sábado, 29 de maio de 2010

ANIMAIS MALTRATADOS -PEDIDO P. C. LOUSÃ


”Todas as coisas da criação são filhos do Pai e irmãos do homem... Deus quer que ajudemos aos animais, se necessitam de ajuda. Toda criatura em desgraça tem o mesmo direito a ser protegida." – são Francisco de Assis

"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados" - Mahatma Gandhi

Porque me parece que as Nações Ocidentais, maltratam os seus animais muito mais que as Nações Orientais? (de Religião Muçulmana ou Budista).
Portugal quando vais despertar para esse terrível problema
com que te debates?!... Portugal é um País maioritariamente Católico, mas, continua a colocar os seus animais em edifícios que podem ser considerados autênticos campos de extermínio. Aí eles são condenados à morte sem dó nem piedade.
No entanto cantam em todas as missas "Não te importes da Raça, ou da cor da pele ama todos como irmãos e faz o bem”.
Não ligam ao sentido das palavras.

Porque o poder local não faz como em tantos Países? Os Animais abandonados são identificados com coleiras dos respectivos municípios, alimentados por voluntários, ou pelo próprio município, em locais pré-escolhidos para esse fim. A Coleira da respectiva Câmara vai certamente protege-los contra: violência, ódio, humilhação, ofensa , horror, dos quais são vítimas inocentes. Incapazes de se defender do seu principal predador, que é sem dúvida, o humano. Esquecendo ele próprio que também é animal. Sem mais nem menos. ANIMAL..
Para que essa protecção fosse respeitada, teria de haver: ensino à população, se esse ensino não fosse absorvido, porque não umas coimas para a ajuda dos cuidados necessários aos animais maltratados.
Sou natural do concelho da Lousã, mais propriamente da Freguesia de Serpins. Faço aqui um pedido ao SR. Presidente deste Município. (LOUSÃ) FERNANDO DOS SANTOS CARVALHO. Sr. Presidente seja diferente. Crie protecção para os Animais abandonados, conceda-lhes a vida, não permita o seu extermínio, tal como os animais que povoam a serra da Lousã, estes também necessitam protecção e toda ela mais, cuidadosamente, vigiada.
Coimbra, 29 de Maio de 2010
Maria Carminda Antunes Neves

sábado, 22 de maio de 2010

TOURADAS: PURA CRUELDADE


"A tauromaquia é uma actividade de culto do sangue e da violência sobre os animais Só os motivos económicos ganham na luta de ódio que o Homem tem a cobardia de exercer sobre os animais. - Em toda a História da Humanidade sempre existiram tradições, cultos e crenças cruéis. Não devemos persistir no erro da manutenção de tradições retrógradas e sangrentas".
MATP - MOVIMENTO ANTI-TOURADAS DE PORTUGAL


Estou solidária 100% com o MATP. As touradas não têm razão de existir. deve-se ter coragem de acabar com tradições cruéis, muitas vezes repletas de ódio, descarregado sobre animais indefesos. Uma diversão que herdamos da época romana? Em que o imperador se divertia ao ver matar os "seus" gladiadores?

"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados." (Mahatma Gandhi)

"Não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais nas suas faculdades mentais...os animais, como os homens, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento." (Charles Darwin)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

EXPERIENCIA DE MAIO


Na aula de informática, fizemos revisão ao programa picasa 3, mais concretamente"como criar colagem".

Para encontrar fotos originais acedemos aos, albuns web picasa. é de salientar que ao fazer login com o nosso email e pasword, temos acesso a várias aplicações da conta Google(bloger).

