sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

ADVENTO

O Advento (do latim Adventus: "chegada", do verbo Advenire: "chegar a") é o primeiro tempo do Ano litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz. No calendário religioso este tempo corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal

Origem


A primeira referência ao "Tempo do Advento" é encontrada na Espanha, quando no ano 380, o Sínodo de Saragoça prescreveu uma preparação de três semanas para a Epifania, data em que, antigamente, também se celebrava o Natal. Na França, Perpétuo, bispo de Tours, instituiu seis semanas de preparação para o Natal e, em Roma, o Sacramentário Gelasiano cita o Advento no fim do século V.
Há relatos de que o Advento começou a ser vivido entre os séculos IV e VII em vários lugares do mundo, como preparação para a festa do Natal.
No final do século IV na Gália (atual França) e na Espanha, tinha caráter ascético com jejum, abstinência e duração de 6 semanas como na Quaresma (quaresma de S. Martinho). Este caráter ascético para a preparação do Natal se devia à preparação dos catecumenos para o batismo na festa da Epifania.
Somente no final do século VII, em Roma, é acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a segunda vinda do Senhor e passou a ser celebrado durante 5 domingos.
Só mais tarde é que o Advento passou a ser celebrado nos seus dois aspectos: a vinda definitiva do Senhor e a preparação para o Natal, mantendo a tradição das 4 semanas. A Igreja entendeu que não podia celebrar a liturgia, sem levar em consideração a sua essencial dimensão escatológica.
Surgido na Igreja Católica, este tempo passou também para as igrejas reformadas, em particular à Anglicana, à Luterana, e à Metodista, dentre várias outras. A igreja Ortodoxa tem um período de quarenta dias de jejum em preparação ao Natal

O tempo do advento e suas características


O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.
O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos.
Esse tempo possui duas características: Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de Dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa. Uma das expressões desta alegria é o canto das chamada "Antífonas do Ó".

As figuras do advento


 Isaías
Isaías é o profeta que, durante os tempos difíceis do exílio do povo eleito, levava a consolação e a esperança. Na segunda parte do seu livro, dos capítulos 40 - 55 (Livro da Consolação), anuncia a libertação, fala de um novo e glorioso êxodo e da criação de uma nova Jerusalém, reanimando assim os exilados.
As principais passagens deste livro são proclamadas durante o tempo do Advento num anúncio perene de esperança para os homens de todos os tempos. Ele que no capítulo 7 do seu livro já anuncia a vinda do Senhor

 João Batista
É o último dos profetas e segundo o próprio Jesus, "mais que um profeta", "o maior entre os que nasceram de mulher", o mensageiro que veio diante d'Ele a fim de lhe preparar o caminho, anunciando a sua vinda (Lc 7, 26 - 28), pregando aos povos a conversão, pelo conhecimento da salvação e perdão dos pecados (Lc 1, 76s).
A figura de João Batista ao ser o precursor do Senhor e aponta como presença já estabelecida no meio do povo, encarna todo o espírito do Advento. Por isso ele ocupa um grande espaço na liturgia desse tempo, em especial no segundo e no terceiro domingo.
João Batista é o modelo dos que são consagrados a Deus e que, no mundo de hoje, são chamados a também ser profetas e profetisas do reino, vozes no deserto e caminho que sinaliza para o Senhor, permitindo, na própria vida, o crescimento de Jesus e a diminuição de si mesmo, levando, por sua vez os homens a despertar do torpor do pecado.

José
Nos textos bíblicos do Advento, se destaca José, esposo de Maria, o homem justo e humilde que aceita a missão de ser o pai adotivo de Jesus. Ao ser da descendência de Davi e pai legal de Jesus, José tem um lugar especial na encarnação, permitindo que se cumpra em Jesus o título messiânico de "Filho de Davi".

José é justo por causa de sua fé, modelo de fé dos que querem entrar em diálogo e comunhão com Deus.

