segunda-feira, 22 de julho de 2013

OS ASSÍRIOS E O SEU IMPÉRIO


No Tigre superior, acima das terras argilosas, numa região com pedra em abundancia apropriada para construções, haviam-se estabelecido os Assírios. Antes que os sumérios fossem submetidos pelos Semitas, já estes Assírios, povos semitas, haviam fundado uma civilização e construído, cidades, entre as quais sobressaiam Nínive e Assur. Aliaram-se ao Egito contra a Babilónia e foram recompensados pelo Egito. Desenvolveram em alto grau a arte militar, tornaram-se poderosos incursionistas e cobradores de tributos; e, por fim, adotando o cavalo e o carro de guerra, conquistaram a Babilónia, sob o comando do rei Tiglate PeliserI. (cerca de 1100 a.C.).

Durante quatro séculos, a expansão da Assíria em direção ao Egito foi obstada por outro grupo de povos, os Aramaicos, estabelecidos ao sul. A principal cidade dos Aramaicos era Damasco, e os seus descendentes são os Sírios de hoje. (Devemos notar que não há qualquer ligação entre as palavras assírio e sírio. A semelhança é puramente acidental). Contra estes Sírios investiram os reis assírios, lutando por expansão e poder na direção do sudoeste.

Em 745 a. C., Apareceu um novo Tiglate Peliser, Tiglate Peliser III, a quem a Bíblia faz referência (II Reis, XV, 29 e XVI, 7 e segs.)

 
Foi este rei que ordenou a deportação dos Israelitas, (as «dez tribos perdidas» cujo destino final tem dado trabalho a muitos estudiosos). Tiglate Peliser III, além disto, conquistou e reinou sobre a Babilónia, fundando, deste modo, o que os historiadores conhecem como o Segundo Império Assírio. O seu filho, Xalmaneser IV (II Reis, XVII, 3, na Bíblia), morreu durante o cerco da Samaria e foi sucedido por um usurpador, que, sem dúvida para lisonjear as suscetibilidades da Babilónia, tomou o antigo nome sumério-acádio, de Sargão – Sargão II. Parece que foi ele quem, pela primeira vez, armou as forças assírias com armas de ferro. Foi provavelmente Sargão II quem, de facto, levou a efeito a deportação das dez tribos que Tiglate Peliser III havia ordenado.
GUERREIRO ASSIRIO
BAIXO RELEVO DO PALÁCIO DE SARGÃO II





Essas transferências de população tornaram-se um dos aspetos característicos dos métodos políticos do Novo Império Assírio. Nações inteiras, que se mostravam de difícil submissão nas suas próprias terras, foram levadas em massa para regiões estranhas, onde a única esperança de sobrevivência estaria em obedecerem ao poder absoluto dos opressores.

Senaqueribe, filho de Sargão, levou as hostes assírias até às fronteiras do Egito. Aí o exército de Senaqueribe foi destruído pela peste, fatalidade referida na Bíblia, no segundo livro dos Reis, capítulo décimo nono:

«E naquela noite, o anjo do Senhor veio e feriu, no seu campo dos Assírios, cento e oitenta e cinco mil soldados: quando se levantaram, cedo pela manhã, e olharam, todos aqueles soldados eram corpos mortos. E foi assim que Senaqueribe partiu, regressando para Nínive», onde ficou… para ser assassinado mais tarde pelos seus filhos.

O neto de Senaqueribe, Assurbanipal (chamado pelos Gregos Sardanapalo)foi mais bem sucedido e, por algum tempo, conquistou e ocupou o Baixo Egito. 
FONTE:HITÓRIA UNIVERSAL; H.G. WELLS
JULHO DE 2013
CARMINDA NEVES 

 

 

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