caro (a) leitor(a), apresento-lhe o produto final que criei nesta aula

quarta-feira, 19 de maio de 2010

quinta-feira, 6 de maio de 2010

RESUMO DE ALGUMA PESQUISA ACERCA DE MIM

Nasci em Serpins concelho da Lousã, filha, neta, bisneta, trineta de Lavradores e comerciantes, quero dizer toda a minha ascendência, até onde já fiz a minha pesquisa, pertence aos dois ramos sociais. Tenho orgulho das minhas raízes. o meu nome é: Maria Carminda Antunes Neves.
Não descobri até agora qualquer sinal de desonestidade em meus antepassados o que me enche realmente de vaidade. Meu Bisavô, de seu nome José Simões, Avô de meu Pai daria a roupa que trazia vestida se encontrasse uma pessoa com frio. Costumava sair à noitinha embrulhado no seu capote, onde levava escondidas as dádivas para oferecer aos menos afortunados do que ele. Não devo esquecer aqui que meu Bisavô se deslocava sempre montado no seu Burro, nem que fosse só para andar 100 metros não esquecia o seu amigo! Daí chamarem-lhe carinhosamente, ao avistarem-no ao longe,”LÁ VEM O T`ZÉ DO BURRU”do latim “BURRU”= a inteligente, bom, forte, educador.
Foi de seu Avô que meu Pai,Armando das Neves, herdou a sua bondade e também o seu génio explosivo, do qual no fim da explosão mal algum restava (eram os seus desabafos).
Meu Pai foi educado por seus Avós e sua Mãe, minha Avó de nome, Nazareth da Conceição Simões, pois, esta divorciou-se de meu Avô,João Augusto das Neves, quando seus três filhos eram ainda muito pequeninos. Suponho que o amou toda a vida e ele a ela, mas, não se entendiam, meu Avô era um namoradeiro, não podia ver um rabo de saia que corria atrás. Desgostosa minha avó retornou á casa paterna com seus três filhos, duas meninas e um menino”meu Pai”. Aqui tendes a MUDERNIDADE e BONDADE de meus Bisavós, não era comum receber de volta a sua casa uma filha divorciada.
Desconfio que tenho ascendentes Judeus pelo facto de o apelido de meu Trisavô, António Nunes, Avô de minha Avó Paterna ser Nunes. Lá chegarei na minha pesquisa.
Minha Bisavó, Angélica maria da Conceição Nunes Simões, Avó de meu Pai, Lavradora e Matriarca da Família não dispensava passar 15 dias de férias no verão na praia da Figueira da Foz, acompanhada de seus filhos, (8) suponho que por questões de saúde. Meu bisavô a trasportava a Coimbra, no carro puxado pelo amigo de todos os passeios, o seu burro, e voltava para casa, não queria praia. Minha Bisavó aí apanhava um barco, que a levava eté à praia da Figueira da Foz, via Rio Mondego
De minha Mãe, os meus Ascendentes são também Lavradores, aqui não encontro comerciantes, minha Bisavó, Ana da Conceição Filipe, Avó materna de minha Mãe era tecedeira do linho que a própria casa cultivava, pois era assim naqueles tempos.
Meu Avô materno, de seu nome, Joaquim Antunes Leal, fugiu à regra durante a Juventude, já casado e com três filhos, foi para Lisboa onde permaneceu até início da idade adulta e onde exerceu a profissão de canalizador e controlador da iluminação da cidade, que ainda era a gás. A companhia de gás de Lisboa, que lhe tinha dado trabalho, não demorou a escolhe-lo como empregado de confiança, que se deslocava ao Palácio Real quando era necessário fazer reparações. Travou com o Rei D. Carlos e este por ele uma amizade profunda. Após as reparações era certo e sabido que o Rei o convidava para longas conversas, onde queria saber acerca de Portugal, dos Portugueses, e de suas necessidades. Estas conversas não livraram o Rei de ser assassinado em 1908, pois não chegaram para o fazer compreender que o País tinha fome, andava roto e descalço, não tinha estradas, casas, isto é; nada tinha. O Rei necessitava de um Primeiro-ministro à altura das necessidades e não de trabalhador conversador. Convém aqui dizer. (
segundo minha Mãe, tudo isto me foi contado por minha Mãe) O rei apesar de conversar, e muito, com um trabalhador nunca dispensou o protocolo. Meu Avô tinha de beijar a mão de sua "magestade" e não lhe podia virar as costas, só fora do aposento real meu Avô caminharia de frente
Após o assassinato do Rei D. Carlos meu Avô, com tal desgosto, pois era um Monárquico até à medula, voltou à terra natal e seguiu a tradição da família fez-se lavrador. Teve mais duas filhas que eram as meninas dos seus olhos, pois eram muito mais novas, que seus irmãos principalmente minha Mãe de seu nome Júlia da Conceição Antunes

AMAR


"Amar!Eu quero amar, amar perdidamente!Amar só por amar: Aqui...além...Mais Este e Aquele, o Outro e toda a genteAmar!Amar!E não amar ninguém!Recordar?Esquecer?Indiferente!...Prender ou desprender?É mal?É bem?Quem disser que se pode amar alguémDurante a vida inteira é porque mente!Há uma Primavera em cada vida:É preciso cantá-la assim florida,Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!E se um dia hei-de ser pó,cinza e nadaQue seja a minha noite uma alvorada,Que me saiba perder... pra me encontrar..."


