sexta-feira, 11 de abril de 2014

HOMICÍDIOS NO BRASIL REPRESENTAM 10% DO TOTALMUNDIAL

O Brasil registou 50.108 homicídios em 2012, o equivalente a 10% do total mundial no mesmo período, revela um relatório da ONU divulgado esta quinta-feira.
Manifestação dos movimentos sociais em frente ao Fórum Cível de Marabá, no Pará, contra os assassinatos. Foto: Mídia Ninja (CC BY-SA)
O estudo observa que o continente americano apresenta historicamente índices de violência entre cinco a oito vezes mais altos do que países dos continentes europeu e asiático.
O relatório, de Gabinete das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), contabiliza 437 mil pessoas assassinadas em 2012 em todo o mundo, uma média mundial de 6,2 homicídios por 100 mil habitantes.
No Brasil, a taxa de homicídios ficou em 25,2 pessoas por 100 mil habitantes, o mesmo grupo de países africanos como a Nigéria e o Congo.

Na divisão por sub-regiões, o sudeste africano aparece como a região mais violenta, com mais de 30 homicídios por cem mil habitantes; seguido da América Central, com 26 homicídios por cada 100 mil pessoas; e pela América Latina, com 23 vítimas por cada 100 mil habitantes.
"A persistência dos elevados níveis de homicídios na América é legado de décadas de violência política e da violência tipicamente relacionada com o crime", refere o estudo.O estudo destaca que apesar da estabilidade da posição do Brasil na lista de países, que praticamente não se alterou ao longo dos últimos 30 anos, existe grande disparidade regional.
Enquanto no Rio de Janeiro e em São Paulo a taxa de homicídios baixou 29% e 11%, respetivamente, entre 2007 e 2011, em estados das regiões norte e nordeste foi verificado um aumento de até 150% no mesmo período, como é o caso de Paraíba, e de 75%, no caso da Baía.
O estudo revela ainda uma diferença na motivação dos crimes de acordo com as sub-regiões, com 30% dos assassinatos na América relacionados com crime organizado e tráfico de droga, contra menos de um por cento na Ásia, Europa e Oceânia.
O estudo abrange 219 países e é realizado a partir da compilação de dados nacionais e internacionais, oriundos de variadas fontes, com o UNODC a admitir disparidades em termos de níveis de precisão e abrangência.


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