quinta-feira, 19 de março de 2020

DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES

O Promontório de Sagres ficou ligado, pela História, pela lenda aos descobrimentos quatrocentistas. O Infante D. Henrique planeou instalar ali um porto de escala « para dar mantimentos e outras cousas necessárias aos que nas naus e galés ali vinham pousar« e para isso obteve autorização em 1443. o próprio infante ali residiu algum tempo, inteiramente ocupado com a organização de expedições marítimas.
      Os Descobrimentos marítimos constituem, na História de Portugal, um «salto» de significativa importância. Podemos defini-los como a charneira em torno da qual a evolução da sociedade portuguesa procura um novo sentido, e, em consequencial, os homens de um pequeno pais do ocidente da Europa irão alterar irreversivelmente o seu destino e levando atrás de si o destino de uma Europa fechada em si mesma, como se fosse o centro de todo o mundo. O século XVI irá ser para todo o mundo um rasgar de Horizontes.

sexta-feira, 22 de março de 2019

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

FILOSOFIA PIRRO E O CEPTICISMO




 O ORIENTE, PIRRO, OS MÉGARICOS
O nascimento da filosofia, na Grécia, é um acontecimento absolutamente original na história do homem. A novidade sem precedentes está nessa procurada verdade que é a Epistéme, ou seja, a dimensão irrefutável na qual se manifesta a totalidade do ente. É nesse sentido pleno da verdade e do ente que não se encontra nas grandes formas da sabedoria que no Oriente, precedem a filosofia grega (sobretudo os Veda e as partes mais antigas do Antigo Testamento) ou que são contemporâneas do nascimento da filosofia (como o Budismo na India, Lao-tsé e Confúcio na China, Zaratustra no Irão).
   Mas tudo isto não significa também que a filosofia grega não mantenha e desde as suas origens e desde as suas origens, relações com a sabedoria oriental. A relação crítica da filosofia com o mundo não se esgota na relação com o mito grego. Mais ainda, as grandes formas religiosas do Oriente fazem sentir a sua presença no próprio conteúdo da filosofia grega. Foram por exemplo, salientadas as convergências entre o Pensamento de Parménides e os Veda (ou seja que se encontram na base do bramanismo, do hinduísmo e do budismo). Em ambos os casos, o mundo é considerado como uma ilusão relativamente à absoluta simplicidade do Uno. Mas o Uno de Parménides é o Ser, sendo Parménides que pela primeira vez salienta o sentido explícito do Ser e do nada, pelo que a consonância entre Parménides e o pensamento Oriental continua a ser uma analogia cheia de ambiguidades.
Na segunda metade do século IV a. C., Alexandre atinge a Índia. A partir desse momento, o pensamento e a civilização do Oriente não mais crescem independentemente das categorias do pensamento grego. A expedição de Alexandre é a prefiguração do domínio que a civilização ocidental hoje estendeu a todo o planeta.
Mas é também verdade que a expedição de Alexandre fomenta, como nunca antes se verificara, a presença do Oriente no mundo grego (e portanto a captação do Oriente por parte da civilização grega). Pirro de Elis, considerado o fundador do ceticismo, toma parte na expedição de Alexandre ao Oriente. E em Pirro a sabedoria védica une-se ao pensamento de Parménides. Um encontro que volta a propor uma vez mais essa escola megárica (ou seja, essa síntese que os megáricos estabeleceram entre Parménides e Sócrates), com a qual Platão e Aristóteles se haviam empenhado a fundo. Isto significa que Pirro, tal como Cícero salienta, não é o pai do ceticismo, embora tenha sido considerado tal pelos autênticos céticos, alguns dos quais (Enesidemo e Sexto Empírico) vários séculos posteriores a Pirro.
 FONTE: A FILOSOSIA ANTIGA; Emanuele Severino. Edições 70 1984; capitulo XI
COIMBRA, NOVEMBRO DE2018
Carminda Neves  


quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Outubro Incêndios

Estou a pensar que Portugal chora de angústia, dor, luto, sentimento de abandono pelos seus governantes, revolta, tristeza... Um desejo imenso de saber o porquê destes ataques sistemáticos aos seus parcos haveres, à destruição de locais de emprego no Portugal profundo desertificado, sem meios de sustentabilidade. Este Portugal e as suas gentes atirados às feras... Com anseios de fortuna, nem que seja, à custa de vidas humanas e não humanas. Não se entende tanta inconsciência e incompetência.

