sábado, 27 de agosto de 2016

Resultado de imagem para sophia de mello breyner
Sophia de Mello Breyner



Sophia de Mello Breyner Andresen
Poetisa

Sophia de Mello Breyner Andresen foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX. Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1998.
Nascimento6 de novembro de 1919, Porto
Falecimento2 de julho de 2004, Lisboa
EducaçãoUniversidade de Lisboa  (1936 – 1939)
Filhosmãe de cinco filhos


“Comecei a escrever numa noite de Primavera, uma incrível noite de vento leste e Junho. Nela o fervor do universo transbordava e eu não podia reter, cercar, conter – nem podia desfazer-me em noite, fundir-me na noite.
No gume da perfeição, no imenso halo de luz azul e transparente, no rouco da treva, na quási palavra de murmúrio da brisa entre as folhas, no íman da lua, no insondável perfume das rosas, havia algo de pungente, algo de alarme.
Como sempre a noite de vento leste misturava extase e pânico”.

SPOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN (Porto, 6 de novembro de 1919 — Lisboa, 2 de Julho de 2004) foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX. Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1998. O seu corpo está no Panteão Nacional desde 2014 e tem uma biblioteca com o seu nome em Loulé.

Nome grego que significa sabedoria. E, neste caso, sabedoria tem mesmo um significado profundo, já que se trata de um conhecimento íntimo do seu ser, do mundo.
 Remete-nos, também, para os gregos, para a Antiguidade Clássica que pressupõe a ideia de equilíbrio, de harmonia e de justiça, bem próprios da personalidade de Sophia. Aponta para dois aspetos muito importantes que são: o mar e o céu - aliás, toda a Grécia são rodeados de mar.
 Mostra a origem aristocrata da família. Sophia nasceu no seio de uma família social e culturalmente superior. Sophia é realmente nobre pelo seu tão especial modo de olhar o mundo à sua volta.
 Proveniente de uma família estrangeira que mostra o espírito aberto e a atenção aos diferentes valores das diferentes culturas.
 De origem dinamarquesa, aponta para o sonho, o espírito de aventura e de descoberta (poesia “Navegações”) e para uma prática ligada à realidade.
 Sophia de Mello Breyner Andresen é um dos maiores nomes da Literatura Portuguesa
 Sophia nasceu na cidade invicta (Porto) a 6 de Novembro de 1919. Por ser de família aristocrata, beneficiou de uma educação cultural e artisticamente privilegiada e orientada por princípios católicos.
 Passou grande parte da infância e juventude no seu jardim familiar e na praia da Granja, também sua por tanto a amar. Daqui surgiu o encantamento pela Natureza e, em especial, pelo Mar.
Chegou a iniciar o curso de Filologia Clássica na Universidade de Lisboa e, apesar de o não ter concluído, podemos notar, desde já o seu interesse pelas culturas antigas, a sua paixão pela Grécia.
 Sophia viveu e foi marcada pelo período político salazarista, o que levou à existência de conteúdos sociais e éticos na sua obra.
Em 1999 recebeu o Prémio Camões.
 Viveu em Lisboa numa casa com uma “imensa sala que dá para um jardim em terraço, com o Tejo lá ao fundo...”
 Morreu aos 84 anos, a 2 de Julho de 2004.
 Por que razão começou a escrever para crianças? “Comecei a inventar histórias para crianças quando os meus filhos tiveram sarampo.”
Casou-se, em 1946, com o jornalista, político e advogado Francisco Sousa Tavares e foi mãe de cinco filhos: uma professora universitária de Letras, um jornalista e escritor de renome (Miguel Sousa Tavares), um pintor e ceramista e mais uma filha que é terapeuta ocupacional e herdou o nome da mãe. Os filhos motivaram-na a escrever contos infantis.
 Prosa  O Rapaz de Bronze  A Menina do Mar  A Fada Oriana  A Noite de Natal  Contos Exemplares,  O Cavaleiro da Dinamarca  A Floresta  Histórias da Terra e do Mar  A Árvore
 Poesia  Poesia  Dia do Mar  Coral  Tempo Dividido  Mar Novo  Cristo Cigano  Livro Sexto.  Geografia
 O tema da natureza é uma das principais fontes de inspiração, sobretudo a natureza marítima: o mar, as algas, os peixes, as sereias, as ondas, etc. Mas outros aspetos naturais são também evidentes: o vento, o luar, os pássaros, a noite, entre outros.
 A metáfora e a comparação são figuras constantes na poesia e na prosa de Sophia, sugeridas tantas vezes pelos elementos naturais. Elas contribuem para acentuar a união do poeta e da poesia com a natureza.

          



Coimbra, agosto de 2016
Carminda Neves

Sem comentários:

Enviar um comentário