terça-feira, 22 de dezembro de 2015

BACALHAU À GOMES DE SÁ A MODA DA MINHA AVÓ

O bacalhau faz parte da gastronomia portuguesa pelo menos desde o século XIV,
Se no início de sua descoberta o bacalhau vinha de dificultosas pescas na Terra Nova, hoje em Portugal grande parte do que é consumido é importado da Noruega, salgado e seco, ou mesmo fresco, salgado e curado pelas indústrias portuguesas.

Durante o reinado de D. João III, sua pesca era bastante explorada e a frota de navios pesqueiros chegou a beirar os 150. Saíam em Maio e regressavam em Outubro aproveitando o período de desova do Peixe em águas menos profundas.
ESTA RECEITA FOI ADAPTADA PELE MINHA AVÓ PATERNA
RECEITA PARA QUATRO PESSOAS
 4 - BATATAS
 4– CEBOLAS
 1– PIMENTO VERDE
ENDEREÇO DA FOTOGRAFIA EM FONTE
  1 - PIMENTO VERMELHO

        

 4– POSTAS DE BACALHAU
 2ou 4 - OVOS
AZEITE, SAL, AZEITONAS – Q.B.
1 - PITADA DE GENGIBRE EM PÓ
1 -TABULEIRO DE IR AO FORNO
1- FRIGIDEIRA
Cozer o bacalhau – guardar
Cozer os ovos - guardar
Cortar as batatas e cebolas, às rodelas. Os pimentos cortados em tiras, fritar tudo junto em azeite, não muito para não ficar enjoativo, (não deixar fritar demasiado)
Fritar o bacalhau no azeite onde fritou: batatas, cebolas, pimentos
MINHA AVÓ PATERNA
Colocar no tabuleiro alternando: batatas, cebolas, pimentos, Com o bacalhau desfeado em lascas Grandinhas.
Levar ao forno bem quente durante 30 minutos
Retirar, enfeitar com os ovos cortados às rodelas, azeitonas e sirva. É de comer e chorar por mais
BOM APETITE
FONTE: minha avó: Nazareth da Conceição Simões Neves
Endereço da fotografia


 Coimbra, Dezembro de 2015  
Carminda Neves
             

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO - PADROEIRA DE PORTUGAL


Deve-se ao rei D. João IV o facto de Nossa Senhora da Conceição ter sido proclamada Padroeira de Portugal, por proposta sua, durante as Cortes reunidas em Lisboa desde 28 de Dezembro de 1645 até 16 de Março de 1646, afirmando o soberano «que a Virgem Maria foi concebida sem pecado original» e comprometendo-se a doar em seu nome, em nome de seu filho e dos seus sucessores à Santa Casa da Conceição, em Vila Viçosa, «cinquenta cruzados de oiro em cada ano», como sinal de tributo e vassalagem, a dar continuidade à devoção de D. Afonso Henriques, que tomara a Senhora por advogada pessoal e de seus sucessores.
O acto da proclamação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal, efectuado com a maior solenidade pelo monarca a 25 de Março desse ano (1646), alargou-se a todo o País, com o povo, à noite, a entoar cânticos de júbilo pelas ruas, para celebrar a Conceição imaculada da Virgem, ou, mais precisamente, a Maternidade Divina de Maria. Assim se tornou Nossa Senhora a verdadeira Soberana de Portugal, não voltando por isso, desde aí, nenhum dos nossos reis a ostentar a coroa, direito que passou a pertencer apenas à Excelsa Rainha, Mãe de Deus.
Associação Autarcas Monárquicos
Em 1648 D. João IV manda cunhar moedas de ouro e de prata, tendo numa das faces a imagem da Imaculada Conceição com a legenda Tutelaris Regni – Padroeira do Reino. Em 1654 ordena que sejam postas em todas as portas e entradas das cidades, vilas e lugares do reino pedras lavradas com uma inscrição alusiva à Imaculada Conceição (lápides essas ainda hoje existentes em certos locais).
Outros reis seus sucessores continuaram a tradição deste culto de homenagem a Nossa Senhora, caso de D. João V, em 1717, que recomenda a todas as igrejas a celebração anual com pompa e solenidade da Festa da Imaculada Conceição, enquanto D. João VI emite um decreto criando a Ordem Militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e a Cabeça da Ordem (lugar principal) na Sua Real Capela.
 Associação dos Autarcas Monárquicos.

