terça-feira, 31 de março de 2015

LENDA DOS TRIPEIROS



    Naquele dia de mil quatrocentos e quinze, o sol nascia sobre o rio Douro com uma estranha luminosidade. E nas margens do rio tudo se transformara num arsenal. Arsenal gigante, onde se construíam naus e barcos para uma grande aventura marítima. Aventura rodeada de mistério…

    Por isso mesmo, por nada se saber ao certo, os boatos multiplicavam-se, chocavam entre si, tomando por vezes foros de revelações sensacionais. E assim, nessa manhã bonita e estranha, Mestre Vaz e um dos seus ajudantes, o moço Simão, trocavam ideias e palpites, perante a atenção curiosa dos que os rodeavam.
       Pois é como lhes digo, rapazes! Estou certo que tudo isto é para levar a Senhora Infanta Dona Isabel até Inglaterra, onde vai casar…
   E Mestre Vaz olhava os circunstantes num olhar de desafio, como se ninguém pudesse pôr em dúvida a sua afirmação. Mas enganou-se. Simão, o jovem Simão não concordava.
      Ora, Mestre Vaz, não diga semelhante coisa… Cá por mim, já sei: esta armada que estamos a preparar servirá para levar el-rei, o Senhor D. João I, a Jerusalém, a fim de cumprir a promessa de visitar o Santo Sepulcro.
  Mestre Vaz sorriu. Sorriso alegre, mas irónico.
      A quem o dizes!... Eras tu garoto ainda… ou nem sequer tinhas nascido… quando o nosso rei fez essa promessa, se vencesse Castela…
   E enchendo o peito de ar, e olhando profundamente para todos, Mestre Vaz concluiu, alteando a voz:
    E o nosso rei venceu! Vencemos… porque eu também estive lá!
    O quê? Mestre Vaz também foi nessa armada?
     Sim jovem Simão… Aqui onde me vês, tenho lutado muito por esse mundo de Cristo…
E rindo-se disse:
     Todos têm ainda de aprender muito comigo…
Fez-se silêncio.
Simão cortou-o.
    Ora, desta vez não vamos para a guerra.
Mestre Vaz olhou-o demoradamente. Intencionalmente e disse:
  Sabe-se lá Simão sabe-se lá… olhou o sol, deu um grito de alarme:
   Eh rapazes. Vamos ao trabalho.
E todos se atiraram à sua faina na ansia de não perder o tempo…
Mestre Vaz e Simão só voltaram a encontrar-se à hora do almoço.
   Olha, aí vem a tua mãe Simão.
    Já a tinha visto, Mestre Vaz… obrigado. E vem com cara de quem traz novidades.
O outro riu-se.
     Até parece que nem conheces a tua mãe… Nunca se viu a Senhora Joana sem novidades para contar…
    Como? Que dizeis vós? Então não sabeis ainda o que se conta por aí?
     Ora minha mãe… são rumores com certeza… esta gente só sabe espalhar rumores.
A Senhora Joana revoltou-se.
     Não são rumores, não senhor…
E aproximou-se, com ar de segredo.
Ficai sabendo que esta armada é para ir a Nápoles com os Senhores Infantes D. Pedra e D. Henrique, que ali vão casar… (um dos muitos boatos que surgiram na época)
     E ficou à espera da reação de pasmo dos dois homens. Mas, em vez de pasmo, surgiu a risota.
   O quê, Senhora Joana, logo os dois ao mesmo tempo?
    Pois claro! O Senhor D. Pedro vai casar com a rainha viúva da Cecília. E o Senhor D. Henrique…
   O quê, minha mãe? Então pensa que o Senhor D. Henrique vai casar? ... Oh, mãe, não diga tal coisa!...
  Acabou por ser a mulher a mostrar-se surpreendida.
    E… que tem isso de especial?
Mestre Vaz adiantou-se.
  Oiça, Senhora Joana… Já que quer saber a verdade, não é nada do que pensa. Eu já disse ao seu filho…
    Mas ela não o deixou terminar. Embalada por uma onda de brio ferido, volveu-lhe, irada:
    E o Mestre Vaz tem a mania que sabe tudo, não é verdade? …
Olhe que também se pode enganar…
     O outro abanou a cabeça toda branca.
    Com a idade que tenho, Senhora Joana não é fácil a gente enganar-se…
    Ora se vamos falar de idades, estamos bem servidos, Mestre Vaz!
O jovem Simão viu-se obrigado a intervir.
   Bem, bem… Não se zanguem… Quando se encontram, ficam sempre a caturrar… Vamos ao almoço, que são horas.
   A mulher calou-se e começou a dispor as coisas para o almoço. Por seu turno Mestre Vaz resmungou:
  E é aproveitar, porque temos de comer depressa… isto ainda vai muito atrasado… e dizem que o Senhor Infante D. Henrique vem cá no domingo…

