domingo, 4 de setembro de 2011

Lenda da Atlântida

Alimenta muita gente a lenda de que existe fundamento para se acreditar na existência de um grande estado civilizado, há cerca de três quatro mil anos, no Atlântico, aquém do estreito de Gibraltar. Seria um grande país, um «continente». Lá se encontrava o jardim das Hespérides. A crença apoia-se em numerosas alusões, na literatura grega e noutras posteriores, a essa terra desaparecida. Nenhum facto até hoje, nem geológico nem arqueológico, o confirmou, deu crédito ou apoio.
Lenda da Atlantida
Existem razões para supor que, em remotíssimo período geológico, tenha havido terra onde agora é o Atlântico. Mas não há, desde o período miocénico, nenhuma prova a favor, e muitas contra a existência de qualquer extensão territorial da Europa ou da Ásia para oeste. OS restos humanos que se encontram na Espanha, Portugal (Ilhas da Madeira e Açores) e no Norte de África não mostram nenhuma indicação de qualquer estado superior de cultura a oeste, e na literatura grega mais primitiva, em Homero e Hesíodo, há uma completa ignorância do Oceano Atlântico.
Outros estudiosos dizem, que esta lenda se refere a uma civilização outrora muito importante perdida na região do Cáucaso. Sabe-se que as águas de tal modo se expandiram e retraíram sobre o Sul da Rússia e sobre a região da Ásia central, dentro do período humano, que o que hoje são desertos eram outrora mares, e, onde agora há dificilmente erva bastante para sustentar a vida, estendiam-se outrora densas florestas. Há toda a razão para supor que se devem encontrar nessa parte do mundo consideráveis vestígios das primeiras civilizações.

Sonhos
 Histórias maravilhosas sobre uma terra perdida à qual se chegava por mar, passando pelos Dardanelos, existiam por certo entre os Gregos. Quando os comerciantes gregos e fenícios abriram a extremidade ocidental do Mediterrâneo, nada mais fácil do que transformar aquelas histórias em historias maravilhosas sobre uma terra lendária transplantada, então, para alem do recém-descoberto estreito. A Atlântida não se acharia, pois, no Atlântico, mas talvez na Geórgia. A Geórgia é, sem dúvida, uma região de grandes possibilidades arqueológicas.
Concentra-se um número notável de fábulas e lendas gregas; era ela a terra do vale do ouro, o alvo dos Argonautas (Na mitologia grega, Argonautas eram tripulantes da nau Argo que, segundo a lenda grega, foi até à Cólquida (actual Geórgia) em busca do Velocino de Ouro) e aí foi Prometeu encadeado, com o abutre a despedaçar-lhe as entranhas. Algumas fontes dizem que houve uma ligação primitiva entre Colcos ou Cólquida (região ao sul do Cáucaso) e o Egipto pré-histórico. Heródoto notou uma série de semelhanças entre os habitantes de Cólquida e os Egípcios.
Tendo existido ou não, Atlântida, alimenta a nossa imaginação, fantasia, sonho de beleza e paz, de uma terra onde não havia fome, diferença entre povos. Terra onde tudo era de uma beleza, de uma moral de uma ética intransponíveis
PLATÃO
A lenda da Atlântida tem seduzido produtores, realizadores e actores cinematográficos, que ainda mais alimentam os nossos sonhos, com cenários
Que nunca foram possíveis no mundo real
Atlântida ou Atlantis (em grego, Ἀτλαντίς - "filha de Atlas") é uma lendária ilha ou continente cuja primeira menção conhecida remonta a Platão em suas obras "Timeu ou a Natureza" e "Crítias ou a Atlântida".

Coimbra, Setembro de 2011
Carminda Neves

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