FLORBELA ESPANCA

segunda-feira, 3 de maio de 2010

VIAS ROMANAS EM PORTUGAL

INTRODUÇÃO



Sei que pela minha aldeia existem vestígios de vias romanas. Recordo-me de algumas que por lá observava na minha infância, claro que nessa altura não sabia a sua origem, pareciam-me apenas estradas diferentes por terem muitas “pedras”algumas dispersas e muito grandes. Hoje procurando através da História sei que há um troço que ligava Conímbriga a Góis, onde os Romanos faziam exploração de ouro e da qual necessitavam para o transporte desse mesmo ouro, para dita vila de Conímbriga, de onde era enviado para Roma. Esse troço segundo parece vinha da dita vila passava pelo Concelho da Lousã, Serpins, “propriamente aldeia do Pereiro que é a aldeia onde eu nasci”, Portela de Albergaria, Ponte do Sótão, “que já pertence ao Concelho de Góis” Portela de Góis, Góis, rumo ao local onde se situavam as minas de ouro. Era perto da aldeia de ponte do Sótão que os vestígios eram mais evidentes. Na sua entrada Sudoeste quando se vai de Serpins, ou em todo o troço da estrada desde a Portela de Albergaria até á Ponte do Sótão. Não sei se esses vestígios ainda hoje existem. Se existem, deveriam ser preservados. Na minha pesquisa não encontrei esta via Romana. Encontrei outra que passa igualmente por Serpins atravessando o rio Ceira, onde ainda existem vestígios de uma ponte Romana, rumo a Arganil. Servia também para o transporte do ouro explorado em Lousã, Góis e Arganil. O troço desta via encontrei na Net em:
viasromanas.planetaclix.pt/vrinfo.html
Obrigada a quem fez a pesquisa, pois é graças a si que a público no meu Blogue
Carminda Neves

TROÇOS DISPERSOS - CENTRO

Alvares, Gois (Minas Romanas da Escádia Grande em Roda Cimeira e de Covas dos Ladrões no Alto das Cabeçadas)Minas de Gois, Lousã e ArganilCadafaz, Gois (troço de calçada na Estrada do Pepio e do Sal e na Estrada das Malhadas, ambas nas cumeadas da Serra de Entre-Capelos e Serra das Malhadas)Serpins, Lousã (vestígios dos pilares da antiga Ponte Medieval sobre o rio Ceira junto ao Cabeço da Igreja)Várzea Grande, Vila Nova do Ceira (calçada de acesso às minas de ouro da região)S. Miguel da CortiçaSecarias, Arganil (acampamento romano na

ESTRADA DO PIPO

Estrada do Pipo

CNS:
15603
Tipo:
Via
Distrito/Concelho/Freguesia:
Coimbra/Góis/Álvares
Período:
Romano (?) e Idade Média (?)
Descrição:
O sítio arqueológico encontra-se ao longo da cumeada, nas da Serra de Entre-Capelos, existindo os trilhos rasgados na rocha, ao longo de uma extensão considerável de terreno. Detectaram-se três troços distintos de via, que deverão fazer parte da mesma.
Meio:
Terrestre
Classificação:
-
Conservação:
Em Perigo
Processos:
2000/1(446)







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ESTRADA DAS MALHADAS

Estrada das Malhadas
CNS:
15604
Tipo:
Via
Distrito/Concelho/Freguesia:
Coimbra/Pampilhosa da Serra/Pessegueiro
Período:
Romano e Idade Média
Descrição:
O sítio arqueológico encontra-se ao longo da Cumeada entre a Serra de Entre-Capelos e a Serra de Malhadas.
Meio:Terrestre
Classificação:
-
Conservação:
Em Perigo
Processos:
2000/1(446)
viasromanas.planetaclix.pt/vrinfo.html

