A oeste da região da Suméria, floresciam
tribos nómadas de povos de língua semítica. Entre estes povos e os sumérios
processou-se, durante vários séculos, a eterna luta de fronteira, o eterno
intercâmbio de comércio e de guerra. Mas, por fim, surge entre os semitas um
grande chefe, Sargão (2750 a .
c.), que os une, e não só submete os Sumérios, mas estende o seu império para
alem do Golfo Pérsico, a leste, e até ao Mediterrâneo, a oeste. Chamavam Acádios ao seu próprio povo, e o império
foi designado como império sumério acádio. Prolongou-se por mais de dois
séculos.
Desde Sargão I até aos séculos IV E III a.
C., durante um período superior a dois mil anos, os povos semitas mantiveram a
hegemonia em todo o próximo oriente. Mas, embora os semitas conquistassem e
dessem governantes reis ás cidades sumérias, foi a civilização suméria que
prevaleceu sobre a cultura mais simples dos semitas. Os conquistadores
aprenderam a escrita suméria (a escrita «cuneiforme») e a língua suméria; nunca
tiveram escrita própria. A língua suméria foi para esses bárbaros a língua do
saber e do poder, do mesmo modo que o latim se conservou, para os bárbaros de
idade media na Europa, a língua do saber e do poder. O saber sumério possuía,
com efeito imensa vitalidade. Era uma cultura de dezenas de séculos. Através de
uma longa serie de conquistas e de transformações, que então começaram no vale
dos dois rios, (Tigre e Eufrates) esse saber sobreviveu, vigoroso e fecundo.
Fonte: H.G.WELLS
Historia Universal 1º volume
Dezembro de 2012
Carminda Neves
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