E, de facto, dessa vez não foi boato…
 O Infante D. Henrique apareceu inesperadamente no Porto, para ver o andamento dos trabalhos… (Dá-se como certo. Historicamente, o Infante D. Henrique esteve no Porto todo o mês de janeiro de 1415 para vigiar pessoalmente a construção da frota mandada construir segundo os seus planos)
  Segundo a lenda o Infante D. Henrique entendeu que esforço dos trabalhadores para construir a frota não era suficiente, tinha de ser maior. Mandou chamar Mestre Vaz, que se apresentou sem demora.
    Aqui estou, Senhor Infante… Recebi o vosso recado e vim sem imediatamente.
    Muito me satisfazeis com o vosso zelo, Mestre Vaz. Aproximai-vos.
    Senhor, é assim tão importante o que tendes para me dizer?
Mais do que podereis julgar.
E baixando a voz, o Infante disse:
     O que tenho para vos dizer… é segredo!
     Oh, Senhor Infante… Eu não mereço…
Um breve sorriso desenhou-se no rosto duro de D. Henrique.
    Não tenhais receio escolhi-vos porque sei que sois leal e fiel.
E segregando disse todos esses rumores que por aí correm sobre o destino da armada andam longe da verdade!
   Mestre Vaz abriu a boca para falar, mas calou-se. O Infante fez-lhe sinal para que falasse. E ele confessou:
   Eu tenho calculado isso mesmo, meu Senhor… pareciam-me boatos só para desviar a atenção.
   Tal e qual, velho Mestre, tal e qual!... Mas vós ides saber a verdade.
Só vós, compreendeis bem?... É necessário que não saia desta sala uma única palavra do que vos vou dizer… Em contrapartida, preciso absolutamente que me ajudeis depois com toda a vossa experiência.
   «Como se fizesse um juramento solene, o velho marinheiro garantiu com voz firme e resoluta.
  Contai inteiramente comigo, Senhor Infante!
  Obrigado!
E medindo as palavras o Infante revelou:
Esta armada que estamos a construir destina-se à conquista de Ceuta (foi essa empresa arriscada e meritória que o infante D. Henrique escolheu para se armado cavaleiro, juntamente com seus irmãos D. Duarte e D. Pedro.)
  O meu grande sonho vai finalmente concretizar-se, Metre Vaz… Nós conquistaremos Ceuta. El-rei meu pai consente que partamos!
   O velho marinheiro persignou-se.
      Que Deus vos oiça, Senhor Infante D. Henrique.
  Houve uma nova pausa entre os dois…
O Infante olhou bem de frente o velho marinheiro de cabelos brancos.
    Agora, mais do que nunca, preciso de vós e de todos os homens experientes e dedicados, como vós, Mestre Vaz! É necessário fazer sacrifícios ainda maiores… Percebeis o que quero dizer?
  Percebo, sim, Senhor Infante! Quereis que trabalhemos noite e dia, sem cessar… para a frota estar pronta a partir de uma certa data…
  Isso mesmo Mestre Vaz!... Eu desejo que a armada esteja pronta a partir dos primeiros dias de Julho. Para isso será necessário um esforço quase sobre-humano (o desejo do Infante realizou-se a armada entrou no tejo na manhã do dia 10 de julho)
    Pois faremos esse esforço, Senhor!... Pelo reino, por el-rei e por vós…
    E também pela cidade do Porto… Eu vos juro que faremos esse esforço!  
    Como sabe bem ouvir essas palavras Mestre Vaz!
    Digo-vos mais, Senhor Infante, se mo permitis… Faremos agora o que fizemos há precisamente 30 anos, quando daqui abalou a frota comandada por D. Rui Pereira, para ir auxiliar el-rei, vosso pai e nosso Senhor, contra os inimigos vindos de Castela… (batalha de Aljubarrota?) Então, nós, Senhor Infante, decidimos dar toda a carne para mantimentos e comermos apenas as tripas que iam ficando… Por isso mesmo, até passaram a chamar-nos «tripeiros».
     Somos «tripeiros», sim, e com muita honra!
    Oque me contais Mestre Vaz é na verdade extraordinário, Mestre Vaz! Tendes razão… Esse nome de tripeiros, por sacrifício tão nobre e tão alto, é sem dúvida uma verdadeira honra para os homens do Porto. Bem vos podeis orgulhar de serdes tripeiros!
    Pois, Senhor Infante, agora o será de novo, para que toda a carne que pudermos arranjar siga também na armada, a caminho da grande vitória de Ceuta.
   Dizeis bem, Mestre Vaz!... A caminho da grande vitória de Ceuta!