LOUSÃ

ORIGENS

A origem da vila da Lousã está intimamente ligada à da ocupação romana. São inúmeros os artefatos desta época que chegaram até nós, como pedras tumulares, moedas, tijolos, telhas, peças de metal e vidro. Alguns indícios apontam que no Vale do Ceira terá existido explorações de ouro de relevo.
A vila da Lousã provavelmente teve origem ainda nos tempos de ocupação muçulmana. Reza a lenda que um emir, ou um rei, teria mandado erguer o castelo para proteger a sua filha Peralta, pois precisaria ir para o Norte da Áfria em busca de reforços para combater as tropas cristãs. O nome deste emir seria Arunce, e em sua homenagem tanto a povoação quanto o castelo tiveram o nome de Arouce.
SÉCULO X Foi um período marcado pela reconquista cristã e expulsão dos mouros. Em alguns registos desta época, como um documento de 943 que estabelece um acordo entre o Abade do Lorvão (Mestúlio) e Zuleima Abaiud (moçárabe, um cristão convertido à força ao islamismo). Neste contrato surge o nome Arauz, topónimo identificativo de uma povoação muito importante na região. Localizava-se junto do local onde foi construído o castelo de Arouce.
Ainda no século X, ocorreu a repovoação da área onde hoje situa-se a sede do concelho.
SÉCULO XI e XIIFoi no séxulo XI com a chegada a paz ao Vale do Mondego, que ter-se-á iniciado o desenvolvimento da bacia da Lousã. Era uma altura em que já havia segurança e as pessoas podiam andar à vontade sem precisarem se refugiar atrás das muralhas do castelo de tempos em tempos.
O castelo é uma icógnita quanto à sua construção. A teoria mais aceite seria de que foi erguido na época da dominação muçulmana. Há factos que indicam que D. Sesnando, um moçárabe proviniente de Tentúgal (educado em Córdova) terá construído ou reformado o imóvel. D. Sesnando foi ainda um grande nome da história local. Ele reorganizou e foi o responsável pela defesa e pacificação do vasto território. Foi ainda responsável pela reconstrução de muitos castelos como o da Lousã / Arouce, Coimbra, Montemor-o-Velho, Penacova e Penela.
Durante os reinados de D. Teresa e depois de D. Afonso Henriques, a região da Lousã prosperou cada vez mais. Em 1147, foram reconquistadas Santarém e Lisboa. Com isso, o rei ordenou a recuperação de castelos importantes como o de Arouce, mencionado no foral de Miranda do Corvo em 1136. Em 1151 foi quando o castelo recebeu foral. Em 1160 ocorre a primeira referência a Lousã, sem estar ligada a Arouce, num documento régio

SERPINS

HISTÓRIA

Situada nas margens do rio Ceira, a cerca de 9 quilómetros da vila da Lousã, a freguesia de Serpins é um dos mais antigos aglomerados populacionais do Concelho. Apesar de, no início da nacionalidade a paróquia de Santa Maria de Serpins integrar o Mosteiro de Lorvão, o povoamento da freguesia parece ser bem anterior a essa data (século XII). Já em 943 Serpins (topónimo antroponímico) é referida como "villa" rústica no território do Castelo de Arouce, pertencendo então metade dela a Zoleiman Abaiub (Salomão). A outra parte da "villa" de Serpins pertencia, muito possivelmente, aos antepassados do notável conde Gonçalo Monis.
O povoamento local deverá recuar à época romana, remontando a esse tempo, talvez, o próprio topónimo. Pelas invasões de Almansor, caiu a "villa" sob o domínio arábico (fins do século X). D. Manuel I deu-lhe foral, em Lisboa, a 27 de Fevereiro de 1514. A povoação fez-se então vila, cabeça de concelho criado e extinto por causas senhoriais (com a reforma administrativa de 1836) pelo liberalismo. Existe ainda na freguesia o Pelourinho, monumento Nacional que, apesar de reconstruído há algumas décadas, é composto pelo fuste com esquinas chanfradas sobre três degraus e um plinto e pela pinha ou remate, na qual se pode ver um escudo nacional, na forma típica do século XVI.
Destaque também para as duas pontes — a Ponte velha, do século XIV, e a Ponte Nova, do século XVII, como são conhecidas na região. A Ponte Velha é formada pelos restos dos pilares da ponte medieval, que ainda hoje se conservam, que podem eventualmente remontar ao período luso-romano. Por seu turno, a Ponte Nova, a jusante da anterior mas atravessando igualmente o rio Ceira, tem três amplos arcos e 75 metros de comprimento. Foi construída em 1661, conforme uma inscrição ainda legível, havendo também referência a 1674, possivelmente de carácter religioso. As Capelas da Nossa Senhora da Graça, da Nossa Senhora da Saúde e de S. Pedro, constituem igualmente bons motivos para uma visita a Serpins