A celebração do advento

O Advento deve ser celebrado com sobriedade e com discreta alegria. Não se canta o Glória, para que na festa do Natal, nos unamos aos anjos e entoemos este hino como algo novo, dando glória a Deus pela salvação que realiza no meio de nós. Pelo mesmo motivo, o diretório litúrgico da CNBB orienta que flores e instrumentos sejam usados com moderação, para que não seja antecipada a plena alegria do Natal de Jesus.
Os paramentos litúrgicos(casula, estola, dalmática, pluvial, cíngulo, etc) são de cor roxa, bem como o véu que recobre o ambão, a bolsa do corporal e o véu do cálice; como sinal de recolhimento e conversão em preparação para a festa do Natal. A única exceção é o terceiro domingo do Advento, Domingo Gaudete ou da Alegria, cuja cor tradicionalmente usada é a rósea, em substituição ao roxo, para revelar a alegria da vinda do Salvador que está bem próxima. Também os altares são ornados com rosas cor-de-rosa. O nome de Domingo Gaudete refere-se à primeira palavra do intróito deste dia, que é tirado da segunda leitura que diz: "Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito, alegrai-vos, pois o Senhor está perto"(Fl 4, 4). Também é chamado "Domingo mediano", por marcar a metade do Tempo do Advento, tendo analogia com o quarto domingo do Tempo da Quaresma, chamado Laetare.
No período do Advento são montados o Presépio, a Árvore de Natal e a Coroa do Advento.
http://youtu.be/aZyieqkZKrY « clique na URL e ouvirá a magnificat

pt.wikipedia.org/wiki/Advento

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Guilhermina Suggia

VIDA

Guilhermina Augusta Xavier de Medin Suggia nasceu a 27 de junho de 1885 no Porto, filha de Elisa Augusta Xavier e Augusto Jorge de Medin Suggia (de ascendência italiana e espanhola).

O pai foi violoncelista no Real Teatro de São Carlos e professor no Conservatório de Música de Lisboa. No seio deste ambiente familiar Guilhermina terá começado a estudar música aos 5 anos, tendo seu pai como primeiro professor. A sua primeira aparição pública verificou-se quando tinha sete anos de idade, em Matosinhos.
Guilhermina ao violoncelo e a sua irmã Virgínia (3 anos mais velha) ao piano, eram convidadas para actuar no seio cultural portuense. Com apenas 13 anos, Guilhermina era violoncelista principal da Orquestra da Cidade do Porto, tocando também com o quarteto de cordas Bernardo Moreira de Sá. Em 1898, o pai consegue que ela tenha umas aulas com o famoso violoncelista Catalão Pablo Casals, que nesse Verão actuava no casino de Espinho. Durante várias semanas Guilhermina e seu pai fazem os 16 quilómetros de comboio que separam a cidade do Porto da de Espinho, transportando o violoncelo e as partituras           Em Março de 1901 as duas irmãs actuaram no Palácio Real de Lisboa. Com 15 anos apenas, Guilhermina respondeu a uma interpelação da rainha Dona Amélia sobre qual seria o sonho da sua vida, dizendo que gostaria de aperfeiçoar os seus conhecimentos musicais no estrangeiro.

Uns meses depois a coroa portuguesa concedeu-lhe uma bolsa para estudar no local da sua eleição, o que possibilitou a ida, acompanhada pelo pai, para o conservatório de Leipzig, Alemanha, onde iria aprender com Julius Klengel, violoncelista da famosa Gewandhaus Orquestra dirigida por Arthur Nikisch, em Novembro de 1901. A vida de pai e filha em Leipzig era extremamente difícil pois a bolsa cobria os custos com as aulas e a estadia de Guilhermina mas não de seu pai nem das despesas acessórias que iam sendo necessárias.

Família de poucos recursos, rapidamente a situação financeira se foi degradando, com a irmã mais velha, pianista até então já conhecida, a sacrificar a sua carreira futura para sustentar irmã e pais, dando aulas particulares de piano a um grupo de alunos. Com 20 anos, Virgínia providenciava o sustento da família sendo a única que trazia proventos e que financiava todo aquele investimento na irmã. Apesar da agudização da situação financeira, o regresso de Guilhermina foi adiado sucessivamente até à sua apresentação histórica no concerto comemorativo do aniversário da orquestra Gewandhaus em 26 de Fevereiro de 1903. Tinha apenas 17 anos. Nunca um intérprete tão jovem havia actuado com a orquestra, muito menos como solista e menos ainda do sexo feminino. O êxito foi total e, face aos pedidos do público, o maestro pediu-lhe que repetisse toda a actuação. Começava aqui o seu sucesso internacional

ObraGuilhermina revolucionou o instrumento em técnica, posição e sonoridade.