Daí em diante, segundo nos conta a velhíssima lenda, Mestre Vaz, sem revelar, nunca, o segredo que lhe foi confiado, não se cansou de apregoar a mesma ideia, a todas as gentes da cidade do Porto.
  É o que vos digo, companheiros! Temos de nos sacrificar de novo para honra do nosso reino e para a honra da nossa cidade do Porto! Tal como nos chamaram tripeiros há 30 anos, poderão agora chamar-nos tripeiros para sempre. Nós guardaremos esse título com altivez!
    As suas palavras foram escutadas e repetidas. Transformaram-se num lema. Numa bandeira de compreensão. Acorreram adesões de todos os lados.
   Seja qual for o nosso destino, se o Senhor Infante precisa de nós, nós estaremos com ele!
   Mestre Vaz gritava agradecendo a todos que acorriam ao seu chamado:
    Viva a gente do Porto! Viva o Povo Tripeiro!

E tal com a nossa História narra, mercê do invulgar sacrifício dos heroicos Tripeiros, de facto, no dia 10 de julho de 1415, fundeava em Lisboa a grande frota do Infante D. Henrique, com as suas sete galés e as suas vinte naus, a caminho da conquista de Ceuta…

 FONTE: LENDAS DE PORTUGAL VOLUME 2; Gentil Marques: Circulo e Leitores,

Coimbra, Março de 2015
Carminda Neves








sexta-feira, 27 de março de 2015

DÉBIL MENTAL

ESTA LETRA DEVIA TER SIDO CANTADA A HITLER (E A MUITOS NA ERA ACTUAL) QUANDO ELE CLASSIFICOU AS PESSOAS PORTADORAS DE DOENÇA PSICOLÓGICA DE "DÉBEIS MENTAIS" E OS MANDOU PARA OS FORNOS CREMATÓRIOS PARA SEREM EXTERMINADOS, JUNTO COM PESSOAS DE INTELIGÊNCIA SUPERIOR EX: JUDEUS, CIGANOS DEFICIENTES FÍSICOS ETC ETC. DIGO COMO O POEMA: "HOMEM DE AFECTAÇÃO BEIJA-ME O CU!.