As lágrimas escorrem pelas faces quando, junto das cinzas, se encontram tantos Seres Humanos exaustos, sujos, esfomeados, tristes, tentando descansar no chão duro de pedra, ou terra batida, ou asfalto! Que importância tem? É abandono... Horas e horas de luta inglória contra as chamas devoradoras para as quais foram atirado com a certeza que não havia ajuda na retaguarda...BOMBEIROS nós estamos gratos pelo que têm feito e pelo que não têm conseguido fazer... É urgente saber a verdade!

Coimbra, Novembro de 2017
Carminda Neves

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Sancho I de Portugal

4 POSTAGEM: PORTUGAL SEU 2º REI

Reinado6 de Dezembro de 1185
a 26 de Março de 1211
Coroação9 de Dezembro de 1185
Antecessor(a)Afonso I
Sucessor(a)Afonso II
EsposaDulce de Aragão
DescendênciaTeresa de Portugal
Sancha de Portugal
Afonso II de Portugal
Pedro I, Conde de Urgel
Fernando, Conde de Flandres
Mafalda de Portugal
Branca de Portugal, Senhora de Guadalajara
Berengária de Portugal
CasaBorgonha
Nome completo
Martinho
Nascimento11 de Novembro de 1154
Coimbra, Portugal
Morte26 de Março de 1211 (56 anos)
Coimbra, Portugal
EnterroMosteiro de Santa Cruz, Coimbra, Coimbra, Portugal
PaiAfonso I de Portugal
MãeMafalda de Saboia

Sancho I (Coimbra11 de Novembro de 1154 – Coimbra, 26 de Março de 1211), apelidado de Sancho, o Povoador, foi o Rei de Portugal de 1185 até sua morte. Era filho do rei Afonso I de Portugal e sua esposa Mafalda de Saboia. Ele promoveu e apadrinhou o povoamento dos territórios do país — destacando-se a fundação da cidade da Guarda, em 1199, e a atribuição de cartas de foral na Beira e em Trás-os-MontesGouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187), São Vicente da Beira (1195) ou Belmonte(1199), povoando assim áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e da Borgonha.


Quinto filho do monarca Afonso Henriques, foi baptizado com o nome de Martinho, por haver nascido no dia do santo Martinho de Tours, e não estaria preparado para reinar; no entanto, a morte do seu irmão mais velho, D. Henrique, quando Martinho contava apenas três anos de idade, levou à alteração da sua onomástica para um nome mais hispânico, ficando desde então Sancho Afonso.
Em 15 de Agosto de 1170 Sancho foi armado cavaleiro pelo seu pai logo após o acidente de D. Afonso Henriques em Badajoz e tornou-se seu braço direito, quer do ponto de vista militar, quer do ponto de vista administrativo. Nestes primeiros tempos de Portugal enquanto país independente, muitos eram os inimigos da coroa, a começar pelo Reino de Leão que havia controlado Portugal até então. Para além do mais, a Igreja demorava em consagrar a independência de Portugal com a sua bênção. Para compensar estas falhas, Portugal procurou aliados dentro da Península Ibérica, em particular o reino de Aragão, um inimigo tradicional de Castela, que se tornou no primeiro país a reconhecer Portugal. O acordo foi firmado 1174 pelo casamento de Sancho, então príncipe herdeiro, com a infanta Dulce, irmã mais nova do rei Afonso II de Aragão.
No ano de 1178, D. Sancho faz uma importante expedição contra mouros, confrontando-os perto de Sevilha e do rio Guadalquivir, e ganha-lhes a batalha. Com essa ação, expulsa assim a possibilidade deles entrarem em território português.
Com a morte de Afonso Henriques em 1185, Sancho I torna-se no segundo rei de Portugal. Tendo sido coroado na Sé de Coimbra, manteve essa cidade como o centro do seu reino. D. Sancho deu por finda as guerras fronteiriças pela posse da Galiza e dedicou-se a guerrear os mouros localizados a Sul. Aproveitou a passagem pelo porto de Lisboa dos cruzados da terceira cruzada, na primavera de 1189, para conquistar Silves (Portugal), um importante centro administrativo e económico do Sul, com população estimada em 20.000 pessoas. Sancho ordenou a fortificação da cidade e construção do castelo que ainda hoje pode ser admirado. A posse de Silves foi efémera já que em 1190 Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur cercou a cidade de Silves (Portugal) com um exército e com outro atacou Torres Novas, que apenas conseguiu resistir durante dez dias, devido ao rei de Leão e Castela ameaçar de novo o Norte.