Coimbra, Dezembro de 2015
Carminda neves

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

S. MARTINHO DO BISPO - COIMBRA -Quotidiano, Educação, Civismo


S. Martinho. Do Bispo e Ribeira de Frades conjunto de freguesias que. pertence ao concelho de Coimbra.
S. Martinho do bispo, propriamente, parece o despojo de todo o cocozinho de cão pertencente ao concelho de Coimbra. É encantador a falta de civismo e conceito de higiene que existe nesta populacão a dois paços da cidade do conhecento. Terra da qual reza a lenda, foi habitat de Camões. Querida de D. Pedro I, sim! aquele de D. Inês... Foi o seu fundador! Se cá viesse ficava pasmado, tanto o lixo que se encontra en todos os cantos. Os habitantes maltratam o primeiro que lhe aparace pela frente, com um cão pela trela, sem perguntar se esse 1o apanha ou não a M* do seu canino. Eu para entrar em casa tenho de fazer malabarismos, não vá por a pata num presente canino ou felino.
Todos os Sábados há um mercadinho de produtos agricolas, num local que, durante toda a semana foi retrete de caninos. Mas fica tudo em família. Os vendedores e compradores são os que por lá passearam os seus animais de estimação, que por sinal são as grandes vítimas desta grande confusão.
Será que esta Autarquia não tem um Autarca com cabeça, tronco e membros???
Porque não é aplicada a coima, que por lei está estipulada, para quem não apanha os dejetos dos seus amiguinhos??? Porque há habitantes que correm à pedrada bichinhos abandonados, famintos: de fome, frio, sede e sobretudo carinho??? Abandonados por individuos que são autenticos esgotos. A comida entra-lhe pela boca e sai pelo ânus, é o único sistema que têm na sua constituição.
Também há coisas belas em S. Martinho por ex: flores...
Noutras ocasiões darei mais noticias.
Por agora vejam as fotografias.      COIMBRA,2015  -   Carminda Neves








LOUSÃ: A VILA E A SERRA - SUGESTÕES DE FIM DE SEMANA

Lousã: vila no centro de Portugal, a 30 Kms da cidade de Coimbra.

É uma planície no sopé de serra da Lousã, é uma vila simples, não muito antiga, embora tenha tradições Romanas e mouriscas. O seu monumento mais antigo é o castelo de Arouce situado a meio da serra, num local muito aprazível, junto da ribeira do mesmo nome, a população da Lousã chama-lhe ribeira de S. João. O castelo foi mandado construir pelo rei Arunce, Senhor de Conimbriga, Penela, Lousã e outros territórios em redor. Foi nele que se refugiou com sua filha princesa Peralta quando foi vítima de uma invasão Árabe. Junto desse castelo encontra-se o monumento dedicado a Nossa Senhora de Piedade, cuja comemoração se faz anualmente precisamente no mês de Maio.
SERRA  DA LOUSÃ

O segundo monumento mais antigo é a capela da Santa Casa da Misericórdia que data da 1500. Tem foral concedido por D. Afonso Henriques. Sua mãe D. Teresa costumava passar férias no castelo de Arouce

Em pleno cume da serra da Lousã existem três antigos poços de neve. Que forneciam o gelo para a corte em Lisboa

 PLACA INDICATIVA DA FÁBRICA DE PAPEL DO PRADO
É uma vila verdejante, a serra do mesmo nome é maravilhosa com seu parque natural povoado por várias espécies animais ex.: veados, javalis águias. Visite a Lousã tem ar puro e vale a pena ver. Tem alojamentos de requinte, ex.: o palácio da Viscondessa do Espinhal foi transformado num confortável hotel.

Na Lousã há a mais antiga fábrica de papel. A 2 de Junho de 1772, por alvará do Marquês de Pombal, no reinado de D. José I, deu-se início à fabricação de papel: Prado Cartolinas da Lousã   


A HUMILHAÇÃO DA LOUSÃ: PLACAS DE CIMENTO POR ONDE PASSAVA O COMBOIO
transporte absolutamente necessário às gentes da vila.

Seu padroeiro é S. Silvestre, a sua Igreja é bela de construção relativamente recente


Por volta de 1910 a vila da Lousã foi agraciada por uma via-férrea que lhe foi retirada cerca 2012, 
atirando assim a linda vila para o isolamento.