Débil Mental

É que eu não sou um débil mental, 
Eu posso estar errado ou ter agido mal, 
Mas pago o preço que eu tiver de pagar, 
Se for pra tal eu sofro só. 
Se não te agrada a forma de eu falar, 
Acorda e vê que eu cago pró teu não gostar. 
Se as minhas calças, 
Parecem de um pijama, 
Da próxima vez eu saio como entrei na cama. 
Só me agrada ser quem quero, 
Longe de uma falsa situação. 
Masturbação, 
Não fica só pela palma da mão. 
E é tão mau, 
Se a dita v.i.p. fala caro e faz pensar que eu sou vulgar. 
Eu sou, 
Só não aguento, 
É que ela diga tanta prosa e seja só ar, 
E nem o ar é puro! 
Hipocrisia é mal que eu não suporto, 
Pior até que o não pensar. 
Mas a verdade é que eu não sofro pelo mal, 
Mas pelo meu bem. 
Diz meu mal ou leva-me à razão. 
Quero andar por fora do que eu sou, 
Deixar o tempo ver, 
Do que é capaz. 
Sobre o que gira à volta já falei, 
Contudo há certas coisas em que eu não pensei, 
Se o meu destino é negro ou claro, 
Quem vai dizer nada muda em nada tudo o que eu pensei fazer. 
O mundo não é nada, 
Nada à minha beira, 
se tudo o que acredito já está preso à cadeira. 
E tudo o que eu faço é pensado em mim, 
No fundo eu sei que toda a gente acaba sendo assim. 
Diz meu mal ou leva-me à razão. 
Quero andar por fora do que eu sou, 
Deixar o tempo ver, 
Do que é capaz. 
Não vejo nada contra o infalível, 
Fala bem fala a minha língua, 
Que eu não sou tu, 
Homem de afetação, 
Beija-me o cú, 
Livra livra já não posso mais ouvir! 
É tanta coisa fora do normal, 
Procuras água no deserto. 
Quem sabe até nos faz bem. 
Eu sou mais eu sem nimguém. 
A minha vida não tem nexo, 
Dar-lhe um rumo é dar-lhe um fim. 
Meu bem dói ou não, 
Não eras tu contra a traição, 
Quem evitou, 
Por fim o mal, 
Não foi a pura mas o bébil mental! 
Só me agrada ser quem quero, 
Longe de uma falsa situação. 
Só me agrada ser quem quero, 
Longe de uma falsa situação. 
(São) quem são e em nada são iguais, 
Quem é mais? 
Há que eu saiba um ponto igual em nós: 
Sermos tão desiguais! 