Abriu as portas profissionais do violoncelo às mulheres, até então quase fechadas. De facto, o considerável gasto de energia exigido para manejar a envergadura do violoncelo, acrescido do facto de as boas maneiras da época obrigarem a colocar o instrumento de um ou outro lado do corpo obrigando a uma significativa contorção do dorso, tornavam o instrumento ainda mais inacessível às executantes femininas.(Note-se que ainda em 1930 o violoncelo era tido como um instrumento indecoroso para as mulheres, sendo então proibida a contratação de violoncelistas mulheres pela própria orquestra da BBC).

Para Suggia, o violoncelo é o mais extraordinário de todos os instrumentos, considerando-o ela o único que tem a possibilidade de suster um baixo por um longo período e a possibilidade de cantar uma melodia praticamente em qualquer registo. Porém, para que se revele a substância musical do violoncelo, é preciso que a técnica não seja estudada apenas como destreza, mas que tenda sempre para a música. "A técnica é necessária como veículo de expressão e quanto mais perfeita a técnica, mais livre fica a mente para interpretar as ideias que animaram o compositor". Guilhermina Suggia, "The Violoncello" in Music and Letters, nº 2, vol. I, Londres, Abril de 1920, 106.

Em 1923 o pintor galês Augustus John haveria de deixar na tela[2][3] [5] para a posteridade um pouco da fibra e da atitude interpretativa de Guilhermina Suggia durante as suas actuações. Conforme o próprio relatou, durante as sessões no seu atelier, Suggia tocava Bach. É divino o momento que capta o pintor. Coloca-lhe, por isso, um fantástico vestido vermelho.
Suggia tocava todos os importantes concertos da época para violoncelo e orquestra – os concertos de Haydn, Elgar, Saint-Saëns, Schumann, Eugen d'Albert, Dvořák

DISCOS

Em 78 rotações:

1924 de peças de Jean Baptiste Senaillé e David Popper
1928 de um concerto de Haydn, uma sonata de Sammartini, uma Suíte de Bach e uma Elegia de Fauré, com um orquestra não especificada dirigida por John Barbirolli
1946 uma gravação do concerto de Lalo com a Orquestra Sinfónica de Lisboa dirigida por Pedro de Freitas Branco
Em CD:
2004 CD Guilhermina Suggia plays Haydn, Max Bruch, Lalo, na etiqueta Dutton (CDBP9748), U.K.,.[4]


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre



http://youtu.be/drFbtUhfzu4   klique na URL ouvirá o violoncelo
 de Guilhermina Suggia
 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

No dia 25 de Março de 1646, D. João IV fez uma cerimónia solene, em Vila Viçosa, para agradecer a Nossa Senhora o que lhe concedera. Dirigiu-se à igreja de Nossa Senhora da Conceição, que declarou padroeira e rainha de Portugal.

A partir dessa data, mais nenhum rei português usou coroa na cabeça, por se considerar que só a virgem tinha esse direito. Nos quadros onde aparecem reis ou rainhas, a coroa está pousada ao lado, sobre uma mesa, num tamborete ou almofada de cetim.

A Imaculada Conceição é segundo o dogma católico, a concepção da Virgem Maria sem mancha ("mácula" em latim) do pecado original. O dogma diz que, desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi preservada por Deus, da falta de graça santificante que aflige a humanidade, porque ela estava cheia de graça divina. Também professa que a Virgem Maria viveu uma vida completamente livre de pecado.[1]

A festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de dezembro, foi definida como uma festa universal em 1476 pelo Papa Sisto IV. A Imaculada Conceição foi solenemente definida como dogma pelo Papa Pio IX em sua bula Ineffabilis Deus em 8 de Dezembro de 1854. A Igreja Católica considera que o dogma é apoiado pela Bíblia (por exemplo, Maria sendo cumprimentada pelo Anjo Gabriel como "cheia de graça"), bem como pelos escritos dos Padres da Igreja, como Irineu de Lyon e Ambrósio de Milão.[2][3] Uma vez que Jesus tornou-se encarnado no ventre da Virgem Maria, era necessário que ela estivesse completamente livre de pecado para poder gerar seu Filho
Na sua Constituição Apostólica Ineffabilis Deus (8 de dezembro de 1854), que definiu oficialmente a Imaculada Conceição como dogma, o Papa Pio IX recorreu principalmente para a afirmação de Gênesis 3:15, onde Deus disse: "Eu Porei inimizade entre ti e a mulher, entre sua descendência e a dela", assim, segundo esta profecia, seria necessário uma mulher sem pecado, para dar a luz à Cristo, que reconciliaria o homem com Deus. O verso "Tu és toda formosa, meu amor, não há mancha em ti" (na Vulgata: "Tota pulchra es, amica mea, et macula non est in te"[5]), no Cântico dos Cânticos (4,7) é usado para defender a Imaculada Conceição, outros versos incluem:

"Também farão uma arca de madeira incorruptível; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio, e de um côvado e meio a sua altura." (Êxodo 25:10-11)
"Pode o puro[Jesus]Vir dum ser impuro? Jamais!"(Jó 14:4)

"Assim, fiz uma arca de madeira incorruptível, e alisei duas tábuas de pedra, como as primeiras; e subi ao monte com as duas tábuas na minha mão." (Deuteronômio 10:3)
Outras traduções para a palavras incorruptível ("Setim" em hebraico) incluem "acácia", "indestrutível" e "duro" para descrever a madeira utilizada. Moisés usou essa madeira porque era considerada muito durável e "incorruptível". Maria é considerada a Arca da Nova da Aliança (Apocalipse 11:19) e, portanto, a Nova Arca seria igualmente "incorruptível" ou "imaculada

Islão
A pureza de Maria do pecado desde o momento de seu nascimento também é atestada no Islã. Alguns dos títulos marianos no Islã realçam este fato:
Tahirah: significa "Aquela que foi purificada" (Alcorão 3:42). De acordo com um hadith, o Diabo não tocou em Maria quando ela nasceu, portanto, ela não chorou (Nisai 4:331).
Mustafia: significa "Ela, que foi escolhida". O Alcorão declara: "Ó Maria! Por certo Deus te escolheu e te purificou, e te escolheu sobre todas as outras mulheres dos mundos" (Alcorão 3:42). Deus escolheu a Virgem Maria entre todas as mulheres do mundo para um plano divino.
Nur: Uma das passagens mais importantes, Maria foi chamada de Nur (Luz) e Umm Nur (a mãe da Luz). O verso da Luz, também contém os símbolos virginal do cristal, a estrela, a árvore abençoada de oliva e óleo, que segundo os muçulmanos, referem-se a pureza de Maria

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

FERNÃO LOPES Iº HISTORIADOR PORTUGUÊS

Não se sabe onde nasceu Fernão Lopes, nem a data do seu nascimento.Terá nascido numa cidade marítima, porque, nas suas obras descreve muito bem a vida do Mar
O sofrimento da cidade de Lisboa durante a revolução de 1385 é descrito com tal intensidade, nas suas crónicas, que leva o leitor a fazer parte da sua narração. Isto é: ele, o leitor quase vê com seus próprios olhos os acontecimentos que se estão a passar, pois transporta-os ao presente.
Quando li a crónica de D. João I, na minha Adolescência, fui transportada para a obra como, se fosse uma personagem da mesma. Eu vivi toda aquela revolução, como se estivesse lá dentro e naquele Época. Obrigada Fernão Lopes pelo teu “realismo e veracidade”
Foi Guarda Mor da Torre do Tombo (Arquivo Nacional) que se situava, naquela época e durante ainda muitos anos, numa torre do Castelo de S. Jorge em Lisboa Capital de Portugal.
Em 1419 já assinava os documentos do reino, teria nessa altura 30 anos. Tinha um filho que era médico pessoal do Infante D. Henrique e que morreu em Tanger. Por isso se supõe que terá nascido entre 1380/ 1390.
Algumas das suas obras:
HISTÓRIA DE UMA REVOLUÇÃ
CRÓNICA DE D. PEDRO I
CRÓNICA DE D. FERNANDO I
CRÓNAS DE: D. JOÃO I 1ª PARTE
2ªPARTE
3ªPARTE. Esta foi-lhe retirada por Zurara que a assinou, mas quem conhece a narração de um e de outro, não se deixa enganar. A 3ª parte da Crónica de D. João I continua a ser uma obra prima da Literatura Portuguesa. O que não é o caso das obras que se tem a certeza, foram escritas por Zurara. Fernão Lopes é único
Carminda Neves
 FONTE: PRO. DR. JOSÉ HERMANO SARAIVA                                                        