FONTE: Texto: Carminda Neves                                              
Fotografias: Carminda Neves

Dezembro, de 2015
Carminda Neves

DITOS, DITADOS E PROVERBIOS PORTUGUESES

  Provérbios, Ditos e Ditados portugueses, que só de uma assentada me vieram à memória. Tenho pena de o meu Pai já não existir para me fazer recordar mais. Obrigada, meu Pai, por ter existido, e ser tão brincalhão. Ainda, alguns deles foram-me contados por D. Graça Palla
Dar sem olhar a quem
Cão que ladra não more
Quem nasce torto tarde ou nunca se endireita
meu pai quando cumpria o serviço militar
Lua nona trovejada trinta dias é molhada

Geada na lama chuva na cama
Em abril águas mil
Josezinho viu um ninho, e quedou-se a meditar. Foi-se ao ninho Josezinho, tratou logo de o levar. Josezinho! Que, esse ninho, é um berço de embalar
Guarda o que não presta, terás o que te é preciso
Mentiroso, mente uma vez mente sempre, nem que fale verdade, todos lhe dizem que mente
Filho és pai serás, conforme fizeres, assim acharás
 Burro velho, vale mais matá-lo, do que ensiná-lo
As chocalheiras da rua fizeram um baixo assinado, uma diz, outra confirma, Deus me livre de tal gado
Quem é inteligente, não se envaideça de o ser, porque se o é, é-o sem querer
À meia-noite se levanta o francês, não sabe das horas, não sabe do mês, tem esporas e não é cavaleiro. Tem serra e não é carpinteiro
Lá em cima está o tiroliro liro, lá em baixo está o tiroliro ló, sentaram-se os dois à esquina a tocar a concertina a dançar o solidó
Corpo doente dura para sempre
A barriga não tem fiador
Da discussão nasce a luz
Carminda neves e D. Graça Palla
A culpa morreu solteira
Velhos são os trapos

A galinha da vizinha é sempre melhor que a minha
A noite é boa conselheira
Deus dá nozes a quem não tem dentes
A ocasião faz o ladrão
Laranja, de manhã é ouro, à tarde é prata, à noite mata 
A necessidade aguça o engenho
Dai a César o que é de César, a Deus o que é de Deus
A ociosidade é a mãe de todos os vícios
 Razão e verdade fogem quando ouvem disputas
Hora a hora Deus melhora
A preguiça morreu à borda da água com a sede
 Vaidade, é o espelho dos tolos

Oh senhora, tu não vás, à meia-noite à cozinha, está o abano repimpado  a namorar a vassourinha – querida vassoura quando serás minha – sou sempre tua, estou sempre na cozinha
- Varre querida vassourinha
- Abana, abano, não sejas maçador
O casamento e a mortalha no Céu se talham
Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura
Quando, mija um português, mijam logo dois ou três
MÃOS D. Graça e Carminda
Amigos, amigos, negócios à parte
Vozes de burro, não chegam ao Céu
Amor com amor se paga
De noite todos os gatos são pardos
Quando um burro zurra, os outros baixam as orelhas
Antes quero Asno que me leve, que Cavalo que me derrube
Ao menino e ao borracho põe Deus a mão por baixo
Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
As moscas apanham-se com mel, não com vinagre
 Cadelas apressadas parem os filhos cegos
Roma e Pavia não se fizeram num dia
Ri melhor, o que ri por último

Margarida, a tua vida, não a contes a ninguém, uma amiga tem amigas, outra, amiga, amigas tem.
Quando a esmola é muita, o santo desconfia
cores de Coimbra
Atrás de mim virá quem bom me fará
Vaso ruim não quebra
O que é barato sai caro
Até ao lavar dos cestos é vindima
Zangam-se as comadres, sabem-se as verdades
O hábito não faz o monge
Velho casado com nova, filhos até à cova
Não te importes da raça, nem da cor da pele. Ama a todos, como irmãos e faz o bem.
Na melhor toalha cai a nódoa
Há males que vêm por bem

Viver não custa, custa é saber viver
             
                 FONTE: Armando das Neves
                                D.Graça Palla
                                 Carminda Neves

COIMBRA, DEZEMBRO DE 2015
  CARMINDA NEVES