Enviado por: Mafalda Mota

Link: http://www.vagalume.com.br/ornatos-violeta/debil-mental.html#ixzz3VbzazcUx

COIMBRA, MARÇO DE 2015
CARMINDA NEVES

segunda-feira, 16 de março de 2015

JESUS HISTÓRICO


Públio (CaioCornélio Tácito (em latim Publius (Gaius) Cornelius Tacitus) ou simplesmente Tácito, (55 — 120) foi um historiador,orador e político romano. Ocupou os cargos de questorpretor , cônsul  e procônsul da Ásia (aproximadamente 110-113).
É considerado um dos maiores historiadores da Antiguidade. Escreveu por volta do ano 102 um Diálogo dos oradores e depois,Sobre a vida e o caráter de Júlio Agrícola, um elogio ao seu sogro, que havia sido um eminente homem público durante o reinado de Domiciano e que havia completado, como general, a conquista da Britânia, além de ter feito uma expedição à Escócia. Suas obras principais foram os Annales ("Anais") e as Historiae ("Histórias"), que tinham por tema, respectivamente, a história do Império Romano no primeiro século, desde a morte de Augusto e a chegada ao poder do imperador Tibério até à morte de Nero (Annales), e da morte de Nero à de Domiciano (Historiae).
Devido ao declínio do interesse romano pela historiografia tradicional, com uma crescente preferência pelas biografias e sátiras, e durante o século III, Tácito parece ter sido negligenciado como autor. A História Augusta cita que o imperador Tácito, que governou entre 275 e 276 d. C., ordenou que fossem feitas cópias das obras do historiador, o que indica que elas já deveriam estar fora de circulação. O modelo de escrita da história de Tácito foi retomado apenas na Antiguidade Tardia, quando o grego Amiano Marcelino, pode ter se inspirado nele para escrever uma história, em latim, da sua própria época. No entanto, no começo da Idade Média Ocidental, sua obra voltou a cair no esquecimento, para só readquirir notoriedade durante a Renascença. Em consequência destas oscilações na sua fortuna crítica, seus textos maiores chegaram até nós muito mutilados, de forma tal que os Anais, tais como podemos lê-los hoje, contêm apenas a descrição de parte do principado de Tibério - a descrição do período de Calígula foi totalmente perdida - o final do governo de Cláudio, e a maior parte do de Nero - estando também perdida a conclusão da obra. Quanto às Histórias, seu texto preservado contém basicamente a narrativa da guerra civil do ano 69, que levou à ascensão de Vespasiano ao trono imperial.
No livro XV dos Anais, Tácito descreve a perseguição que Nero empreende, culpando os cristãos pelo incêndio de Roma, onde 15% da cidade foi parcialmente destruída. Segundo Tácito, havia suspeitas de que o próprio Nero teria causado o incêndio. A passagem sobre os cristãos é considerada por muitos autores a primeira referência pagã à existência histórica de Jesus Cristo.
Outra obra importante de Tácito foi o ensaio etnográfico Germania, uma descrição detalhada da Germânia e seus povos, contra os quais a Roma da época (de Trajano) estava em guerra.
Tácito tem as características usuais do historiador antigo: o gosto pela moralização - ele é um severo juiz de caráter -, pelo retrato dos grandes homens, o mais absoluto desinteresse pelo povo comum e o amor à retórica dos grandes discursos. De acordo com os padrões atuais, esses discursos da historiografia antiga podem parecer inventados ou remanejados; basta comparar a versão taciteana do discurso de Cláudio propondo a entrada de nobres gauleses no Senado com a cópia do discurso original, que uma descoberta arqueológica em Lyon, França, nos disponibilizou. Porém, a adaptação do original com a manutenção do mesmo argumento, polindo a retórica para se conformar ao estilo do autor, também é característico da historiografia antiga.
Não se pode dizer que Tácito tenha idealizado sem restrições a época anterior da República Romana, pois ele reconhece que o governo imperial trouxe a estabilidade política necessária para referenciar o território do Império Romano. Como o estilo do texto de Tácito é muito complexo - é considerado um dos autores latinos mais sofisticados -, fica por vezes difícil entender o verdadeiro ponto de vista do autor sobre a realidade política do principado. Por isso, é a ele que devemos grande parte da nossa ideia pré-concebida da decadência moral de Roma.
O governo da Jordânia tenta repatriar livros feitos de chumbo que, segundo suspeitas de especialistas, parecem ser os mais antigos da história cristã, tendo sobrevivido a quase 2.000 anos em uma caverna do país do Oriente Médio.
As relíquias, que estão atualmente em Israel, poderiam trazer à luz novos dados para nosso entendimento sobre o nascimento do cristianismo e sobre a crucificação e a ressurreição de Jesus Cristo.
O conjunto de cerca de 70 livros –cada um com entre 5 e 15 “folhas” de chumbo presas por aros de chumbo– foi aparentemente descoberto em um vale remoto e árido no norte da Jordânia, entre 2005 e 2007.
Uma enchente expôs dois nichos dentro da caverna, um deles marcado com um menorá, candelabro que é símbolo do judaísmo.
Um beduíno jordaniano abriu os nichos e o que encontrou ali dentro parece ser uma extremamente rara relíquia dos primórdios do cristianismo.
Essa é a visão do governo da Jordânia, que alega que os livros foram contrabandeados para Israel por outro beduíno.
O beduíno israelita que atualmente guarda os livros nega tê-los contrabandeado e alega que as antiguidades são peças que sua família possui há cem anos.
O governo jordano disse que fará “todos os esforços, em todos os níveis” para repatriar as relíquias.

sábado, 14 de março de 2015

DIA NACIONAL DOS DIREITOS DOS ANIMAIS

Cursos de lei animal estão agora inclusos em 69 das 180 escolas de direito dos Estados Unidos, a ideia da extensão da qualidade de pessoas (ou sujeito de direito) é defendida por vários professores como Alan Dershowitz e Laurence Tribe da Harvard Law School.7 Este tem sido visto por um crescente número de advogados em prol dos direitos animais, como um primeiro passo para a garantia de direitos para outros animais. Steven Wise, professor de direito na Harvard Law School, tem demonstrado sua aproximação com a causa, citando Robert Samuelson: "O progresso ocorre funeral por funeral."
A Declaração Universal dos Direitos Animais foi proclamada em assembleia, pela UNESCO, em Bruxelas, no dia 27 de Janeiro de 1978. Entretanto, tal declaração contém características condenadas pelos defensores de direitos animais. Em particular, o artigo 7º, cuja redação afirma que "animais destinados ao abate devem sê-lo sem sofrer ansiedade nem dor", ratifica a possibilidade de violação de um direito básico (o direito à integridade física) para fins humana