Ocupa, entre a série dos cronistas gerais do Reino, um lugar de destaque, quer como artista quer pela sua maneira de interpretar os factos sociais. Fernão Lopes poderá ter nascido entre 1378 e 1390, aproximadamente [carece de fontes?], visto que em 1418 já ocupava funções públicas de responsabilidade (era Guarda-mor das escrituras da Torre do Tombo[1]). Pertencia portanto à geração seguinte à que viveu o cerco de Lisboa e na batalha de Aljubarrota. A guerra com Castela acabou em 1411, pelo que Fernão Lopes pôde ainda acompanhar a sua fase, e conhecer pessoalmente alguns dos seus protagonistas, como D. João I, Nuno Álvares Pereira, os cidadãos de Lisboa que se rebelaram contra D. Leonor Teles e elegeram o Mestre de Avis seu defensor em comício popular, alguns dos procuradores às Cortes de Coimbra de 1385 que, apoiando o Dr.. João das Regras declararam o trono vago e, chamando a si a soberania, elegeram um novo rei e fundaram uma nova dinastia.


Profissionalmente, Fernão Lopes era um tabelião, provavelmente de origem viloa, mesteiral, porque contava um sapateiro na família de sua mulher. Foi empregado da família real e da corte, escrivão de D. Duarte, ainda infante, do rei D. João I, e do infante D. Fernando, em cuja casa ocupou o importante posto de «escrivão da paridade», que correspondia ao cargo de maior confiança pessoal concedido pela alta nobreza. A partir de 1418 aparece a desempenhar as funções de Guarda-mor da Torre do Tombo, encarregado de guardar e conservar os arquivos do Estado, lugar de confiança da Corte. Como prémio dos seus serviços, recebeu o título de «vassalo de El-rei», carta de nobreza atribuída então com certa liberalidade a membros das classes não nobres. Em 1454 foi reformado do cargo de Guarda-mor da Torre do Tombo devido à sua idade. Ainda vivia em 1459, segundo atesta um documento de transmissão de sua herança.

Durante este longo período de actividade, Fernão Lopes atravessou os reinados de D. João I, D. Duarte, o governo de D. Pedro, e parte do reinado de D. Afonso V. Conheceu muitas alterações políticas e sociais. Ao rei eleito e popular, D. João I, viu suceder um rei mais dominado pela aristocracia, D. Duarte; viu crescer o poder feudal dos filhos de D. João I, e com ele o predomínio da nobreza, que saíra gravemente abalada da crise da independência. Assistiu à guerra civil subsequente à morte de D. Duarte, à insurreição de Lisboa contra a rainha viúva D. Leonor, e à eleição do infante D. Pedro por esta cidade, e em seguida pelas cortes, para o cargo de Defensor e Regedor do Reino, em circunstâncias muito parecidas com as que tinham levado o mestre de Avis ao mesmo cargo e seguidamente ao trono em 1383-1385. Assistiu depois à reacção do partido da nobreza, à queda do infante D. Pedro, à sua morte na sangrenta batalha de Alfarrobeira, à perseguição e dispersão dos seus partidários, ao triunfo definitivo da nobreza, no reinado. Foi testemunha do início da expansão ultramarina e teve a sua quota parte no desastre militar de Tânger, por causa da morte de seu filho médico do infante D. Fernando, que veio a morrer em cativeiro, em Marrocos.

Fernão Lopes viveu uma das épocas mais perturbadas da história de Portugal, cheia de ensinamentos para o historiador. A carreira de Fernão Lopes como historiador é provavelmente a mais longa do que há pouco se supôs, pois é provável que já em 1419 realizasse por encargo do então infante D. Duarte a compilação e redacção de uma crónica geral do reino de Portugal. Só em 1434, porém, aparece oficialmente encarregado pelo rei D. Duarte de relatar as histórias dos reis anteriores e os feitos do rei D. João I, pelo qual seria remunerado com uma pagamento anual. Após a morte deste rei o Regente D. Pedro, em nome de D. Afonso V, confirma Fernão Lopes na mesma incumbência, mantendo-lhe o salário. Em 1449, pouco antes da batalha de Alfarrobeira, ainda recebe um pagamento de D. Afonso V pelos seus trabalhos historiográficos, mas já nessa época entrara em actividade um outro cronista, Gomes Eanes de Zurara. A última obra em que Fernão Lopes trabalhou, a Crónica de D. João I, embora monumental, ficou incompleta e foi continuada por Zurara (a Crónica estava dividida em 3 partes das quais Fernão Lopes só pode escrever as duas primeiras).