Maravedi (morabitino) em ouro com a efígie de Sancho I
Sancho I dedicou muito do seu esforço governativo à organização política, administrativa e económica do seu reino. Acumulou um tesouro real e incentivou a criação de indústrias, bem como a classe média de comerciantes e mercadores. Sancho I concedeu várias cartas de foral principalmente na Beira e em Trás-os-Montes: Gouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187), São Vicente da Beira (1195), Guarda (1199), etc, criando assim novas cidades, e povoando áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e Borgonha. O rei é também lembrado pelo seu gosto pelas artes e literatura, tendo deixado ele próprio vários volumes com poemas. Neste reinado sabe-se que alguns portugueses frequentaram universidades estrangeiras e que um grupo de juristas conhecia o Direito que se ministrava na escola de Bolonha. Em 1192 concedeu ao mosteiro de Santa Cruz 400 morabitinos para que se mantivessem em França os monges que lá quisessem estudar.
POESIA DE SANCHO I


Outorgou o seu primeiro testamento em 1188/89 no qual doou a sua esposa os rendimentos de Alenquer, terras do Vouga, Santa Maria da Feira e do Porto. Seu último testamento foi feito em Outubro de 1209 quase dois anos antes de sua morte. O seu túmulo encontra-se no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, ao lado do túmulo do pai



Títulos e estilos

  • 11 de Novembro de 1154 – 6 de Dezembro de 1185: O Infante Martinho de Portugal
  • 6 de Dezembro de 1185 – 26 de Março de 1211Sua Mercê, El-Rei de Portugal
O primeiro estilo oficial de D. Sancho I enquanto Rei de Portugal:
Pela Graça de Deus, Sancho I, Rei dos Portugueses
Com a Tomada de Silves, em 1189, a titulatura régia evolui para:
Pela Graça de Deus, Sancho I, Rei de Portugal, de Silves e do Algarve
Quando os Almóadas retomam Silves, em 1191, D. Sancho volta a usar o seu estilo oficial original.


Sancho I de Portugal – Wikipédia, a enciclopédia livre

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sancho_I_de_Portugal


Estúdio Raposa » D. Sancho I

https://www.estudioraposa.com/index.php/category/poetas/d-sancho-i

                                                                             COIMBRA, AGOSTO DE 2017
                                                                       Carminda Neves














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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Afonso I de Portugal

Primeiro rei de Portugal. 

3ª PARTE PORTUGAL INÍCIO


3Ficha genealógica:


D. Afonso Henriques, nasceu possivelmente em Coimbra, em 1109, e faleceu em Coimbra em 8 de dezembro de 1185. Casou em 1145/1146 com D. Mafalda, que nasceu em data incerta, e morreu em Coimbra a 4 de novembro de 1157, ficando sepultada no Convento de Santa Cruz; filha de Amadeu II, conde de Sabóia e Piemonte, e da condessa Mafalda de Albon. Tiveram os seguintes filhos:
1. D. Henrique, nasceu a 5 de março de 1147 e morreu jovem;
2. D. Sancho, que herdou a coroa;
3. D. João, nasceu e morreu em data incerta;
4. D. Urraca, nasceu em Coimbra, por volta de 1150, e casou com D. Fernando II, rei de Leão, por 1165; sendo repudiada em 1179; faleceu em ano incerto;
5. D. Mafalda, nasceu em Coimbra, em ano incerto; noiva do conde D. Raimundo de Berenguer, filho do conde de Barcelona, em 1160; faleceu pouco depois;
6. D. Teresa, nasceu em ano incerto; casou com Filipe de Alsácia, conde de Flandres, por volta de 1177; faleceu depois de 1211, em Furnes);
7. D. Sancha, nasceu e faleceu em data incerta.
O monarca teve os seguintes filhos bastardos:
8. D. Fernando Afonso, referido em documentos de 1166 a 1172;
9. D. Pedro Afonso (n. e f. em data incerta), por muitos considerado também irmão do monarca, pois tomou parte na conquista de Santarém e esteve em Claraval antes de 1153.
10. D. Afonso, nasceu em ano incerto; mestre da Ordem de S. João de Rodes, de 1203 a 1206; faleceu em 1 de março de 1207;
11. D. Urraca, que nasceu e faleceu em data incerta.

Filho do conde D. Henrique e da infanta D. Teresa. Terá nascido em Coimbra, ou mais provavelmente em Viseu em 5 de agosto de 1109, de acordo com a tese recente de Armando de Almeida Fernandes, e foi, possivelmente, criado em Guimarães onde viveu até 1128. 
Tomou, em 1120, uma posição política oposta à de D. Teresa (que apoiava o partido dos Travas), sob a direcção do arcebispo de Braga. Este forçado a emigrar leva consigo o infante que em 1122 se arma cavaleiro. Restabelecida a paz, voltam ao condado. Entretanto novos incidentes provocam a invasão do condado portucalense por D. Afonso VII, que, em 1127, cerca Guimarães onde se encontrava D. Afonso Henriques. Sendo-lhe prometida a lealdade deste, D. Afonso VII desiste de conquistar a cidade. Mas alguns meses depois, em 1128, as tropas de D. Teresa defrontam-se com as de D. Afonso Henriques tendo estas saído vitoriosas – o que consagrou a autoridade de D. Afonso Henriques no território portucalense, levando-o a assumir o governo do condado. 
D. AFONSOHENRIQUES E D. MAFALDA DE SABOIA
Consciente da importância das forças que ameaçavam o seu poder este concentrou os seus esforços em dois planos: Negociações junto da Santa Sé com um duplo objectivo: alcançar a plena autonomia da Igreja portuguesa e o reconhecimento do Reino. 
Os passos mais importantes foram os seguintes: 
- fundação do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, em 1131, directamente subordinada à cúria romana – fundação que propiciou a reunião das dioceses portuguesas à metrópole de Braga; 
declaração de vassalagem por parte de D. Afonso Henriques à Santa Sé em 1143 – em virtude de uma nova fase da sua política iniciada com o use do título de rei; 
obtenção da bula de 1179, na qual o papa Alexandre III designava pela primeira vez D. Afonso Henriques rei a ao qual dava o direito de conquistar terras aos Mouros sobre as quais outros príncipes cristãos não tivessem direitos anteriores;
- pacificação interna do reino e alargamento do território através de conquistas aos Mouros  o limite sul estabelecido para o condado portucalense  e assim Leiria em 1135, Santarém e Lisboa em 1147  quer mesmo para além deste, sempre que isso não viesse originar conflitos com o Imperador  e assim Almada e Palmela em 1147, Alcácer em 1160 e quase todo o Alentejo (que posteriormente foi de novo recuperado pelos Mouros).