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S. MARTINHO DA CORTIÇA

Um pouco de história
A primeira referência histórica à igreja de S. Martinho, em outro tempo da Sanguinheda, remonta ao ano de 1141, altura em que a freguesia pertencia à herdade de Pombeiro e Souto Seco, instituída pela rainha D. Teresa em 1126. Nesta altura estaria já situada no Passal, um sítio ermo na parte traseira da colina em que assenta a povoação de S. Martinho, entre a Cortiça e a Sanguinheda. Foi construída como tantas outras fora do povoado, ao lado da antiga estrada da Beira, para ficar no meio da sua vasta circunscrição eclesiástica. Suspeita-se contudo que a sua fundação possa remontar a finais do séc. IX, logo após a reconquista de Coimbra aos mouros em 878.
A ocupação da freguesia teve origens certamente mais remotas. A antiga estrada da Beira procedeu da antiga via romana que ligava Coimbra a Salamanca e transpunha o rio Alva na ponte da Mucela, onde ainda hoje se observam silhares romanos reempregues na sua estrutura. Aqui desde logo se fixaram as primeiras populações, como o provam as várias moedas e medalhas romanas encontradas em alicerces de casas desta povoação e vestígios de lavras de minas de ouro exploradas pelos romanos.
Durante o séc. XII e XIV fez também parte do castelo de Góis e Bordeiro e do senhorio de Arganil. Em 1355 a freguesia, que na altura era mais extensa abarcando a actual freguesia de Carapinha, foi incluída no senhorio de Pombeiro, concedido por escambo a Martim Lourenço da Cunha pelo rei D. Afonso IV ao qual se manteve ligado até ao séc. XIX.
Em finais do séc. XV, Artur da Cunha, senhor de Pombeiro, desmembrou os lugares de Sanguinheda e Carapinha para constituir o senhorio da Sanguinheda, que deu territorial, mas não política nem judicialmente ao seu terceiro filho, Simão da Cunha.



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Arganil

O concelho de Arganil, subordinado ao distrito de Coimbra e enquadrado na Beira Litoral, compõe-se actualmente, das freguesias de Anseriz, Arganil, Barril de Alva, Benfeita, Celavisa, Cepos, Cerdeira, Coja, Folques, Piódão, Pomares, Pombeiro da Beira, S. Martinho da Cortiça, Sarzedo, Secarias, Teixeira e Vila Cova do Alva. O verdadeiro foral de Arganil, datado de 1175, seja outorgado por D. Pedro Ubertiz, nos últimos anos de reinado de D. Afonso Henriques, falecido em 1185. Dizemos «verdadeiro foral de Arganil» visto ser este que D. Dinis confirma e serve de norma a D. Manuel I, quando o «Venturoso», em 1514, dá novo foral a Arganil, encabeçado por estas palavras: - «Foral da vila de Arganil, do bispado de Coimbra, dado por Pero Ubertiz, confirmado por El-Rei D. Dinis per as rendas de Arganil. Olhando para o mapa das campanhas viriatinas, elaborado pelo prof. Schulten, (vidé Adolfo Schulten - Viriato, trad. de Alfredo de Ataíde, Porto, 1940, fim), que dedicou toda a vida de sábio investigador e arqueólogo a este trabalho ardoroso, fácil é verificar que, através das serranias da nossa região, deviam ter soado muitas vezes os ecos da buzina de Viriato, chamando os seus homens à peleja contra os Romanos invasores. E, se compararmos as qualidades que lhes atribui Estrabão com as que ainda hoje distinguem os nossos conterrâneos - a sobriedade, a persistência, a fragilidade, a resistência física e moral, a força de vontade, o amor entranhado pela terra - não resta dúvida de que nos há-de parecer ver ressuscitados os velhos partidários da independência lusitana na alma e no corpo dos vizinhos das nossas aldeias.
Aos ataques dos Romanos souberam eles opor resistência tão forte e prolongada que, só após dezenas e dezenas de anos de lutas sangrentas, conseguiram dominá-los. Apesar das baixas sofridas, não podemos, porém, acreditar que raça tão vigorosa desaparecesse para sempre. Embora inclementes, os Romanos não queriam o seu extermínio, nem dispunham de colonizadores que pudessem substituí-los. Interessava-lhes a submissão, não a ruína. E a política que vieram a adoptar, mostra isto perfeitamente, visto se saber que, em lugar de os votar ao abandono, uma vez subjugados, tentaram, pelo contrário, comunicar-lhes os seus costumes, dar-lhes a sus civilização, trazê-los ao seu convívio pacífico graças à fundação de cidades, à construção de monumentos, à abertura de estradas, à adopção de instituições administrativas, militares, judiciárias e educativas, destinadas a apagar a lembrança da sua rebeldia orgulhosa