Origem “wikipédia”, a enciclopédia livre


ANO DE 2010

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

zoya pitanga 2010 021.MOV- GATOS

O gato (Felis silvestris catus), também conhecido como gato caseiro, gato urbano ou gato doméstico, é um animal da família dos felídeos, muito popular como animal de estimação. Ocupando o topo da cadeia alimentar, é um predador natural de diversos animais, como roedores, pássaros, lagartixas e alguns insetos.A primeira associação com os humanos da qual se tem notícia ocorreu há cerca de 9.500 anos, mas a domesticação dessa espécie oriunda do continente africano[1][2] é muito mais antiga. Seu mais primitivo ancestral conhecido é o Miacis, mamífero que viveu há cerca de 40 milhões de anos, no final do período Paleoceno, e que possuía o hábito de caminhar sobre os galhos das árvores. A evolução do gato deu origem ao Dinictis, espécie que já apresentava a maior parte das características presentes nos felinos atuais.[3] A sub-família Felinae, que agrupa os gatos domésticos, surgiu há cerca de 12 milhões de anos, expandindo-se a partir da África subsaariana até alcançar as terras do atual Egito.[4]Existem cerca de 250 raças de gato-doméstico, cujo peso variável classifica a espécie como animal doméstico de pequeno a médio porte. Assim como cães com estas dimensões, vive entre quinze e vinte anos. De personalidade independente, tornou-se um animal de companhia em diversos lares ao redor do mundo, para pessoas dos mais variados estilos de vida. Na cultura humana, figura da mitologia às superstições, passando por personagens de desenhos animados, tiras de jornais, filmes e contos de fadas. Entre suas mais conhecidas representações, estão o gato Tom, Frajola, Gato Félix, Gato de Botas e Garfield.
Os gatos são animais muito higiênicos, sendo que passam muitas horas por dia cuidando da limpeza de seus pelos. Para isso, utilizam a superfície áspera de suas línguas para remover partículas de pó e sujeira. Devido ao modo que tratam da sua higiene, lambendo-se e ingerindo muito pelos, os gatos eventualmente regurgitam esse material na forma de pequenas bolas contendo suco gástrico e material piloso. [40] Outro aspecto característico da higiene desses felinos é o fato dele enterrar a sua urina e fezes, evitando assim que o cheiro denuncie sua presença a uma possível presa ou predador. Com isso, quando o gato é criado em locais sem a presença de solo exposto, há a necessidade de se manter uma caixa com areia sanitária à sua disposição, sendo que instintivamente ele irá utilizá-la para o descarte de seus resíduos fisiológicos. Alguns fabricantes disponibilizam areias perfumadas para eliminar o cheiro forte que suas fezes poderiam deixar em um ambiente fechado (casas e apartamentos). [41
Muitos zoólogos acreditam que os gatos são os mais sensitivos dos mamíferos. Enquanto seu olfato e audição podem não ser tão aguçados quanto os dos cães, a visão altamente apurada, audição e olfato sobre-humanos, combinados com o paladar e sensores táteis altamente desenvolvidos, corroboram com esta hipóteseOrigem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://www.youtube.com/watch?v=D-JBs_lJ-g4

sábado, 16 de outubro de 2010

ALFREDO MARCENEIRO

Vida

Alfredo Rodrigo Duarte ComIH (n. Lisboa, 25 de Fevereiro de 1891 - m. Lisboa, 26 de Junho de 1982) mais conhecido como Alfredo Marceneiro devido a sua profissão, foi um fadista Português que marcou uma época, detentor de uma voz inconfundível tornando-se um marco deste género da canção em Portugal.


Alfredo Marceneiro nasceu na freguesia de Santa Isabel em Lisboa, e foi-lhe posto o nome de baptismo de Alfredo Rodrigo Duarte.