Em 1139, depois de uma estrondosa vitória na batalha de Ourique contra um forte contingente mouro, D. Afonso Henriques autoproclamou-se rei de Portugal, com o apoio das suas tropas. Segundo a tradição, a independência foi confirmada mais tarde, nas míticas cortes de Lamego quando recebeu a coroa de Portugal do arcebispo de Braga se bem que estudos recentes questionem a reunião destas cortes. Em 1140 Afonso assina pela primeira vez "Ego Alfonsus portugalensium Rex"


FONTES:

www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/afonso1.html


Resultados da procura

Afonso I de Portugal – Wikipédia, a enciclopédia livre

https://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_I_de_Portuga

                                       

                                                  COIMBRA AGOSTO DE 2017
                                                         CARMINDA NEVES


segunda-feira, 31 de julho de 2017

Henrique de Borgonha, conde de Portucale

CONTINUA A DESENHAR-SE PORTUGAL

2ª POSTAGEM DA HISTÓRIA DE PORTUGAL

O primeiro Conde do Condado de Portucale, Henrique de Borgonha, é conhecido por ser o fundador da Monarquia Portuguesa por ser o pai do primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques.

Nasceu em Dijon, França em 1062 e morreu em Astorga em 1112.
De ascendência da família ducal de Borgonha, era filho de Henrique O Donzel e Beatriz ou Sibila de Barcelona.
Tinha dois irmãos duques, Odo I e Hugo I.
Estando no quarto lugar da linha de sucessão, Henrique de Borgonha decidiu alcançar a fortuna e os títulos através dos atos heróicos e sendo cruzado tomou partido na Guerra da Reconquista Cristã.
Imagem relacionada
HENRIQUE E D. TERESA
Nesse mesmo ano de 1096 o casal formado por D. Teresa e Henrique de Borgonha recebe com direitos de jure (para eles e para sua descendência) a designação de Condes do Condado de Portucale, Coimbra e Santarém, sendo este dependente do Reino de Leão e Castela e prestando vassalagem direita nesta corte.
Desta maneira ajudou ao Rei Afonso VI de Leão e Castela na conquista do Reino de Galiza, recebendo como prémio pelos serviços emprestados o casamento com a filha natural do Rei e de Ximena Nunes, D. Teresa de Leão, em 1093.
Nesse mesmo ano Henrique de Borgonha atravessa o rio Mondego e toma soberania em Santarém, Lisboa e Sintra, aumentando os domínios e territórios cristãos e do Rei Afonso VI.
Nos anos seguintes Henrique de Borgonha continuo participando nas cruzadas contra as invasões muçulmanas e expandindo os territórios do seu Condado.
Em 1095 já era senhor de Coimbra, o ano seguinte o foi de Braga.
Já em 1097 intitulava-se “comes portucalensis”, quer dizer que já começava a usar legalmente a herança das terras outorgadas pelo Rei. Enquanto o Rei D. Afonso VI esteve no poder e com vida, D. Henrique de Borgonha sempre demonstrou sua fidelidade e serviços. Deste modo, continuo defendendo o seu Rei nas batalhas contra os almorávidas em Malagón em 1100.
Continuando com suas funções de cavaleiro cruzado e vendo que na península a ocupação muçulmana estava sob controle, empreendeu novas expedições da Guerra Santa, desta vez na companhia de Geraldo de Braga com o objectivo de defender a Roma junto com o Papa.  O seus serviços para com a empresa cruzada o levariam até Oriente dentre os anos 1103 até 1105.
FONTE:

Henrique de Borgonha - Biografia de Henrique de Borgonha

www.historiadeportugal.info › Ilustres de Portuga

COIMBRA, JULHO DE 2017
CARMINDA NEVES



Raimundo de Borgonha

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HENRIQUE DE BORGONHA
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Raimundo de Borgonha






Assim se começa a desenhar Portugal

Iª POSTAGEM DA HISTÓRIA DE PORTUGAL 

Raimundo de Borgonha (Besançon1070 — Grajal de Campos24 de maio de 1107) foi o quarto filho de Guilherme I "o Grande"conde de Borgonha, e tinha como apanágio o pequeno condado de Amous.
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Visitou pela primeira vez a Península Ibérica, entre o ano de 1086 ou 1087, acompanhando o duque Odo  da Borgonha, e, pela segunda vez em 1090 para casar com Urraca de Leão e Castela, única filha legítima e herdeira de Afonso VI, imperador de Leão e Castela e Constança da Borgonha.

