sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O IMPÉRIO DE SARGÃO I


       A oeste da região da Suméria, floresciam tribos nómadas de povos de língua semítica. Entre estes povos e os sumérios processou-se, durante vários séculos, a eterna luta de fronteira, o eterno intercâmbio de comércio e de guerra. Mas, por fim, surge entre os semitas um grande chefe, Sargão (2750 a. c.), que os une, e não só submete os Sumérios, mas estende o seu império para alem do Golfo Pérsico, a leste, e até ao Mediterrâneo, a oeste. Chamavam Acádios ao seu próprio povo, e o império foi designado como império sumério acádio. Prolongou-se por mais de dois séculos.

   Desde Sargão I até aos séculos IV E III a. C., durante um período superior a dois mil anos, os povos semitas mantiveram a hegemonia em todo o próximo oriente. Mas, embora os semitas conquistassem e dessem governantes reis ás cidades sumérias, foi a civilização suméria que prevaleceu sobre a cultura mais simples dos semitas. Os conquistadores aprenderam a escrita suméria (a escrita «cuneiforme») e a língua suméria; nunca tiveram escrita própria. A língua suméria foi para esses bárbaros a língua do saber e do poder, do mesmo modo que o latim se conservou, para os bárbaros de idade media na Europa, a língua do saber e do poder. O saber sumério possuía, com efeito imensa vitalidade. Era uma cultura de dezenas de séculos. Através de uma longa serie de conquistas e de transformações, que então começaram no vale dos dois rios, (Tigre e Eufrates) esse saber sobreviveu, vigoroso e fecundo.

 

Fonte: H.G.WELLS

            Historia Universal 1º volume

Dezembro de 2012

Carminda Neves