Era filho de uma família muito humilde, oriunda do Cadaval. Com a morte do pai teve que deixar a escola primária. Começou então a trabalhar como aprendiz de encadernador para ajudar o sustento da sua mãe e irmãos.
Desde pequeno, sentia grande atracção para a arte de representar e para a música. Junto com amigos começou a dar os primeiros passos cantando o fado em locais populares começando a ser solicitado pela facilidade que cantava e improvisava a letra das canções.
Um dia, conheceu Júlio Janota, fadista improvisador, de profissão marceneiro que o convenceu a seguir esse ofício que lhe daria mais salário e mais tempo disponível para se dedicar à sua paixão.
Alfredo Marceneiro era um rapaz vaidoso. Andava sempre tão bem vestido que ganhou a alcunha de Alfredo Lulu. Era, também, muito namoradeiro. Apaixonou-se por várias raparigas, chegando a ter filhos com duas delas. As aventuras terminaram quando conheceu Judite, amor que durou até à sua morte e com o qual teve três filhos.
Em 1924, participa no Teatro São Luiz, em Lisboa, na sua primeira Festa do Fado e ganha a medalha de prata num concurso de fados.
Nos anos 1930, Alfredo Marceneiro trabalhou nos estaleiros da CUF, onde fazia móveis para navios. Dividia o seu tempo entre as canções e o trabalho. A sua presença nas festas organizadas pelos operários era sempre motivo de alegria.
Em 3 de Janeiro de 1948, foi consagrado o Rei do Fado no Café Luso.
Reformou-se em 1963, após uma carreira recheada de sucessos, numa grande festa de despedida no Teatro São Luiz.
Dos muitos temas que Alfredo Marceneiro cantou destaca-se a Casa da Mariquinha, de autoria do jornalista e poeta Silva Tavares.
Faleceu no dia 26 de Junho de 1982 com 91 anos, na mesma freguesia que o viu nascer.
No dia 10 de Junho de 1984, foi condecorado, a título póstumo, com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique pelo então Presidente da República Portuguesa, General Ramalho Eanes.

Curiosidades

Alfredo Marceneiro teria nascido a 29 de Fevereiro mas dada a complexidade da data, a mãe tê-lo-ia registado na mesma data de nascimento que o pai, o 25 de fevereiro. - isso tem muita lógica, visto que é 29 de fevereiro de 1891... um ano ímpar... francamente!

Alfredo ganhou o nome Marceneiro em 1920, quando um grupo de pessoas decidiu organizar uma homenagem a dois fadistas conhecidos na época. Como só o conheciam como Alfredo Lulu, decidiram colocar o nome da sua profissão no cartaz.Depois disso Alfredo Marceneiro nunca mais largou o nome artístico.
Em 1943 Alfredo Marceneiro participou numa greve geral que reivindicava as oito horas de trabalho diário. Foi preso. Não aceitou a prisão e demitiu-se. Foi a partir deste momento que passou a dedicar-se inteiramente ao fado.
Foi, de todos os tempos, uma das principais figuras do fado, sem nunca se ter ausentado de Portugal com o objectivo de divulgar a sua música no estrangeiro, e escassas foram também as vezes que saiu de Lisboa.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

ALFREDO MARCENEIRO



Afredo Marceneiro
  http://youtu.be/XuR43ciRntA    klique na URL ouvirá ATRICANA de Alfredo Marceneiro

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

RESGATE DOS 33 MINEIROS CHILENOS


Estiveram 69 dias a 700 metros do solo, numa mina com uma temperatura constante de 35º e com 85 por cento de humidade. Ainda assim, os 33 mineiros resgatados no Norte do Chile estão com uma surpreendente forma física, dizem os médicos. Três deles podem até já estar em casa. Segundo ultimas notícias todos os mineiros se encontram em casa junto de suas famílias e de boa saúde

mineiros

sábado, 25 de setembro de 2010

Nossa Senhora da Ajuda Malhada Sorda Portugal 2010

Em 1527 (pertencendo a freguesia ao concelho de Vilar Maior) tinha 140 moradores – era a localidade mais populosa do concelho, vindo em 2º lugar Nave do Avelar 93 moradores e Vilar Maior 60 moradores;No fim do século XVII, tinha 150 fogos (600 pessoas).Em 1758 (inquérito do Marquês de Pombal) são-lhe atribuídos 210 fogos e 907 almas.Em 1798 (censo de Pina Manique) S. João Baptista de Malhada Sorda tem 276 fogos;Pertenceu ao concelho de Vilar Maior até 24 de Outubro de 1855, data em que este foi extinto passando então para o de Sabugal; a partir de 1-III-1883 passou para o concelho de Almeida.Em 1862 o Padre Carvalho Costa atribui 150 vizinhos para a Malhada, ao falar de Vilar Maior.
CAPELA DA SENHORA DA AJUDAA origem da antiga ermidinha perde-se na rodagem dos tempos. O primeiro documento, de que há memória, referente a esta ermida, é datado de 1746 e nele se faz menção do sino da dita ermida, sino que tinha a era de 1390, as palavras de Jesus e Maria e, entre estas duas palavras, em alto relevo, as armas da vila de Vilar Maior.A actual capela mede 29 metros de comprimento, 10,80 metros de largura e 14 metros de altura, tendo ainda o arco da capela-mor um vão de 6,60 metros, com 14 de altura, iluminada grandemente por 11 rasgadas janelas, munida ainda de um bom púlpito em cantaria lavrada, tendo por fundo uma riquíssima tribuna de 8 metros de largura por 10 de altura, com acesso por três amplas portas.É bem diferente da antiga ermidinha de Nossa Senhora da AjudaA primitiva imagem da Senhora era de excelente escultura de jaspe.“A actual imagem, medindo 140, é de autor desconhecido. É uma das mais belas que se conhecem.
Publicada por Carminda em 22:49
http://www.youtube.com/watch?v=MtlorqFTzM0