Vinha, desta feita, acompanhado por seu primo Henrique, Conde de Portugal, que recebeu como mulher a outra filha de Afonso VI de Leão e Castela, Teresa de Leão. Pelo seu casamento D. Raimundo recebeu em apanágio, como feudo, segundo as práticas peninsulares, o condado da Galiza, que se estendia para sul até ao Rio Minho. O Condado Portucalense (entre o Rio Minho e o Rio Douro) em Coimbra, foi atribuído como condado a D. Henrique, nascendo assim o condado Portucalense sob a égide da Casa de Borgonha (1096).
D.Henrique casou com D. Teresa filha ilegítima de Afonso VI

Resultados da procura

FONTE:

Raimundo de Borgonha – Wikipédia, a enciclopédia livre

https://pt.wikipedia.org/wiki/Raimundo_de_Borgonha

                                                   Coimbra, julho de 2017
                                                         Carminda Neves

domingo, 30 de julho de 2017

Dinis I de Portugal

D. DINIS REI DE PORTUGAL
Dinis I, apelidado de o "Rei Lavrador" e "Rei Poeta", foi o Rei de Portugal e Algarve de 1279 até sua morte. Era o filho mais velho do rei Afonso III e sua segunda esposa Beatriz de Castela. Wikipédia
Nascimento9 de outubro de 1261, Lisboa
Falecimento7 de janeiro de 1325, Santarém

Nasceu em Lisboa a 9 de outubro de 1261. Faleceu em Santarém a 7 de janeiro de 1325. Era filho do rei D Afonso III, e de sua segunda mulher, D. Beatriz, filha de D. Afonso X, de Castela. 
Nascera, sendo ainda viva a primeira mulher de seu pai, D. Matilde, condessa de Bolonha, de quem se divorciara. Este facto deu causa, depois da morte de D. Afonso III, a grandes discórdias entre D. Dinis e seu irmão D. Afonso, que, apesar de ser filho segundo, se julgava com direito ao trono, considerando D. Dinis como filho adulterino. O papa, porém, tendo absolvido o finado rei, ficara D. Dinis reconhecido e legitimado para todos os efeitos, como filho primogénito e herdeiro do trono. D. Dinis foi um dos monarcas portugueses mais instruídos. Seu pai esmerou-se em lhe dar uma educação superior, dando-lhe bons preceptores e abalizados mestres, como o padre francês Aimeric de Ebrard, seu educador científico, e o padre D. Domingos Jardo, que estudara em Paris, e foi bispo de Lisboa e capelão de Afonso III. Eram dois espíritos altamente esclarecidos, e que muito contribuíram para as reformas e melhoramentos que D. Dinis introduziu no reino, e para o amor que consagrou aos estudos literários. Teve como aios Nuno Martim de Chacim, e Lourenço Gonçalves Magro, descendente de Egas Monis, o célebre aio de D. Afonso Henriques. D. Dinis contava apenas seis anos de idade, quando foi como embaixador a Castela. No fim de longa pendência, ficara o Algarve pertencendo à Coroa portuguesa, tendo, porém, o encargo feudal de enviar a Castela em caso de guerra, cinquenta lanças como preito de vassalagem. D. Afonso III desejava ardentemente livrar o reino deste feudo, e ofereceu-se-lhe um belo ensejo na célebre cruzada que D. Afonso X pensou em mandar contra África. O rei de Portugal mostrou-se muito zeloso em lhe prestar auxílio, armou tropas, dando o comando nominal da expedição ao filho ainda criança. A cruzada não chegou a partir, porém D. Dinis foi enviado a Sevilha, onde residia o avô, que o recebeu com muita afabilidade, e em atenção à visita do neto dispensou Portugal para sempre do tributo das cinquenta lanças. D. Dinis foi o primeiro príncipe português que teve casa própria, que seu pai lhe deu, apenas chegou á puberdade. 

