domingo, 1 de agosto de 2010

Afonso Maria de Ligório





Os Ligório residem em Nápoles. Dom José, capitão das Galeras Reais, muito religioso e temperamental. A mãe, dona Ana Cavalieri, destaca-se pela doçura. Os pais sonham um futuro para os filhos. Aqui, se sonha muito alto.
Nápoles é uma cidade do sul da Itália. No tempo dos Ligório, é uma colcha de retalhos, marcada por um colorido e uma diversidade muito grandes.
Os Ligório têm oito filhos. O mais velho, Afonso, ficou na história, aliás, bastante movimentada. Porque é o herdeiro, é cercado de todos os cuidados. Investe-se muito nele: estuda em casa, tendo os melhores professores. Seus talentos serão cultivados.
Devoto do Santíssimo Sacramento e da Santíssima Virgem Maria. Participa também do oratório de São Filipe Néri.
Aos 16 anos, doutor em direito civil e eclesiástico. Aos 18, começa a advogar. Serão oito anos sem perder uma causa sequer! Tudo vai bem, do jeito que pensa e sonha Dom José.
Os tribunais, que são a vida de Afonso e dos Ligório, estão indo optimamente. Surgiu, porém, um processo entre duques, envolvendo grande soma em dinheiro. Devido à corrupção da Corte Judicial, Afonso perde a causa. Sonho acabado!
Afonso refugia-se em seu quarto. Por três dias reflecte sobre o desastre, sem comer, sem se comover com as preocupações da mãe. Ao terceiro dia, os Ligório vêem um novo Afonso.
- "Mundo, agora te conheci! Adeus, tribunais! Não me vereis jamais!".
No Hospital dos Incuráveis, Deus o convoca para nova missão. Decidido, vai até a Igreja de Nossa Senhora das Mercês e ali deixa sua espada de cavaleiro.
Ao pai Afonso responde: "Os tribunais são uma página virada em minha vida". Afonso decide ser padre! O pai tenta tudo para demovê-lo da ideia. Em 21 de Dezembro de 1726 Afonso é ordenado padre. Não será apenas mais um entre os dez mil que vivem em Nápoles. Será um padre que se destaca. Afonso tem 30 anos de idade. Afonso foi sinal de contradição. Em primeiro lugar, para a Igreja da época, que deixava no abandono os pobres dos campos.
Diante de uma mentalidade rigorista, que punha a lei e o pecado em primeiro lugar, Afonso apresenta o amor e a misericórdia. Deus nos ama: eis o anúncio predilecto de toda a vida de Afonso

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