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Lomba do Canho

NOTICIA
Coimbra, 15 Mar (Lusa) - O responsável pelo acervo do Museu Regional de Arqueologia de Arganil, à guarda da autarquia, denunciou hoje o desaparecimento de peças militares do período romano, no seguimento de uma perícia efectuada pelo Ministério
Em Janeiro deste ano, João Castro Nunes, responsável e proprietário do acervo, denunciou também o desaparecimento de uma valiosa ara romana "dedicada à divindade da indígena Ilurbeda e proveniente do concelho de Góis", que era "internacionalmente conhecida e objecto de várias publicações".
O seu desaparecimento foi notado há cerca de um ano, dando origem a uma queixa que corre no Tribunal de Arganil, mas só no dia 20 de Janeiro deste ano se efectuou uma perícia ao acervo por dois peritos do Ministério da Cultura.
"Na perícia efectuada verificou-se também o desaparecimento de cerca de centena e meia de projécteis de catapulta, em ferro, e aproximadamente três centenas de pontas de ferro de dardos catapultários, únicas em Portugal", disse hoje à agência Lusa João Castro Nunes.
O investigador revelou que estas peças foram descobertas no acampamento militar romano da Lomba do Canho, situado nas cercanias da vila de Arganil e datado do século primeiro antes de Cristo, durante escavações realizadas entre 1977 e 1983 sob a sua responsabilidade.
"As peças não deixam dúvidas quanto ao potencial bélico das legiões romanas, sendo de um interesse arqueológico extraordinário, para além do seu valor histórico incalculável", sublinhou João Castro Nunes.
Segundo este professor jubilado das Universidades Clássica Nova e Lusíada de Lisboa, o acampamento da Lomba do Canho "é o único que resta em todo o mundo romano, do período tardo-republicano, o que lhe confere um estatuto de património da Humanidade", embora esteja presentemente ao "abandono pela edilidade arganilense".
O responsável pelo acervo do Museu Regional de Arqueologia de Arganil crê que a instalação do acampamento romano naquele local resultou da sua "posição estratégica no coração da Lusitânia" e da "riqueza mineira da região, sobretudo do ouro, largamente explorado na localidade".
O local está selado pelo Ministério da Cultura mas, segundo João Castro Nunes, "ainda ali há muito que explorar em termos arqueológicos, faltando, por exemplo, encontrar o cemitério do acampamento".
O acervo do Museu Regional de Arqueologia de Arganil, que oficialmente ainda não foi constituído, resultou das investigações, recolha e aquisições de João Castro Nunes, que o tinha confiado à guarda da Câmara Municipal.
Confrontado com o desaparecimento de peças do espólio, o presidente da autarquia de Arganil, Ricardo Alves, disse à Lusa que não se pronuncia por se tratar de uma "matéria em segredo de justiça que exige reserva"
da Cultura. viasromanas.planetaclix.pt/vrinfo.html