Falecendo D. Afonso III em 1279, subiu ao trono, tendo dezoito anos de idade. Se o espírito do jovem monarca não estivesse tão fortalecido pelo profundo estudo a que se entregara, e pela energia do seu caráter, teria decerto sucumbido às dissidências, e intrigas que logo se desenvolveram. Estava, porém, preparado para resistir à luta. A sua mãe, a rainha D. Beatriz que pretendia ter parte e influencia no governo do reino, falou-lhe em termos respeitosos mas enérgicos, fazendo-lhe sentir que só ele era o rei. A rainha julgou-se ofendida e retirou-se para Castela. D. Afonso, que se pôs em campo conspirando contra o irmão, disputando-lhe o trono, alegando os direitos conforme dissemos, obrigou-o a fugir também para Castela, logo que descobriu que se preparava para a revolta. Os prelados que tinham partido para Roma por conflitos com D. Afonso III intrigavam e procuravam levantar no reino a agitação religiosa, nesse tempo bem terrível. Sobre Portugal pesava então um interdito, o que naquela época era uma arma terrível. O povo, privado dos sacramentos e dos ofícios divinos, não podia consolar-se. A cúria romana para o fazer cessar, exigiu que D. Dinis respeitasse as imunidades do clero ainda as mais absurdas, e D. Dinis que lhe convinha a paz religiosa, discutiu quanto pôde as condições da concordata, que finalmente concluiu com o papa Nicolau IV em 1289. Na concordata prometia muito, mas não cumpriu nada. Os prelados quiseram revoltar-se de novo, mas encontraram mão firme a doma-los. Contudo, D. Dinis era essencialmente justo. Se, pondo em vigor as leis da desamortização ou não amortização, que os seus antecessores tinham promulgado e que ficaram sendo letra morta, obrigou o clero a não conglobar na sua propriedade a maior parte das terras do país, por outro lado protegia a Igreja contra os vexames e as exigências injustificáveis da nobreza. Com essa foi D. Dinis também enérgico, e pode dizer-se que lançou o cimento do poder real, firmando-se no povo que protegia contra as violências e avidez da fidalguia. 

Ocupou-se com o maior desvelo da instrução pública, em que até ali ninguém pensara, e fundou cm Lisboa a universidade, no ano de 1290 (V. Coimbra, Universidade de), que em 1307 transferiu para Coimbra. O mosteiro de Odivelas também foi obra deste monarca, e ali ficou sepultado em túmulo, colocado numa das capelas, que é urna das preciosidades que existem no convento (V. Odivelas). Instituiu em 1299 no palácio da Alcáçova, no castelo de S. Jorge de Lisboa, a capella real dedicada a S. Tomé, com capelões e músicos para serviço do coro (V. Capela Real). Fez muitas doações a todas as ordens militares de Portugal, e a muitas das igrejas catedrais, a particulares e conventos. Dizem que D. Dinis dispensou grossas quantias com a sua jornada a Castela, e antes dela, nas guerras civis, que o rei D. Fernando IV, casado com sua filha D. Constança, teve no seu reinado, a quem deu um milhão de cruzados, que naquele tempo era uma soma considerável. Na guerra que o referido monarca sustentou contra Granada, o auxiliou com setecentos cavalos, À ordem de D. Martim Gil de Sousa, seu Alferes-mor, e com dezassete mil marcos de prata. Conservava sempre nas costas do Algarve um bom número de galés, para impedir os assaltos dos mouros, que então eram frequentes. Todas estas despesas extraordinárias não causaram o menor vexame aos povos. Tal era a abundância que se notava no reino, e tanta a riqueza que lhe tributavam as minas e as areias. Das do rio Tejo se coibia naqueles tempos grande quantidade de ouro, do qual mandou D. Dinis lavrar uma coroa e cetro de grande valor.

