas, o povo foi sempre excluído desses momentos. Quando chegamos a 1910 a Nação andava rota, descalça, esfarrapada, faminta de fome, sede e justiça, era analfabeta cerca de 80% não sabia ler nem escrever, não tinha estradas, casas, hospitais, escolas etc. Havia duas coisas que tinha Igrejas e cemitérios!...... A república continuou a fazer o mesmo, os Portugueses continuaram rotos e famintos. Apesar de uma revolução em
1974 25 de Abril e chegados que estamos a 2012 século XXI Portugal continua roto e faminto, com sede de justiça. Com uma agravante se um dia viu uma luz ao fundo do túnel essa luz foi-lhe retirada completamente nos cerca de últimos 20 anos.
“Que ninguém implore amor, nem afeto, nem mendigue qualquer sentimento que exija um pedaço do outro. Viver de migalhas, jamais. Soma-te de coisas que te façam bem, ignora qualquer tipo de sentimento que te subtraia. Que tudo seja natural, principalmente as nossas próprias escolhas. Que as pessoas não sejam apenas de carne e osso, mas que sejam de alma e coração, que façam a diferença, nem que seja por se sentirem falhadas, ou gloriosas….”
Desconheço o autor
Fonte: História de Portugal
Meus apontamentos de História
Prof. José Hermano Saraiva
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Outubro de 2012
Carminda neves