segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

DITOS, DITADOS E PROVERBIOS PORTUGUESES

  Provérbios, Ditos e Ditados portugueses, que só de uma assentada me vieram à memória. Tenho pena de o meu Pai já não existir para me fazer recordar mais. Obrigada, meu Pai, por ter existido, e ser tão brincalhão. Ainda, alguns deles foram-me contados por D. Graça Palla
Dar sem olhar a quem
Cão que ladra não more
Quem nasce torto tarde ou nunca se endireita
meu pai quando cumpria o serviço militar
Lua nona trovejada trinta dias é molhada

Geada na lama chuva na cama
Em abril águas mil
Josezinho viu um ninho, e quedou-se a meditar. Foi-se ao ninho Josezinho, tratou logo de o levar. Josezinho! Que, esse ninho, é um berço de embalar
Guarda o que não presta, terás o que te é preciso
Mentiroso, mente uma vez mente sempre, nem que fale verdade, todos lhe dizem que mente
Filho és pai serás, conforme fizeres, assim acharás
 Burro velho, vale mais matá-lo, do que ensiná-lo
As chocalheiras da rua fizeram um baixo assinado, uma diz, outra confirma, Deus me livre de tal gado
Quem é inteligente, não se envaideça de o ser, porque se o é, é-o sem querer
À meia-noite se levanta o francês, não sabe das horas, não sabe do mês, tem esporas e não é cavaleiro. Tem serra e não é carpinteiro
Lá em cima está o tiroliro liro, lá em baixo está o tiroliro ló, sentaram-se os dois à esquina a tocar a concertina a dançar o solidó
Corpo doente dura para sempre
A barriga não tem fiador
Da discussão nasce a luz
Carminda neves e D. Graça Palla
A culpa morreu solteira
Velhos são os trapos

A galinha da vizinha é sempre melhor que a minha
A noite é boa conselheira
Deus dá nozes a quem não tem dentes
A ocasião faz o ladrão
Laranja, de manhã é ouro, à tarde é prata, à noite mata 
A necessidade aguça o engenho
Dai a César o que é de César, a Deus o que é de Deus
A ociosidade é a mãe de todos os vícios
 Razão e verdade fogem quando ouvem disputas
Hora a hora Deus melhora
A preguiça morreu à borda da água com a sede
 Vaidade, é o espelho dos tolos

Oh senhora, tu não vás, à meia-noite à cozinha, está o abano repimpado  a namorar a vassourinha – querida vassoura quando serás minha – sou sempre tua, estou sempre na cozinha
- Varre querida vassourinha
- Abana, abano, não sejas maçador
O casamento e a mortalha no Céu se talham
Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura
Quando, mija um português, mijam logo dois ou três
MÃOS D. Graça e Carminda
Amigos, amigos, negócios à parte
Vozes de burro, não chegam ao Céu
Amor com amor se paga
De noite todos os gatos são pardos
Quando um burro zurra, os outros baixam as orelhas
Antes quero Asno que me leve, que Cavalo que me derrube
Ao menino e ao borracho põe Deus a mão por baixo
Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
As moscas apanham-se com mel, não com vinagre
 Cadelas apressadas parem os filhos cegos
Roma e Pavia não se fizeram num dia
Ri melhor, o que ri por último

Margarida, a tua vida, não a contes a ninguém, uma amiga tem amigas, outra, amiga, amigas tem.
Quando a esmola é muita, o santo desconfia
cores de Coimbra
Atrás de mim virá quem bom me fará
Vaso ruim não quebra
O que é barato sai caro
Até ao lavar dos cestos é vindima
Zangam-se as comadres, sabem-se as verdades
O hábito não faz o monge
Velho casado com nova, filhos até à cova
Não te importes da raça, nem da cor da pele. Ama a todos, como irmãos e faz o bem.
Na melhor toalha cai a nódoa
Há males que vêm por bem

Viver não custa, custa é saber viver
             
                 FONTE: Armando das Neves
                                D.Graça Palla
                                 Carminda Neves

COIMBRA, DEZEMBRO DE 2015
  CARMINDA NEVES            

            

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