Cancioneiro, que encerra as suas poesias, ó o primeiro monumento da nossa literatura. Há uma edição publicada em Paris, em 1847, na casa de J. P. Aillaud, com o seguinte título: Cancioneiro d'El-rei D. Dinis, pela primeira vez impresso sobre o manuscrito da Vaticana, com algumas notas ilustrativas, e uma prefação literária, pelo dr. Caetano Lopes de Moura. No Dictionnaire historico artistique du Portugal, do conde Raczynski, a pág. 66, lê-se o seguinte: "O arquivo da Torre do Tombo possui dois selos do rei D. Dinis. Um encontra-se preso a um contrato de troca de bens com o mosteiro de S. João de Tarouca (Casa da Coroa, gaveta 14, maço 1); o outro, as cartas de doação em favor do infante D. Afonso (Casa da Coroa, gaveta 14, maço 3)." Raczynski fala também em diferentes moedas cunhadas no tempo de D. Dinis, como a dobra cruzada, o forte, o meio forte, e a libra em prata. Faz notar, principalmente, uma que diz ser do tamanho aproximado de uma moeda de um franco, que tem no anverso as quinas e a legenda: Dionisi, regis Portugaliae et Algarbi; no reverso, a cruz e a legenda: Adjutorium nostrum in nomine Domini qui.fecit celum et terram.

FONTE:

D. Dinis I, rei de Portugal - Portugal, Dicionário Histórico

www.arqnet.pt/dicionario/dinis1.html

                                                           Coimbra,julho de 2017
                                                                       Carminda Neves



quarta-feira, 26 de julho de 2017

Passos, o Coelho, prometeu ou previu a chegada do Diabo

Todos pensámos que se referia a uma nova crise financeira, um resgate, um aumento do desemprego, uma queda do PIB. Mas, nada disso, o Diabo veio através de uma caixa de fósforos. Talvez, por isso, admito que o incêndio de Predógão Grande surgiu a pedido de um mandatário do Diabo (Passos, o Coelho) para incendiar a Pátria de todos os portugueses que ele julgava ser só dele e que lha roubaram na Assembleia da República.
Nunca o clima esteve tão bom para o diabo aparecer com as vestes do inferno dos pecadores, o fogo, e o pecador para o Coelho é, naturalmente, António Costa que se atreveu a governar e a iniciar um processo de recuperação da economia nacional e dos rendimentos dos portugueses.
A Joana Marques Vidal agarrou-se logo a esse diabo e fez aquilo que nunca tinha feito, nem com os mortos da legionela, colocou-o em segredo de justiça e alimenta assim a polémica nefasta para quem não tem culpa nenhuma.
Sim, desde que eu era criança, há muitas décadas atrás, vi pessoalmente fogos e um até junto a uma casa de campo/praia da família.
A Joana com o seu “segredo de justiça” permite que os pasquins digam que morreu muita gente mais, como se o número divulgado não fosse já se si dramático. Um só morto seria demais quanto mais os sessenta e tal.
Cristas quer mais mortos, revelando ser mulher de nenhuma cabeça. Joana Marques Vidal fecha-se em copas e não deixa divulgar os nomes dos mortos como se as vítimas que todos lamentamos tivessem alguma culpa no cartório.
Mesmo que, por acaso, um incendiário tivesse sido apanhado pelas chamas que ateou não vale a pena não divulgar o seu nome porque os procuradores da Joana e a PJ provavelmente nunca chegarão a saber quem foi.
Claro que a ministra mostra-se pouco enérgica perante a Joana Marques Vidal.
O combate aos incêndios é tarefa do Governo e o pagamento de indemnizações que passa pela identificação dos pobres falecidos, tal como o apoio psicológico aos familiares.
Nada disso é da conta da Joana, mas sim da Constança Urbano de Sousa. Não acredito que haja algo que permita à Joana Marques Vidal intrometer-se de tal maneira naquilo que é o trabalho de gestão do Governo.
Compete à Joana encontrar quem acendeu aquilo, mas é óbvio que os mortos não devem ter sido. Ela sabe que só pode ter sido gente da oposição e, por isso, mantém um segredo de justiça que não tem explicação.
De resto, Joana é a pior magistrada de sempre que a democracia teve, não só no sentido do direito como também no caráter da pessoa. Pior que ela, talvez o pai que condenava gente com as falsas provas apresentadas pela pide.
https://estatuadesal.com/2017/07/26/passos-o-coelho-prometeu-ou-previu-a-chegada-do-diabo-para-abater-o-governo-atual/
coimbra, julho de 2017
carminda neves