quinta-feira, 5 de março de 2015

LENDA DE D. INÊS

UM POUCO DE HISTÓRIA
Em 24 de agosto teve lugar, na Sé de Lisboa, o casamento do Infante Pedro I de Portugal, herdeiro do trono português, com D. Constança Manuel, filha de D. João Manuel de Castela, príncipe de Vilhena e Escalona. D. Constança era uma mulher bonita e frágil, de quem teria sido fácil D. Pedro gostar e amar. Mas na sua comitiva vinha outra mulher que além de muito bela, tinha uma forte personalidade, e foi por esta, aia de D. Constança, D. Inês de Castro, que D. Pedro viria a apaixonar-se. Este romance começou a ser comentado e mal aceito, tanto pela corte como pelo povo.
D. Pedro e D. Inês tentaram disfarçar o amor que, sentiam um pelo outro, mas tornaram-se amantes ainda em vida de D. Constança, assim, em 1344, o rei mandou exilar D. Inês no castelo de Albuquerque, na fronteira castelhana, onde tinha sido criada por sua tia.
Em outubro do ano seguinte D. Constança morreu ao dar à luz o futuro rei, D. Fernando I de Portugal. Viúvo, D. Pedro, contra a vontade do pai, mandou D. Inês regressar do exílio e os dois passaram a viver juntos, o que provocou grande escândalo na corte, para enorme desgosto de El-Rei seu pai. Começou então uma desavença entre o Rei e o Infante.
O rei D. Afonso IV decidiu que a melhor solução seria matar a dama galega. A 7 de janeiro de 1355, o rei cedeu às pressões dos seus conselheiros e aproveitando a ausência de D. Pedro, numa excursão de caça, foi com Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves, Diogo Lopes Pacheco e outros para executarem Inês de Castro em Santa Clara, conforme fora decidido em conselho. Segundo a lenda, as lágrimas derramadas no rio Mondego pela morte de Inês teriam criado a Fonte das Lágrimas da Quinta das Lágrimas, e algumas algas avermelhadas que ali crescem seriam o seu sangue derramado.
LENDA
Balada para Dona Inês
Por: José Cid
Chegou das terras de Espanha
Nobre dama de Castela
Na corte de Portugal
Diziam ser a mais bela
Seu nome ficou na história
Como símbolo de amor
Não mais tiveram perdão
Aqueles que a mataram
Dona Inês
Seus longos cabelos de ouro
Os olhos azuis mas morta
Sentada em trono real
Todos lhe beijam a mão
Seu nome ficou então
Como símbolo do amor
E um poeta trovador
A sua morte cantou

