segunda-feira, 3 de maio de 2010

Arganil

O concelho de Arganil, subordinado ao distrito de Coimbra e enquadrado na Beira Litoral, compõe-se actualmente, das freguesias de Anseriz, Arganil, Barril de Alva, Benfeita, Celavisa, Cepos, Cerdeira, Coja, Folques, Piódão, Pomares, Pombeiro da Beira, S. Martinho da Cortiça, Sarzedo, Secarias, Teixeira e Vila Cova do Alva. O verdadeiro foral de Arganil, datado de 1175, seja outorgado por D. Pedro Ubertiz, nos últimos anos de reinado de D. Afonso Henriques, falecido em 1185. Dizemos «verdadeiro foral de Arganil» visto ser este que D. Dinis confirma e serve de norma a D. Manuel I, quando o «Venturoso», em 1514, dá novo foral a Arganil, encabeçado por estas palavras: - «Foral da vila de Arganil, do bispado de Coimbra, dado por Pero Ubertiz, confirmado por El-Rei D. Dinis per as rendas de Arganil. Olhando para o mapa das campanhas viriatinas, elaborado pelo prof. Schulten, (vidé Adolfo Schulten - Viriato, trad. de Alfredo de Ataíde, Porto, 1940, fim), que dedicou toda a vida de sábio investigador e arqueólogo a este trabalho ardoroso, fácil é verificar que, através das serranias da nossa região, deviam ter soado muitas vezes os ecos da buzina de Viriato, chamando os seus homens à peleja contra os Romanos invasores. E, se compararmos as qualidades que lhes atribui Estrabão com as que ainda hoje distinguem os nossos conterrâneos - a sobriedade, a persistência, a fragilidade, a resistência física e moral, a força de vontade, o amor entranhado pela terra - não resta dúvida de que nos há-de parecer ver ressuscitados os velhos partidários da independência lusitana na alma e no corpo dos vizinhos das nossas aldeias.
Aos ataques dos Romanos souberam eles opor resistência tão forte e prolongada que, só após dezenas e dezenas de anos de lutas sangrentas, conseguiram dominá-los. Apesar das baixas sofridas, não podemos, porém, acreditar que raça tão vigorosa desaparecesse para sempre. Embora inclementes, os Romanos não queriam o seu extermínio, nem dispunham de colonizadores que pudessem substituí-los. Interessava-lhes a submissão, não a ruína. E a política que vieram a adoptar, mostra isto perfeitamente, visto se saber que, em lugar de os votar ao abandono, uma vez subjugados, tentaram, pelo contrário, comunicar-lhes os seus costumes, dar-lhes a sus civilização, trazê-los ao seu convívio pacífico graças à fundação de cidades, à construção de monumentos, à abertura de estradas, à adopção de instituições administrativas, militares, judiciárias e educativas, destinadas a apagar a lembrança da sua rebeldia orgulhosa


viasromanas.planetaclix.pt/vrinfo.html

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