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1 comentários:

Prof Cátia disse...
Carminda...olá...que bom regressar às aulinhas...começam sexta-feira dia 1 de Outubro..Bjito
21 de Setembro de 2010 19:19

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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Agatha Christie





descobriu a escrita aos 30 anos. Até aos 85 colocou no papel histórias que começavam sempre com um crime. E foi a solução surpreendente de cada quebra-cabeça policial que imortalizou a sua obra
Não frequentou a escola por determinação da mãe e estudou em casa. Começou a escrever histórias para se distrair e agradar aos convidados dos pais. A menina cresceu, casou-se e trabalhou como enfermeira durante a Primeira Guerra Mundial. Somente depois disso, em 1920, lançou o seu primeiro romance: “O Misterioso Caso de Styles”. Ao longo de sua vida, Agatha escreveu 66 novelas policiais, 20 peças teatrais, seis romances e mais de 150 contos. Vendeu cerca de dois bilhões de exemplares em todo o mundo. A mestra de histórias de suspense morreu em 1976, aos 85 anos, de causas naturais e em casa. Mas é o nascimento da escritora que os fãs comemoram no dia 15 de setembro. Em 2010, Agatha faria 120 anos com muitas histórias de sucesso para contar e uma produção textual quase que industrial – durante os 55 anos em que produziu, ela escreveu muito e teria de ter escrito mais de quatro histórias por ano para conseguir publicar tantos livros.Mesmo depois de morta, a escritora continua a fazer parte da vida de muita gente, seja numa simples leitura de férias, ou porque a pessoa gosta de literatura policial. Na Biblioteca Pública Rolf Colin, em Joinville, existem, aproximadamente, cem títulos da autora. Ao lado de Sidney Sheldon, Danielle Steel e Harold Robbins, Agatha é uma das autoras que mais tem títulos disponíveis para empréstimo. Dos mais de 9,3 mil livros de literatura emprestados entre janeiro e agosto deste ano, 241 foram da dama do crime. A gama de leitores que procuram os livros de Agatha na Biblioteca tem de 17 a 88 anos, uma variedade incrível para um escritor de livros policiais. As histórias de Agatha deixaram personagens famosos para a história da literatura, como o belga Hercule Poirot (um detetive que colocava suas “celulazinhas cinzentas ” a funcionar) e Miss Marple (a idosa que, com boa observação e muita inteligência, resolvia os mais difíceis mistérios).A casa em que Agatha costumava passar férias, em Devon, na Inglaterra, tornou-se patrimônio do Nacional Trust e foi restaurada. O lugar, conhecido como Greenway House, é aberto a visitas, foi construído na década de 1950 e contém documentos e livros da família, incluindo pesquisas do segundo marido de Agatha, o arqueólogo Max Mallowan.O contínuo sucesso da escritora tem explicação. O professor de literatura Fábio Messa afirma que, depois de Edgar Allan Poe, Agatha Christie foi a responsável por inaugurar o gênero policial britânico e inovar os parâmetros já existentes. Nos romances dela, a cena do assassinato em si, os sentimentos pelo crime não são apresentados. Ao ler o livro, o leitor depara-se com uma cena de morte/ desaparecimento pronta a ser investigada e, com isso, tem um quebra-cabeça para resolver.“Um enigma a ser decifrado, omitindo a identidade do assassino,
DE GABRIELA ZIMMERMANN
ADAPTADO POR CARMINDA NEVES