 FONTE: José Cid
             http://letras.mus.br/

Coimbra, Março 2015

Carminda Neves

terça-feira, 3 de março de 2015

TERRA DO LEITE E DO MEL


Quando o povo judeu cumprir todas as mitsvot da Torá, D’us concederá Sua generosa bênção para Sua terra. Nossos sábios nos contam várias histórias sobre este tema.
Um sábio, Rami ben Yechezkel certa vez visitou Bnei Brak. Estava andando por um campo, perto da cidade, quando notou três figueiras repletas de frutos doces e maduros. Estes caíram na terra, e estavam tão doces que o mel fluía deles. Neste exato momento, algumas cabras, que pastavam por perto vieram correndo, e comeram os figos que estavam no chão. Os úberes das cabras estavam tão cheios que o leite gotejou na terra, exatamente em cima do mel dos figos.
Rami ben Yechezkel ficou emocionado. "Veja" - gritou - "isto é exatamente o que Hashem nos prometeu - uma terra com abundância de leite e mel!"
Canaã é a antiga denominação da região correspondente à área do atual Estado de Israel (inclusive as Colinas de Golã), daFaixa de Gaza, da Cisjordânia, de parte da Jordânia (uma faixa na margem oriental do Rio Jordão), do Líbano e de parte daSíria (uma faixa junto ao Mar Mediterrâneo, na parte sul do litoral da Síria) (Números 34:1-15 e Deuteronômio 3:8).
A cidade canaanita de Ugarit foi redescoberta em 1928 e muito do conhecimento moderno sobre os cananeus advém das escavações arqueológicas naquela área. Ugarit era uma cidade-estado, anteriormente vista como uma cidade fenícia pelos historiadores. Esta certeza já não existe.1 A partir da descoberta naquelas ruínas do primeiro alfabeto que se tem notícia e da vasta literatura de Ugarit, descobriu-se que esta era de origem cananéia e foi vassala do Egito durante longo período, apesar de ter tido influência de vários povos, principalmente mesopotâmicos. Um de seus deuses foi Baal, muito citado na Bíblia.
Comparada aos desertos circundantes, a terra de Canaã era uma terra de fartura, onde havia uvas e outras frutas, azeitonas e mel, daí ter sido vista por Abraão - originário da região do actual Iraque - como a "terra prometida", "onde corre leite e mel".
Segundo a Bíblia, Canaã era a terra prometida por Deus ao seu povo, desde o chamado de Abrão (ou Abraão), que habitava a cidade caldéia de Ur, no sul da Mesopotâmia. De acordo com a tradição, Deus chamou Abrão e lhe ordenou que fosse para a terra chamada Canaã, o que teria motivado o longo êxodo dos hebreus, que teria durado muitas décadas, até que os descendentes de Abraão a alcançaram. Canaã passou então a ser por eles denominada terra de Israel.
 “terra que mana leite e mel” tem a ver com o leite que vinha das numerosas cabras que viviam na região desértica e se alimentam dos tufos de gramíneas que crescem entre e sobre os morros. O mel vem dos frutos: tâmara e figos, não têm a textura do mel, mas têm o gosto parecido com o mel de abelhas – ela experimentou. As tamareiras vegetam as regiões férteis. Nunca tinha ouvido esta explicação, mas foi a guia israelense quem a deu.
Fontes:
Talmud Bavli, Ketuvot 111b;

Talmud Yerushalmi, Pe‘a 7:3; Sifri, Parashat Haazinu.

Terra do Leite e do Mel - Tu Bishvat


Coimbra, março de2015
Carminda neves


domingo, 1 de março de 2015

SENIORES TAMBÉM SÃO PROMOTORES DE TURISMO

Quase todas as Universidades Seniores organizam viagens para fora e dentro do país, várias vezes por ano. Se tivermos em conta que só a Rutis (Rede de Universidades da terceira Idade) representa 240 universidades Seniores, para 36 mil alunos e cinco mil professores. É fácil perceber o peso que estas instituições têm para o turismo.
«Estamos a falar de um movimento muito interessante e que está a ser cada vez mais valorizado» isto foi dito por Luís Jacob, presidente da RUTIS, no dia 25 de Fevereiro em Coimbra onde se organizou o III Congresso das Universidades Seniores, precisamente dedicado ao turismo sénior e suas potencialidades.
CONGRESSO  RUTIS
A escolha de Coimbra para a realização deste congresso das referidas Universidades não por acaso, segundo, mais uma vez, Luís Jacob.
«A Aposénior (parceira na organização do congresso) é uma das Universidades mais ativas» sendo também um exemplo de como se pode ser promotor de turismo da sua própria região Ex: projeto dos Roteiros Monásticos, lançado este ano e que tem trazido a Coimbra alunos de outras Universidades Seniores do país.
     Estiveram presentes 120 pessoas de 34 diferentes Universidades. Foi apresentado o projeto dos Roteiros Monásticos, da Aposénior, pelo seu coordenador, também foi apresentado o projeto da Universidade Sénior de Mafra, cuja fotografia foi escolhida como a foto da semana, que leva o teatro ao convento do mesmo nome, o projeto dos Roteiros Industriais da Universidade Sénior de Oliveira do bairro
 O congresso encerrou com a atuação do Coro Misto da Aposénior
                                                                   FONTE: www.diariocoimbra.pt
Tirado do artigo de: Ana Margalho

Aposénior Universidade Sénior de Coimbra, fevereiro de 2015
Ler mais: http://www.aposenior.pt/           
Aluna: Carminda Neves